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Motivos reais para comemorar

Com crescimento econômico, Cuba celebra 63 anos de revolução

Ilha possui cerca de 99% da população vacinada com ao menos uma dose dos seus imunizantes próprios contra covid-19

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– Brasil de Fato – No primeiro dia de janeiro de 1959, o então ditador de Cuba, Fulgêncio Batista, abandonou seu país e os revolucionários liderados Fidel Castro e Che Guevara continuaram sua caminhada rumo ao poder. A data marca o triunfo da Revolução Cubana, que completa 63 anos neste sábado (1).

Após mais de meio século, os socialistas seguem no poder, com bons resultados na luta contra a covid-19 e crescimento econômico.

A ilha caribenha tem altos índices de vacinação, foi o primeiro país da América Latina a vacinar 80% da população com 1ª dose contra covid-19, e tem uma das menores taxas de letalidade do mundo durante a atual pandemia, apesar das dificuldades impostas pelo bloqueio liderado pelos EUA.

Com o encerramento do ano e o aniversário revolucionário no horizonte, os líderes políticos cubanos se reuniram na Assembleia Nacional para discutir os rumos da ilha e os planos para o futuro.

No balanço do Legislativo, o primeiro-ministro Manuel Marrero informou que das 314 medidas presentes na estratégia de desenvolvimento socioeconômico para 2030, 67% – total de 210 medidas – foram concluídas e as demais estão sendo implementadas.

Na mesma sessão, realizada no dia 22 de dezembro, foi aprovado cronograma legislativo para 2022 com previsão de até 27 projetos de lei. 

Em relação à dinâmica demográfica, Marrero destacou que o país mantém a tendência de decrescimento, com mais mortes que nascimentos e 21,3% da população idosa.

Economia 

Cuba encerra o ano com 2% de crescimento econômico, o que contrasta com a retração de quase 20% experimentada em 2020, mas é inferior aos 6% estipulados no último balanço anual. 

Em 2021 foram criadas 901 pequenas e médias empresas, sendo 865 privadas e 18 estatais, e 18 novas cooperativas agropecuárias, com foco na recuperação da indústria açucareira. “Nossa prioridade hoje é produzir alimentos”, afirmou o ministro de Agricultura, Ydael Pérez Brito.

A maior abertura ao setor privado faz parte das medidas da Tarefa Ordenamento – reforma econômica que entrou em vigência em janeiro de 2021. O setor estatal ainda é majoritário na economia, empregando cerca de 3 milhões de cubanos do total de 4,6 milhões da população economicamente ativa. A pandemia tornou o tele-trabalho uma realidade para 552 mil pessoas, segundo o relatório. A taxa de desemprego em Cuba é de 1,4%, uma das menores da região.

“É inadiável provocar um estremecimento das estruturas empresariais estatais de cima para baixo e vice-versa, para acabar definitivamente com a inércia, o conformismo e a falta de iniciativa”, advertiu o primeiro-ministro cubano.

Já o presidente Miguel Díaz Canel agradeceu o investimento estrangeiro durante seu discurso no encerramento do ano legislativo. 

“Cada vez mais devemos fomentar projetos de investimento estrangeiro no menor tempo possível. Muitas vezes se espera que o ritmo seja ditado pelos estrangeiros”, alertou. 

O ministro de Economia e Planejamento, Alejandro Gil Fernández, no entanto, destacou que Cuba precisa de investimento, mas não “qualquer investimento”.

“Devemos diminuir ao máximo a importação de componentes estrangeiros e estimular a produção nacional”, defendeu.

Após sofrer graves apagões durante 2021, com a escassez de combustível gerada pelo bloqueio econômico dos EUA contra Cuba e Venezuela, estabilizar o sistema elétrico nacional é um dos objetivos centrais para o próximo ano, afirmou o premiê.

Estabilizar a economia, aumentando a eficiência do setor estatal e ampliar o turismo para investimentos privados e estrangeiros foram objetivos destacados como prioridades. A meta é finalizar 2022 com um crescimento de 4% da economia para superar o déficit provocado durante a pandemia.

Para isso, se prevê aumentar em 20% os impostos sobre o território que serão voltados a financiar cerca de 500 projetos de desenvolvimento local. 

Pandemia

O governo cubano destinou cerca de 16 bilhões de pesos cubanos (equivalentes a cerca de R$ 3, 7 bi) para atender a emergência sanitária. O resultado são 99% de recuperação de pacientes infectados, colocando a ilha na lista dos países com menores taxas de letalidade do mundo, 0,86%.

Cuba acumula 964 mil casos e 8.317 falecidos desde o início da pandemia, segundo o Ministério de Saúde Pública.

Com o desenvolvimento de cinco imunizantes próprios, o país possui cerca de 83% da população completamente imunizada e 94,9% com ao menos uma dose.

Apesar da escassez de matéria-prima, a BioCuba Farma manteve produção de 12 medicamentos durante todo o ano. 

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