Nesta terça-feira, dia 28, Josef Schütz, um antigo guarda nazista de 101 anos de idade, foi condenado a cinco anos de prisão pelo tribunal alemão. Schütz foi a pessoa mais velha a sofrer uma condenação por crimes nazistas. A grande questão que fica é: enquanto o imperialismo alemão faz demagogia com um nazista centenário, que nada mais pode fazer, o mesmo Estado alemão apoia o nazismo ucraniano, que subjuga seu próprio povo.
Josef Schütz foi guarda em um campo de concentração nazista entre os anos de 1942 e 1945, e teria sido cúmplice de 3.518 assassinatos no campo de Sachsenhausen, ao norte de Berlim.
Na Alemanha, a pena máxima para cumplicidade em assassinato é de três anos, porém o ex-guarda nazista pegou uma pena de cinco anos.
“Todas as pessoas que queriam fugir do campo foram fuziladas. Portanto, qualquer guarda do campo participou ativamente dos assassinatos”, disse o juiz.
O réu, contudo, em sua defesa, alega ser inocente e não ter nada a ver com a polícia ou exército nazista.
Acontece que o Estado alemão pode não ser mais o nazista dos tempos do Terceiro Reich, mas, ao passo que finge punir um ancião que dificilmente cumprirá sua sentença, sendo, então, parte de um teatro policialesco, apoia a maior potência nazista da atualidade: a Ucrânica, comandada por Vladimir Zelensky.
O Hitler de nossos tempos é tratado como herói por todo o imperialismo, e na Alemanha não é diferente. O apoio alemão é tão engajado e convicto que põe em risco os próprios alemães de terem problemas em decorrência da falta de gás russo.
Josef Schütz, enquanto jovem alemão em 1945, já ofereceria menores riscos à humanidade que Zelensky nos dias de hoje. Sendo um centenário em cadeiras de rodas e com os dias contados, nem se fala.
Olaf Scholz, chanceler alemão, anunciou em 26 de abril que enviaria tanques alemães à Ucrânia para apoiá-los contra a Rússia. Quantas vidas perdidas estarão nas contas do primeiro ministro alemão? Ele estará na posição de réu para ser condenado por cumplicidade em assassinatos e atividades nazistas? Sabemos que não.
Dessa forma, não podemos nos enganar com os engodos jogados pelo imperialismo para manter a imagem de bom moço. O nazismo de 1945 foi um grave crime contra a classe operária mundial, mas o nazismo de hoje está ocorrendo neste exato momento, é real, e seu maior ente está no governo ucraniano.
Devemos, então, denunciar toda a farsa imperialista e apontar, sem nenhum melindre, as verdadeiras atividades nazistas no presente, apoiadas pelo imperialismo. Em paralelo, apoiar as forças russas, que são o principal braço armado que está pondo os nazistas para correr e levando adiante a libertação dos povos do Donbass.