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Imperialismo

Wikileaks: EUA invadiram Afeganistão para privatizar sua economia

De privatizar estatais a utilizar a guerra como peça de propaganda para equipamentos militares, o imperialismo utilizou o Afeganistão como jardim por 20 anos

O Afeganistão e seu povo presenciaram quase 20 anos de guerra imperialista no país, com os Estados Unidos destruindo o território, matando milhares de pessoas, jogando a população na miséria — tudo numa tentativa de manter seus interesses atendidos em detrimento de mais um país pobre e oprimido.

Com a expulsão dos Estados Unidos e de outros países imperialistas do Afeganistão por parte do Talibã, foi possível observar diversos malabarismos para justificar que a ocupação imperialista era na verdade para o bem do povo afegão, tendo esta trazido a democracia e a paz para o país. A lista que contraria essas constatações é enorme, incluindo, por exemplo, a questão econômica.

Um exemplo é provado por um documento lançado pela WikiLeaks em outubro de 2009, que revela que uma das reformas essenciais encabeçadas pelo imperialismo era a privatização de empresas públicas do Afeganistão, reformas estas que foram encaminhadas pelo Fundo Monetário Internacional em troca de financiamento.

É sabido que o FMI, como um bom agiota do imperialismo, é base para a implementação do maior número do desgraças possíveis para a população, e nem é preciso ir tão longe quanto o Afeganistão para notar isso — Chile, Argentina, Brasil e qualquer outro país pobre é acossado pelo FMI em diferentes níveis ao longo das décadas para realizar privatizações, reformas administrativas, reformas tributárias e qualquer outra medida que aumente os lucros dos grandes capitalistas.

Este é apenas um exemplo daquilo que foi feito para saquear a economia afegã. Outro caso notório, também exposto pela WikiLeaks em um documento de 2007, informava sobre a privatização da Afghan Telecom, na qual foi incluída o recém-construído cabo de fibra óptica que conectava o país com o objetivo de aumentar o valor da venda — isso significa que, além de já estar atrasado na hora de conseguir uma determinada tecnologia, o povo afegão ainda a perdeu para os capitalistas antes de fazer qualquer tipo de uso do serviço. É desnecessário falar que a privatização implica na piora da qualidade do atendimento, no encarecimento de produtos e serviços e na redução da acessibilidade destes serviços em relação ao povo. Ainda de acordo com o documento, a privatização foi anunciada pelo ministro das comunicações afegãos da época, que afirmou que tal ato só era possível por conta da extensa e acelerada assistência técnica da USAID.

Mas apesar de tudo isso, ainda é importante ressaltar que os Estados Unidos possui seus aliados, e eles se importam tanto quanto os EUA, ou até menos, com a população afegã. Em outro documento revelado pela WikiLeaks, datado de janeiro de 2008, é possível constatar que a Suécia queria utilizar o Afeganistão para treinar sua Força Aérea e para aumentar a propaganda de um de seus aviões-caças.

É fato, por estes e outro motivos, que a ocupação e a guerra não trouxeram nada de bom para a população afegã. A privatização é um exemplo inegável de que o povo nada tinha a ganhar com a política imperialista dos EUA e do FMI. Além disso, a guerra foi inclusive tratada como peça de propaganda e campo de treinamento para outros países, demonstrando que não havia nenhum tipo de defesa dos direitos humanos, luta contra o Talibã em defesa do povo ou luta contra o terrorismo, apenas baldes e mais baldes de demagogia para o exterior, enquanto o povo afegão sofria nas mãos dos tubarões do império.

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