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Ofensiva imperialista

Os “democratas” imperialistas e a disputa pelo petróleo na África

A ofensiva do imperialismo em Moçambique leva mais instabilidade para a África e expõe toda a ganância  e violência dos países ricos na região. Antiga província portuguesa, Cabo Delgado, uma região pobre, isolada, com 1,2 milhão de habitantes, com 82 mil km², viu seu destino melhorar com a descoberta em seu território de depósitos de gás natural. A riqueza do país africano não é explorada pelos moçambicanos. A Francesa Total detém a concessão para essa exploração, uma concessão que só favorece as grandes empresas capitalistas em detrimento da riqueza nacional que poderia ser explorada pelos verdadeiros donos.

Por causa dessa concessão, o conflito iniciou em 2017 e já causou cerca de 3 mil mortes e ocasionou a emigração de 800 mil pessoas. Estimulados principalmente pelo imperialismo dos Estados Unidos, sob domínio do senhor da guerra Joe Biden, cinco países africanos já enviaram tropas para Moçambique, dando ao conflito um contorno regional. Todos esses países africanos ligados ao imperialismo americano dizem combater os “radicais” islâmicos da Ansar Al -Sunna, que significa “defensores da tradição”, com 3 mil combatentes ligados ao Estado Islâmico. Em março deste ano, esse grupo fez uma ação ousada na cidade de Palma, onde trabalhava diversos estrangeiros. A operação resultou em dezenas de mortos e suspendeu as operações da Francesa Total. Essa ação fez com que o governo de Moçambique  pedisse ajuda internacional para assegurar a exploração estrangeira no país.

No último final de semana, um navio de patrulha sul-africano SAS Makhanda na costa de Moçambique, além de blindados do tipo Casspir(que já foram usados na época do apartheid contra os opositores do regime), o conflito entrou numa nova etapa de tensão.

A África do Sul é o país do continente que mais enviou equipamentos militares e soldados para a região, 1.500 homens. Fazem parte da operação imperialista em Moçambique os países Zimbábue, Angola, Botsuana, Tanzânia e Ruanda. A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral comanda a operação de estabilização. Ruanda opera fora dessa operação, mas com aval do governo moçambicano e patrocinada pela França. Além desses países africanos na operação lesa-pária contra o continente e o povo moçambicano, Estados Unidos e União Europeia treinam as Forças Armadas de Moçambique. O governo moçambicano contratou ainda mercenários russos e sul-africanos para combaterem os islâmicos e moçambicanos resistentes.

Para Jasmine Opperman, analista de defesa sul-africana, “se não houver coordenação entre essas diferentes forças,  a operação vai se tornar uma bagunça”, mostrando explicitamente o conluio internacional imperialista contra Moçambique.

Os chamados “radicais” islâmicos, assim chamados porque estão contra a exploração imperialista no país, adotam táticas de guerrilha e, segundo Alex Vines, especialista do Centro de Estudos britânico Chatham House, “a rebelião é menos sobre jihadismo e mais sobre questões práticas, como a falta de direitos para a população”, o que deixa claro que a concessão desses serviços para empresas estrangeiras não traz benefício algum aos países pobres e explorados do mundo. O pesquisador diz ainda que “(…) caso o conflito se expanda, Cabo Delgado pode começar a atrair jovens radicalizados de outras partes do mundo, como ocorreu com Iraque e Síria em anos recentes”.

Os países africanos envolvidos no conflito enfrentarão problemas financeiros para permanecerem a serviço do imperialismo. A África do Sul já estimou seus gastos em torno de R$350 milhões, o que gera fortes críticas de sua população. Os países imperialistas por trás da ação(EUA e França) pressionam para que os aliados permaneçam. Até o momento não tem previsão de retorno a extração do gás de Cabo Delgado, cujo projeto está estimado em US$20 bilhões.

O presidente Filipe Nyusi, aliado do imperialismo contra seu próprio país, em julho deste ano, agradeceu a presença das tropas estrangeiras em Moçambique e prometeu mantê-las até a derrota dos insurgentes. Já o ex-presidente, Joaquim Chissano, que tem bastante influência no país, propôs negociações com os resistentes. Para Alex Vines, “é provável que no curto prazo a situação dê uma certa acalmada. Mas a grande questão é: após a poeira baixar, o que impede que o problema apareça de novo?”

Enquanto todos os povos dos países explorados do mundo não expulsarem esses imperialistas dos países, a situação só tende a caminhar para mais exploração, miséria e guerras, pois o grande inimigo da humanidade, como  disse Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do PCO, é o imperialismo, que impede os países e povos de se libertarem da exploração. Enquanto eles exploraram as riquezas locais, milhões de africanos passam fome, não estão sendo vacinados e o imperialismo utiliza a desculpa do suposto radicalismo islâmico dos insurgentes para justificar suas ações e envolver mais países explorados, além do próprio governo moçambicano. Todas essas ações imperialistas dos ditos países “democráticos” estão sendo recrudescidas justamente no mandato do integrante do partido democrata, o presidente americano Joe Biden, o político do regime imperialista que conquistou a admiração da esquerda pequeno-burguesa mundial nas eleições de 2020 e agora lhe mostra quem de fato é: um senhor da guerra que intensificará a exploração global nesse período de crise sanitária e econômica do caquético capitalismo.

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