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Imperialismo e Talibã

O Talibã se transformou no que é devido à opressão imperialista

Mesmo contrariando os desejos da esquerda que adora os EUA, Talibã é o instrumento do povo afegão contra o Imperialismo

O 11 de setembro de 2001, marcado pela destruição das Torres Gêmeas do World Trade Centre, cenário do filme King Kong, estimulou que os Estados Unidos estabelecessem uma nova etapa da sua ofensiva pelo mundo. Uma nova fase da opressão imperialista.

Esta ofensiva foi destacada na última terça-feira (14) na participação semanal na TV 247 pelo presidente do Partido da Causa Operária, o jornalista Rui Costa Pimenta, ao analisar os 20 anos do 11 de setembro.

Primeiro ele ressaltou que o Partido da Causa Operária não condenou os ataques na época numa posição que ainda se mantém, pois “ainda que não seja o método de luta da classe operária, ou seja, atacar a população civil, nós não podemos condenar isto, porque a pessoa que joga bomba na casa do outro não pode reclamar quando jogarem bombas na sua casa. E os Estados Unidos jogaram muita bomba na casa de todo mundo”.

A ofensiva do imperialismo foi caracterizada por Pimenta como uma das piores coisas que aconteceram no mundo que foi o início da Guerra ao Terror com a invasão do Afeganistão, com a invasão do Iraque, com a violência desenfreada e com a criação e o aumento dos chamados “black sites” (prisões secretas da CIA),  dos inúmeros campos de concentração.

Rui Costa Pimenta destacou o campo de concentração em Guantánamo, localizado na ilha cubana, onde mais de mil pessoas “foram internadas naquele horror sem acusação formal e sem julgamento”.

Entretanto, o presidente do PCO enfatizou que uma grande parte da esquerda neste período mudou sua posição, pois se em 2001 todos foram contra esta ofensiva, agora ela não soube reconhecer a importância na derrota estadunidense no Afeganistão. Fato que marca uma reviravolta nos vinte anos mais agressivos da política imperialista e da burguesia.

Logo, a invasão do Afeganistão foi uma consequência direta do 11 de setembro estadunidense. Na época, o país da Ásia Central era governado por um grupo que surgiu vitorioso de uma guerra civil que se seguiu após a retirada das tropas soviéticas em 1989, tendo assumido o controle de Cabul em 27 de setembro de 1996.

Este grupo chamado Talibã, que significa “estudantes” na língua pasthu, com uma interpretação bastante rígida da religião islâmica, precisou continuar a combater quem se opunha ao regime estabelecido por eles. Mesmo controlando grande parte do território eles enfrentavam a oposição da chamada Aliança do Norte. O líder desta organização armada opositora foi morto em 9 de setembro de 2001 por ação de dois sauditas suicidas de um grupo islâmico internacional chamado Al-Qaeda. Este grupo era liderado por um milionário saudita de nome Osama Bin Laden que em março de 1997 deu uma entrevista para ao repórter Peter Arnett da CCN afirmando que os Estados Unidos deviam parar de intervir com os muçulmanos no mundo inteiro.

Dois dias da morte do líder da Aliança do Norte, ocorreram os ataques nos Estados Unidos.  Estes ataques foram atribuídos pelo governo norte-americano à Al-Qaeda, pois já tinha a suspeita de sua ligação em outros atentados, mesmo que na época ninguém tenha  assumido a autoria dos ataques, posteriormente em 2004 Bin Laden assumiria os ataques de 2001. Mesmo sem provas contundentes na época, os EUA exigiram que o Talibã o entregasse. Como o governo afegão negou fazer tal coisa, os Estados Unidos com mais alguns países como Reino Unido, Espanha, invadiram em outubro do mesmo ano.

Foi o início da guerra mais longa que envolveu os Estados Unidos e os talibãs tiveram que se refugiar nas cavernas da montanha, aguentando os ataques de mísseis, aviões, drones, invasão de aldeias etc. Entretanto, a opressão imperialista não se restringiu aos Talibãs, e sim a toda população afegã, excetuando aqueles que serviam ao imperialismo e ao governo fantoche imposto pelos invasores.  Todos aqueles que acompanharam esta ocupação viram como ela teve um caráter espoliativo, brutal.

Foi por isto que mesmo lentamente a oposição armada do povo afegão foi ganhando terreno, com o Talibã se transformando em uma verdadeira uma força popular. Assim, passou para uma contraofensiva que provocou a retirada do imperialismo.

Logo, não há como negar que a opressão imperialista levou à resistência do Talibã e de seus grupos aliados, que se converteram em libertadores do povo afegão do jugo direto do imperialismo. Mesmo que isto incomode os grupos identitários e os elementos de esquerda que atualmente estão abraçados com o “Grande Irmão do Norte”.

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