Na última segunda-feira (22), postos do exército do Iêmen foram atacados por vários drones militares na província de Shabwa, no leste do país e pelo modus operandi do ataque, somado ao tipo de equipamento, fontes locais e ativistas afirmaram que o ataque veio dos Emirados Árabes Unidos. Uma fonte anônima do Arabi 21 disse que o ataque das forças do governo abriu caminho para que milícias leais a Abu Dhabi ampliassem sua área de controle para a rodovia internacional que liga as províncias de Shabwa e Hadhramout ao sul e Marib ao norte.
Não se sabe o número total de mortos ou feridos no ataque, porém além dos militares vários civis estavam no local. Ativistas locais denunciaram que um ônibus foi atingido e o motorista estava entre os civis mortos. Os Emirados Árabes Unidos atacam constantemente os iemenitas e o ataque provocou indignação nas redes sociais. Por ter se silenciado sobre os ataques, o Presidente do Conselho Presidencial de Liderança foi acusado de traição e, na semana passada, a cidade de Ataq, centro administrativo da província de Shabwa, foi palco de batalhas entre forças do governo e uma milícia apoiada pelos Emirados. A luta terminou com a milícia assumindo o controle da cidade depois que aeronaves dos Emirados realizaram dezenas de ataques contra as forças do governo.
Seguindo a trajetória da geopolítica desastrosa e covarde do imperialismo mundial e seus agregados que aproveitam o investimento do imperialismo para atacar forças de defesa mais frágeis que eles, dos vários grupos rivais na região, essas forças usadas pelo imperialismo, principalmente a Arábia Saudita, atacam grupos de rebeldes Houthis descamisados do país mais miserável do Oriente Médio, o que sempre resulta num banho de sangue devido à disparidade em relação à superioridade dos equipamentos usados nessas batalhas.
Os motivos dos conflitos são sempre os mesmos: desavenças entre os grupos rivais onde é utilizada a inteligência militar do imperialismo mundial para arranjar um estopim a fim de iniciar os ataques, sempre visando vantagens econômicas pois a exploração das riquezas do Iêmen pelas empresas do imperialismo está sendo feita na região, há anos o imperialismo está saqueando as riquezas naturais do país envolvendo corrupção de políticos locais para facilitação dos saques e acirramento dos atritos explorando a rivalidade de grupos armados.
Várias vendas de petróleo bruto são feitas e negociações às quais os valores negociados nunca chegam ao banco central do Iêmen, mas são desviados para outros bancos, como denuncia a imprensa local e jornalistas dissidentes. O país é saqueado, os políticos locais são subornados e entregam toda a riqueza cujo destino é o enriquecimento do imperialismo e da Arábia Saudita que divulga que é detentora da maior produção de óleo mundial, porém a custo de muitas mortes por causa do roubo camuflado por diversos conflitos locais onde o imperialismo fornece ajuda para ‘pacificação’ da região cuja população sofre violência por grupos armados.
A petroleira Total francesa é uma das empresas que mais estão lucrando com essa intervenção de ‘pacifismo’ do imperialismo, roubando o petróleo da população iemenita, não só no Iêmen mas Total francesa em vários territórios ricos em petróleo no Oriente Médio. Constantemente a petroleira anuncia crescimento de seu capital e o que aparece nos jornais burgueses e pelo jornalismo dissidente sobre as regiões onde atua a petroleira é um verdadeiro banho de sangue em meio à alta rotação de dólares que se destinam ao enriquecimento de uma minoria de grupos empresariais do imperialismo mundial.
A função da inteligência e das forças armadas do imperialismo é fomentar o acirramento dos conflitos entre os grupos étnicos e proteger as empresas que roubam o petróleo e os minerais de uma das regiões mais ricas do globo terrestre. É uma brutalidade e uma covardia por parte das nações imperialistas como a França e os Estados Unidos entre outras, que há anos aparecem como grandes investidores e promotores da paz local porém a população do Iêmen, durante os mesmos anos, passa a maior privação principalmente pelo constante estado de guerra a que é submetida a região para benefício de algumas empresas protegidas pelo imperialismo.
O governo “oficial” do Iêmen que tem sede longe dos conflitos e numa região da Arábia Saudita, é um verdadeiro protetorado do imperialismo, é usado para legalizar os saques e dar uma aparência de que tudo está dentro da mais perfeita normalidade democrática. O governo iemenita é acusado de ser composto por mercenários cujo objetivo é seguir as ordens do imperialismo mundial apoiado pela Arábia Saudita em detrimento dos vários grupos étnicos da região, cuja divisão é explorada principalmente com ajuda do imperialismo mundial que é um dos principais beneficiados. Há vários destaques sobre a miséria no Iêmen envolvendo milhões de pessoas além de várias mortes por ocasião dos conflitos, porém para a imprensa burguesa que só divulga o que é determinado pelo imperialismo americano e mundial, o que há de mais terrível é o que a Rússia está fazendo na Ucrânia.
.