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Censura

Grupo judaico adota método usado pelos nazistas contra os judeus

Organização judaica quer censurar livro que afirma que delator de Anne Frank era judeu

Um dos principais grupos representantes de comunidades judaicas da Europa exigiu que uma editora de livros retirasse de seu catálogo uma obra que contava um ângulo diferente da história de Anne Frank. Segundo o livro “Quem traiu Anne Frank?”, de Rosemary Sullivan, o traidor que havia revelado o esconderijo da família de Frank e dos outros judeus que estavam com ela, era o judeu holandês Arnold van der Bergh.

A razão pela qual o Congresso Judaico Europeu, localizado em Bruxelas e que representa 42 comunidades, exigiu à editora HarperCollins a retirada do título de seu catálogo seria que a história mancharia a memória de Anne Frank e a dignidade dos sobreviventes do Holocausto.

Moshe Kantor, o presidente do Congresso, escreveu uma carta à editora em que afirma, entre outras coisas: “Em nossa opinião, a publicação… feriu profundamente a memória de Anne Frank, bem como a dignidade dos sobreviventes e vítimas do Holocausto”. A carta foi lida pela agência alemã de notícias Reuters. O Congresso considera que a editora HarperCollins deve retirar sua “reivindicação potencialmente incendiária… em um momento em que o antissemitismo e a negação e distorção do Holocausto estão em ascensão.”

Diante da exigência, a editora holandesa do livro, Ambo Anthos, interrompeu a impressão do livro já nesta semana, e pediu desculpas publicamente. A editora ainda afirmou que tem dúvidas sobre a metodologia utilizada pelos pesquisadores para chegar à descoberta revelada pelo livro.

O “Diário de Anne Frank” existe porque não foi censurado

É conhecida de todos a história do livro “Diário de Anne Frank”, publicado há mais de setenta anos. Trata-se de um registro verídico feito pela judia holandesa Anne Frank, que passou um longo período escondida, junto com sua família e outros judeus, dentro de um Anexo do escritório de seu pai, Otto H. Frank. A história se passa em Amsterdã, na Holanda, durante a ocupação nazista do país.

Anne morreu em um campo de concentração aos 15 anos de idade e seu diário foi entregue a Otto, seu pai, que resolveu publicá-lo em 1947. A partir daí, a obra se tornou mundialmente famosa e foi um registro de como se deu a perseguição aos judeus por parte dos exércitos alemães naquele período da Segunda Guerra Mundial.

É importante ressaltar que os nazistas se utilizaram de diversos métodos para perseguir, calar e oprimir, não só os judeus, mas toda a população da Alemanha e dos países por eles invadidos. Entre os métodos, estavam as prisões, assassinatos, confinamento em campos de concentração, assim como a censura, o tolhimento da liberdade de expressão e outras formas de impedir que as pessoas por eles perseguidas denunciassem o que estava ocorrendo.

Os regimes fascistas são os maiores inimigos da liberdade de expressão, cuja defesa incondicional é parte integrante da luta de todos os povos por eles perseguidos. O fato de os trabalhadores, os judeus e outros setores não poderem se manifestar livremente naquele período foi fundamental para que o nazismo conseguisse levar adiante sua política criminosa. O método da censura é o metodo dos fascistas.

Métodos nazistas só favorecem os nazistas

A reivindicação do Congresso Judaico Europeu, de retirar o livro de circulação, é uma tentativa de censurar uma opinião que os desagrada. Trata-se da imitação de um método utilizado pelos fascistas e nazistas em diversos momentos de sua história, e deve ser rechaçada. Se o que está sendo dito pelo livro é falso, então o natural é que se escrevesse uma resposta ou polêmica com a posição apresentada, mostrando que não é real. A tentativa de censura faz parecer, inclusive, que a opinião colocada pelo livro é uma realidade que o Congresso Judaico Europeu gostaria de esconder.

É sabido por todos, além de tudo, que houve milhares de judeus que colaboraram com os nazistas no período da Segunda Guerra. Não se trata simplesmente de “maldade”, mas de pressão, coação, corrupção, torturas, ameaças, tudo isso podem ser motivos que levem uma pessoa a ceder diante de um opressor.

O pretexto da defesa dessa censura é muito semelhante ao utilizado em outros locais: a luta contra as chamadas fakes news. Trata-se de uma suposta “boa intenção” para defender uma ação ditatorial e que não trará nenhum benefício no futuro. É preciso deixar claro que a censura eventualmente irá se voltar contra os setores oprimidos que, de maneira iludida, a defendem como método para tentar combater seus opressores.

No caso brasileiro, isso tem ficado bastante claro com o apoio que a esquerda fez da perseguição contra setores de extrema-direita nas redes sociais por suas opiniões. No momento atual, já se tornou quase que inutilizável redes sociais como o Facebook devido à facilidade com que um perfil pode ser censurado por algo que ele tenha publicado ali. Um exemplo disso é este próprio Diário, que sofreu uma sanção da rede por publicar algo que supostamente estaria contra as regras de sua comunidade.

É preciso repudiar qualquer tentativa de perseguir a liberdade de expressão de seja lá quem for. Uma liberdade só é verdadeira se ela se aplicar a todas as pessoas, e não só àquelas com as quais concordamos.

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