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Clara Zetkin

Revolucionária alemã, Clara Zetkin completa 165 anos

Em 5 julho de 1857, há 165 anos nascia a revolucionária Clara Josephine Zetkin, uma professora, jornalista e política marxista alemã, figura histórica do comunismo

Em 5 julho de 1857, há 165 anos, nascia a revolucionária Clara Josephine Zetkin, uma professora, jornalista e política marxista alemã, figura histórica do feminismo. Vindo à luz em Königshain-Wiederau, Clara Zetkin pertencia à família Eißner, tendo adotado o sobrenome de seu companheiro Ossip Zetkin, embora nunca tenham formalmente oficializado a união. Ela teve um papel relevante na política alemã.

Partido Social-Democrata da Alemanha

As Leis Antissocialistas foram vigentes na Alemanha de 1878 a 1890, numa tentativa de reduzir a crescente força do Partido Socialista dos Trabalhadores da Alemanha (em alemão: Sozialistische Arbeiterpartei Deutschlands, SAP). Clara Zetkin e seu companheiro Ossip, contrariando essa repressão, trabalharam na clandestinidade pela difusão do jornal Der Sozialdemokrat do SAP.

Nesse regime fechado, Ossip é apreendido com August Bebel e Wilhelm Liebknecht. Tratando-se de um imigrante russo, o mesmo foi sumariamente expulso da Alemanha em 1880. Na sequência, Clara também seria expulsa e o casal se reencontraria no ano de 1882, em Paris, onde passariam a residir.

Em Paris, Clara passa a ser correspondente do Der Sozialdemokrat e Ossip torna-se secretário do primeiro movimento de trabalhadores imigrados de Paris, majoritariamente composto de russos e romenos. Nesse período o casal Zetkin se relaciona com Louise Michel, Jules Guesde, Laura Marx e seu marido Paul Lafargue.

Em 1886, após contrair tuberculose, Clara retorna à região Saxônia, ao município de Leipzig para tratar-se. Pouco depois, após desempenhar um papel importante na preparação do Primeiro Congresso da Internacional dos Trabalhadores, em 1889, Ossip falece no mesmo ano de tuberculose.

Ainda em 1889, eclodem greves violentas que colocam abaixo o fechamento do regime na Alemanha, resultando na abolição das Leis Antissocialistas. Em 1891, Clara retorna à Alemanha e cria, em 1892, o jornal Die Gleichheit (A Igualdade), do qual ela foi redatora-chefe. 

Luta das mulheres

Além de redatora-chefe do Die Gleichheit, jornal que foi um instrumento de formação popular das mulheres trabalhadoras e do movimento feminista; Clara teve um papel de reverência histórica para a luta das mulheres, organizando sua luta e denunciando as condições de vida precárias as quais estavam submetidas.

Foi de Clara Zetkin, com Alexandra Kollontai, a proposta de criação do Dia Internacional da Mulher. A proposta foi feita em 26 de agosto de 1910, na Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada na Casa do Povo (Folket Hus), em Copenhague.

A concepção para o Dia Internacional da Mulher seria de uma jornada anual de manifestação pelo direito de voto para as mulheres, pela igualdade dos sexos e pelo socialismo. O primeiro Dia Internacional da Mulher foi comemorado no ano seguinte, em 19 de março de 1911. Nos anos posteriores, a comemoração passaria a ocorrer no dia 8 de março.

Partido Social-Democrata Independente da Alemanha

Em 1915, as divergências interna no SPD, no Reichstag (Parlamento alemão), acerca da Primeira Guerra Mundial, levaria a expulsão desse grupo pacifista em 1916. Esses parlamentares se organizariam no Grupo Social-democrata de Trabalho (SAG, Sozialdemokratische Arbeitsgemeinschaft).

No ano de 1917, esses pacifistas, agrupados com outros setores de posição similar em relação à Primeira Guerra Mundial, fundariam o Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Ente os grupos que aderiram ao USPD, mantendo uma certa autonomia, estava a Liga Spartacus, criada em 1915, com participação de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht.

Na Revolução Alemã de 1918-1919, a Liga Spartacus, agregando outros grupos da extrema-esquerda, deu origem ao Partido Comunista da Alemanha (KPD). Clara Zetkin seria eleita deputada no Reichstag, pelo KPD, durante a República de Weimar (1919 – 1933).

Clara teve uma vasta atuação, tendo sido detida diversas vezes até sua prisão. Pela sua militância, foi agraciada com Ordem de Lênin (1932) e a ordem do Estandarte Vermelho (1927).

É relevante sua participação na organização da conferência da Internacional Socialista de Mulheres de 1915, realizada em Berna. Nela, as mulheres de todos os países envolvidos na Primeira Guerra Mundial, defendendo os princípios originais da Internacional Socialista, declararam “guerra à guerra”.

Exílio

Com a ascensão do Nazismo na década de 1920, o KPD é interditado e Clara é obrigada a fugir da Alemanha. Em poucas semanas de exílio em Moscou, aos 75 anos, Clara Zetkin faleceu.

O seu tumulo foi alocado junto à muralha do Kremlin, na Praça Vermelha, em Moscou. Um local de reverência, onde descansam os sepulcros de conhecidas e influentes personalidades ligadas ao regime soviético.

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