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dia de hoje na história

Como o México se tornou independente

200 anos atrás, os mexicanos conquistavam sua independência através da ação popular.

Rebelión, Jacinto Canek

No ano de 1810, dia 16 de Setembro, foi o dia de início da guerra de independência mexicana, onde os colonos do México realizaram um levante contra a coroa espanhola que durou cerca  de 10 anos; resultando no Primeiro Império do México e no fim da colonização espanhola na, até então, Nova Espanha.

O primeiro instigador da revolta que ocorreu foi o Padre Miguel Hidalgo y Costilla, da pequena paróquia Dolores Hidalgo. O padre já vinha, desde sua ordenação como sacerdote, promovendo o levante popular dos mexicanos oprimidos contra os latifundiários, aristocratas e espanhóis abastados; Miguel realizava encontros com ex-escravos, escravos, indígenas, camponeses e etc para discutir os acontecimentos da época. 

Hidalgo havia sido avisado por Josefa Ortíz de Domingues sobre uma ordem de captura vinda da coroa espanhola, o que o fez iniciar imediatamente a revolta que culminou na independência Mexicana. Os sinos da cidade tocaram anunciando a revolta, o povo foi às ruas pedindo o fim da exploração promovida pelos espanhóis. A população local abraçou a revolta, a caminhada acabou na capital regional Guanajuato, onde os peninsulares foram completamente obliterados pelo poder popular. O ato ficou conhecido como “Grito de Dolores”.

Após a tomada de Guanajuato, os rebeldes capturaram Zacatecas, San Luís Potosí e Valladolid e encaminharam sua marcha até a Ciudad de Mexico. No dia 30 de outubro, os insurgentes entraram em conflito com as forças legalistas em Monte de Las Cruces. Se saindo vitoriosos do conflito porém abalados, os insurgentes mudaram seu rumo em direção ao Texas, se saindo vitoriosos de várias batalhas, até que, em março de 1811, os insurgentes foram emboscados pelos espanhóis que os prenderam em Monclova, estado de Coahuila. Hidalgo fora executado por heresia e traição, tendo sido fuzilado e decapitado no dia 31 de julho.

Após a morte do padre, quem assumiu a liderança da revolta foi José Maria Morelos y Pavón. Em junho de 1813, foi realizado um congresso nacional de todas as províncias mexicanas para discutir o futuro do país e sua liberdade. As principais políticas aprovadas no congresso foram a soberania nacional, o direito de voto a todos os homens, a abolição da escravatura e do trabalho forçado, o fim dos monopólios governamentais e dos castigos físicos. A declaração de independência foi assinada por todos no dia 6 de novembro de 1813. 

Porém, pouco tempo após isso os espanhóis romperam o cerco que a Ciudad de Mexico se encontrava, depois de 6 meses de cerco. As forças coloniais capturaram várias zonas vizinhas à cidade. Após as derrotas, os membros do congresso ao invés de continuar sua jornada pela independência, deixou de reconhecer Morelos como líder da revolução, apenas incubiram-o à tarefa de proteger o congresso. 

Morelos fez sua tarefa bem até 1815, quando fora capturado e executado no dia 22 de dezembro. Enfrentando o mesmo destino de Hidalgo.

Após a morte de Morelos, o movimento independentista entrou em uma fase de refluxo até 1821. Nesta fase os mexicanos combatentes perderam suas forças e começaram a usar táticas de guerrilha para combater os espanhóis, dois caudilhos se destacaram nessa fase; Guadalupe Victoria e Vicente Guerrero. 

Um militar legalista, Cosme Damián Agustín de Iturbide y Arámburu, fora encarregado de promover o que seria o último ataque aos revoltosos, Iturbide já havia lutado antes contra Hidalgo e Morelos. Porém, descontente com o tratamento que os militares espanhóis nascidos no México recebiam e com a notícia do golpe cívico-militar liberal na Espanha, Iturbide, após algumas batalhas com Guerrero, decidiu convidá-lo para uma conversa sobre os princípios de um novo movimento insurgente. 

Vindo de uma tradição conservadora, Iturbide colocou em pauta que o México deveria ser uma nação independente governada por qualquer príncipe conservador europeu que aceitasse o cargo (o que não ocorreu), a igualdade de direitos entre europeus e mexicanos e que a igreja católica poderia manter seus privilégios e monopólio.

Logo, vários movimentos e grupos armados mexicanos liberais e conservadores adotaram o plano de Iturbide, chamados de “Exército das 3 Garantias”. 

Quando a derrota espanhola parecia iminente, o vice rei renunciou, ato que deu a certeza de que os insurgentes haviam vencido. Assim, no dia 24 de agosto de 1821, foi assinado por Iturbide e por representantes dos colonizadores espanhóis, o Tratado de Córdoba; garantindo assim a independência mexicana e formando o Primeiro Império Mexicano, sob o comando de Iturbide.

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