No aniversário de 95 anos do principal dirigente da revolução cubana, Cuba sofre um ataque coordenado do imperialismo, na sua principal figura que são os Estados Unidos. Diferentemente do que prega amplos setores da esquerda, o governo Biden mostra-se mais agressivo contra a ilha caribenha do que seu antecessor. Diante da crise capitalista agravada pelo coronavírus, Cuba sofre com a falta de desenvolvimento e o bloqueio criminoso praticado pelos governos democratas e republicanos que se revezaram no poder desde o final da década de 50.
Neste período aconteceu a Revolução que iria influenciar todos os países da América Latina e também em outros lugares do mundo. Fidel Alejandro Castro Ruz, filho de uma família rica em Cuba, dedicou sua vida para diminuir a miséria e acabar com o atraso em seu país. Diferentemente do que viria a ser seu governo, o intento inicial de Fidel e os revolucionário não era de instalar um governo socialista em Cuba, mas sim, uma democracia no marco do capitalismo. No entanto, a pressão norte americana através da tentativa contrarrevolucionária frustrada realizada na Baía dos Porcos, bloqueios econômicos e tentativas de assassinato, levaram a um radicalismo do governo, demonstrando assim que a expropriação da burguesia em Cuba não era uma questão ideológica, mas de sobrevivência da própria Revolução.
Antes de tomar o poder, Castro comandou um grupo de jovens que tentou derrubar a ditadura de Fulgencio Batista em 1953 no Quartel Moncada. Essa operação foi duramente reprimida pelo regime de Batista e Fidel foi condenado a 15 anos de prisão. Todavia, como disse o guerrilheiro: “A história me absolverá”. E foi no início de 1959, logo após a fuga de Batista, que Fidel Castro entra na capital de Cuba e instala o governo provisório. A partir desse período, a reação das potências burguesas na época foi incisiva. Uma revolução acontecia a poucos quilômetros do principal país imperialista, o que quer dizer que poderia acontecer também em outros lugares do continente. Não poderia ser diferente. A revolução em Cuba levou a movimentos revolucionários no mundo inteiro e a reação contrarrevolucionária veio rápido. A partir de 1961, ano em que o governo de Fidel colocou-se abertamente como aliado da URSS, foram instaladas ditaduras em praticamente todos os países da América Latina.
Fidel Castro, o principal dirigente da Revolução e comandante do país até fevereiro de 2008, morreu em 25 de novembro de 2016. Como havia dito em seu julgamento, a história o absolveu, mas não foi apenas isso. A figura de Fidel e dos revolucionários cubanos mostraram que a derrubada de um regime opressor, mesmo diante da imobilidade dos setores de oposição, é possível. Os bravos guerrilheiros, apoiados nas forças populares do país foram os responsáveis por acabar com um regime fantoche do imperialismo, e revelar uma possibilidade real de liberdade e desenvolvimento para seu povo.