Em 14 de setembro comemoramos o lançamento do livro O Capital, de Karl Marx (Das Kapital, do original em alemão). O primeiro volume, intitulado O Processo de Produção do Capital, foi lançado quando Marx ainda estava vivo em 1867. Os outros dois volumes da obra, O Processo de Circulação do Capital, de 1885, e O Processo Global da Produção Capitalista, de 1994, foram publicados pelo seu grande amigo Friedrich Engels.
Uma das obras mais importantes que o poder criativo do ser humano já foi capaz de produzir, O Capital serve de base para todo o pensamento e ideologia de esquerda pelo mundo. É uma obra tão fenomenal que continua inspirando e impulsionando milhões de seguidores e movimentos sociais no planeta. Não importa qual seja o país.
Fundamental como é para a formação teórica de esquerda em qualquer parte do mundo, é natural que O Capital tenha se tornado a obra mais hostilizada de todos os tempos. Mas o grandioso trabalho investigativo e analítico de Marx possui uma construção teórica tão sólida e coerente que, nesse século e meio desde sua criação, nunca nenhum detrator foi capaz de refutar seriamente e com propriedade seus fundamentos. Muitos intelectuais a soldo dos capitalistas tentaram, mas sem nenhum sucesso. Segundo Lenin, a solidez da construção teórica do livro está fincada em 3 pilares: A filosofia clássica alemã, a economia política inglesa e a sociologia francesa. O que faz com que seja tão difícil, senão impossível, contestar a obra.
O incomparável livro não é meramente uma criação sustentada por conceitos idealistas produzidos por uma mente de imaginação sofisticada. Trata-se de uma obra baseada em uma investigação científica minuciosa. O Capital, de Karl Marx, é sem dúvida, nos tempos presentes, uma obra atual e necessária para a interpretação crítica do capitalismo. Assim como também para a construção do pensamento e da ação revolucionária. Nele, Karl Marx definiu conceitos como classe, trabalho, meios de produção e mais-valia ou “Mehrwert” em alemão, que, em síntese, significa a diferença entre o valor daquilo que o trabalhador produz com a força de seu trabalho e aquilo que ele realmente ganha. Ou seja, a riqueza do que é produzido pelo trabalhador enriquece apenas o patrão capitalista.
Por isso, mesmo transcorrido 155 anos de sua publicação, O Capital continua importante, presente e discutido em todos os meios sociais e assim engrossando a corrente filosófica que hoje conhecemos por marxismo. Enquanto o capitalismo existir a obra de Marx continuará prevalente, necessária e incontestável.