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Infiltração

Rui aborda as semelhanças entre o IREE e o IBAD

Os think tanks do presente mudaram um tanto os métodos, mas realizam a mesma política

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O companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, tratou, no ultimo sábado, no programa Analise Política da Semana, na Causa Operaria TV, da questão, dentre outras dos think tanks do imperialismo e sua ação deletéria nos países atrasado, tratando do caso brasileiro, lembrou do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), peça fundamental para desestabilizar o governo João Goulart. Assim como no passado ainda hoje o imperialismo utiliza esse mesmo mecanismo de infiltração, porém com algumas mudanças.

Em 1959 foi criado no Brasil o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), um think tank anticomunista que se colocava abertamente contra o governo do presidente Juscelino Kubitschek e posteriormente ao presidente João Goulart. A finalidade era combater o nacionalismo ainda que moderado e a esquerda em geral classificada indistintamente como comunista, influenciando o debate econômico, político e social no país por meio de campanha publicitária e política.

O Instituto também criou a Ação Democrática Popular, órgão, cuja função era financiar e cooptar políticos para ação anticomunista, antiesquerda e contra o governo João Goulart. Financiados por setores capitalistas nacionais, ficou comprovado, porém, que o órgão mantinha profundas relações com a Agência Central de Inteligência (CIA), por isso foi dissolvido por ordem judicial em 1963, sendo integrado posteriormente ao Serviço de Inteligência Nacional (SNI) após o estabelecimento da ditadura militar em 1964.

Hoje em dia os think tanks pró-imperialistas como o IBAD foi no passado se multiplicaram, porém mudaram um tanto sua ação. Já não escondem mais o financiamento internacional e se puxarmos os fios chegamos rapidamente à Agência Central de Inteligência (CIA) que não os constrange, pois já não falam abertamente de anticomunismo, mas se apresentam como defensores dos direitos humanos e promotores da diversidade, da informação, não se trata mais de realizar uma campanha e organizar o esmagamento completo da esquerda, mas de cooptar uma parte dela, embora o resultado final seja o mesmo.

Com cooptação de setores oportunistas da esquerda, cria-se uma fachada para um think tank neoliberal e pró-imperialista, que ao invés de financiar apenas políticos de direita, financiam também políticos de esquerda, que surpreendentemente defendem na esquerda as mesma posições, ainda que com palavras diferentes, os posicionamentos do imperialismo.

O Instituto para Reforma das Relações Estado-Empresa (IREE), o qual esse sítio denunciou por manter relações com instituições imperialista como a Global Americans e a National Endowment for Democracy (NED) sabidamente golpistas, que realizam nesse momento campanha contra a Nicarágua, além de abrigar notórios direitistas e golpistas, como Sérgio etchegoyen, general e ex-secretário de Segurança Institucional , durante a presidência do golpista Michel Temer, Raul Jungmann, ex-ministro da defesa do mesmo governo dentre outros. Qualquer organização com essa constituição interna seria classificado como pró-imperialista, golpista e direitista, mas diferentemente do IBAD, que não escondia sua ideologia e sua função, o IREE agrupa também uma miríade de esquerdistas pequeno-burgueses como fachada.

Alguns como funcionários permanentes da organização, outros como colaboradores que dão cursos e palestras. O mais destacado, no entanto, foi o político e amigo pessoal do presidente deste instituto, o político do PSOL Guilherme Boulos, isso porque Boulos não é apenas um esquerdista pequeno-burguês, mas um político, que cumpre um papel no cenário político nacional. Boulos foi um elemento que criticou o governo do PT pela “esquerda” durante o período do golpe, dividiu a mobilização contra o golpe de 2016 criando a frente povo sem medo, seu partido foi a favor do golpe da Lava-Jato. Ainda agora seu partido e o próprio se negam a apoiar a candidatura Lula e alguns nomes da legenda se dedicam a criticar Lula, dentre outras peripécias…

O IBAD financiava políticos para defender determinada política, o IREE tem políticos na sua folha de pagamento, ainda que contratados como professores, que curiosamente defendem posições iguais às do imperialismo. Os think tanks do presente mudaram um tanto os métodos, mas aparentemente, podemos supor que a política seja exatamente a mesma.

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