Os últimos acontecimentos envolvendo o Partido da Causa Operária e partidos da direita tomaram conta do debate político, a imprensa burguesa, a imprensa progressista, figuras políticas, organizações partidárias, sindicais e movimentos sociais, além de pessoas independentes se posicionaram a favor ou contra os acontecidos.
Dentro desta briga uma ala que chama a atenção e nos deteremos aqui a explicar seu papel político nesta campanha é o Partido Defensor de Tucanos (PDT) que protagonizou pelo menos dois ataques ao PCO na última manifestação do dia 03 de Julho.
Os fatos aconteceram em Santa Catarina e Rio de Janeiro. Nos deteremos aos fatos ocorridos no último dia 03, mas o imbróglio entre PCO x PDT em Santa Catarina já vem de alguma semana e pode ser conferido aqui.
O que chama a atenção é que em ambos os locais a manobra é a mesma: destacam uma mulher, branca e ruiva, talvez o único elemento de vermelho no bloco do Partido Defensor de Tucanos (PDT), para ir para cima de militantes do Partido da Causa Operária, sempre acompanhada de alguns capangas, para arranjar uma provocação e com isso alegar que militantes do PCO agrediram uma mulher. O bom e velho truque do identitarismo, chutando a luta de séculos pelos direitos das mulheres para interesses mesquinhos.
Essa manobra visa em primeiro lugar criar um clima para expulsar o Partido da Causa Operária da frente Fora Bolsonaro e isolar o partido da organização das manifestações e com isso abrir espaço para a participação, cada vez maior, de partidos da direita, ou seja uma manobra que visa enfraquecer a participação da esquerda, e com isso a candidatura de Lula e aumentar a participação da direita e levantar a candidatura de um candidato da terceira via.
Em nota publicada no último dia 06 de Julho, Antonio Neto, Presidente do PDT de São Paulo e Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), uma central patronal, disse: “O PDT se solidariza com a nossa presidente da Juventude Socialista, Amanda Salgado, que foi alvo dos ataques misóginos do PCO. Assim como nos solidarizamos com a militância do PSDB e com dirigentes da Rede Sustentabilidade e da Força Sindical que foram alvos do sectarismo raivoso.” Ele ainda afirmou: “É urgente que as entidades organizadoras do ato repudiam essa violência e afastem esse grupelho da organização do próximo ato. Não podemos tolerar extremismos nem atitudes típicas daqueles que estamos na luta para derrubar.”
A nota deixa claro que os acontecimentos em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo fazem parte de uma política do Partido Defensor de Tucanos (PDT) a favor da frente ampla, para impulsionar um candidato da terceira via.
Ao colocar que não podemos tolerar extremismos, o defensor dos tucanos se coloca contra a polarização. Temos dois extremos, do lado direito Bolsonaro e do lado esquerdo Lula. Embora o próprio Lula não se coloque desta maneira a população o vê assim, como uma oposição natural a Bolsonaro. Se colocar contra os extremos de forma genérica é se colocar a favor da terceira via.
Para que essa manobra dê certo é necessário isolar o Partido da Causa Operária, a vanguarda da mobilização, todos aqueles que defendem a candidatura de Lula devem se atentar à manobra do partido do “Lula tá preso, babaca”.