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Escorraçar a direita dos atos!

Quem são os “sem partido”?

Como em 2013, o "abaixa a bandeira" e mobilizações "sem partido" entra na pauta da imprensa venal e direita golpista. Não vamos cair nessa, abaixar bandeira só na cabeça do gaiato

Com o crescimento das mobilizações contra o governo fraudulento de Bolsonaro e tudo que representa, a direita golpista e a imprensa venal começam a se debater para sequestrar os atos organizados da esquerda. Essa tentativa da burguesia fica bem clara em dezenas de matérias que estão sendo publicadas pelo que há de pior nos meios de comunicação nacional. Como por exemplo, o artigo da colunista Eliane Cantanhede no Estadão dessa terça-feira (22). A articulista tenta deslegitimar o vermelho das manifestações e abrir espaço para direita golpista e a “centro-esquerda” “protestar” contra o governo Bolsonaro.

É preciso deixar claro que as manifestações são da esquerda, que é quem fez com que os atos acontecessem e que é quem organiza e coloca o povo na rua. Repare o cinismo no artigo publicado pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista), que apoiou e se esforçou incansavelmente para dar o golpe de Estado contra a Dilma Rousseff em 2016, e fez enorme campanha para a prisão farsesca do ex-presidente Lula, levando ao poder o atual fascista do Planalto. “A esquerda, mais organizada, sai na frente, mas não é dona das manifestações, da oposição, nem da condenação à ação nefasta na pandemia devastadora.”

A manobra direitista está sendo organizada novamente como em 2013. Em que começou com atos de massas da esquerda, da juventude e dos trabalhadores, e a burguesia viu que estava ficando descontrolado porque eram atos enormes quase todos os dias, contra os governos estaduais da direita. Então, como ela não conseguiu acabar com os atos por meio da repressão estatal (polícia), ela se utilizou da repressão fascista, formando na prática milícias fascistas que se infiltraram nos atos com as palavras de ordem de “sem partido” e “abaixa a bandeira e levanta a do Brasil”. Os “sem partido”  nada mais são que burguesia tentando, abafar, surrupiar e canalizar a revolta popular.

Outro trecho da Coluna, publicada no Estadão, que cai como uma luva para os planos de tentar roubar as mobilizações da esquerda, apesar de não ter sido a intenção da articulista, é onde Cantanhede cita as Diretas já, como exemplo a ser seguido. A campanha das Diretas, que a esquerda e os movimentos se estruturaram com o povo nas ruas para derrubar o governo, também foi surrupiada pela burguesia, em meio as manifestações a direita veio (MDB), se auto intitularam donos dos atos, levou a pauta para o congresso e ali ficou o população observando a burguesia fazer eleições no colégio eleitoral.

Além do “abaixa a bandeira”, “atos sem partido”, vemos também a imprensa e a direita golpista se esforçando para pautar as mobilizações. Como não conseguiram esconder as mais de 450 manifestações em todo Brasil, a divulgação foi no sentido de que a população estaria nas ruas pedindo o impeachment de Bolsonaro, o que não é verdade. Para os incautos, o impeachment e o fora Bolsonaro seriam a mesma coisa, mas não é. Impeachment seria uma solução organizada por dentro das instituições burguesas, o mesmo que derrubar o Bolsonaro no Congresso.

A solução contra o governo Bolsonaro colocada nas mãos desses setores tende a frear as mobilizações e paralisar o movimento, diluir os atos, com o objetivo de ganhar tempo. Uma vez que a direita leve a derrubada do governo para o Congresso – o que é bem improvável que aconteça – será apenas quando a burguesia tiver certeza de que pode emplacar no lugar um outro governo de direita. A diferença é muito clara, derrubar o governo através das massas populares nas ruas traz a luta para o campo da esquerda. O impeachment leva a luta contra o regime para o campo do adversário, sendo assim fica muito mais fácil para a burguesia manobrar contra o povo.

Em 2013 os direitistas infiltrados, tomaram de assalto as manifestações, acabaram com elas e, devido ao seu fortalecimento pela burguesia, foram os iniciadores da ascensão do movimento fascista no país, atacando a esquerda, assassinando militantes, atentando contra sedes de sindicatos, realizando os coxinhatos, derrubando o governo do PT, elegendo Bolsonaro, defendendo o golpe militar e hoje sendo a base social que sustenta Bolsonaro, a base social do fascismo. Por isso temos que cortar pela raiz qualquer tentativa de transformar os atos populares em atos sem partido, porque aí mora o fascismo.

No entanto não devemos esperar nenhum segundo para denunciar amplamente e combater de forma concreta qualquer tentativa de sequestro das mobilizações da esquerda. Deixar bem claro que o movimento visa a derrubada real do governo criminoso de Bolsonaro e todos os golpistas, nas ruas. As palavras de ordem devem ter um cunho esquerdista, contra a direita e a extrema direita, que o movimento é vermelho e não tem nada de “resgatar as cores da nossa bandeira”. Jamais se esquecer que o “minha bandeira é meu país” é um jargão tipicamente bolsonarista.

É de extrema importância desmoralizar e mostrar para toda a esquerda e movimentos as intenções malandras da imprensa golpista. E mais, se a burguesia tentar a manobra novamente, esses direitistas deverão ser escorraçados dos atos, mesmo que o povo tenha que recorrer à força física. Nada de solução para crise que atravessa o país, via instituição burguesa. A luta é nas ruas. Fora golpistas das mobilizações! Eleições gerais com Lula candidato, Lula presidente! A vitória popular se dará com organização democrática e frente única da esquerda combativa contra a burguesia.

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