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Eleições 2022

Qual é o termômetro popular, as ruas ou as pesquisas enganosas?

Pesquisa encomendada pela burguesia tenta dizer o oposto do que acontece na realidade e coloca que Lula está perdendo força perante Bolsonaro.

Apesar do nariz torcido da pequena burguesia, só há uma opção para derrotar o bolsonarismo. E se chama Luiz Inácio Lula da Silva.

Mesmo sob a chuva recorrente de argumentos de “Lula é coisa do passado” e “precisamos de quadros novos”, proferidos pelos “letrados” interlocutores, as ruas dizem o contrário. O sentimento de que Lula é a antítese do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro torna-se mais evidente para todos.

Com o passar do tempo, cai a ficha, para as parcelas mais politicamente confusas, daquilo que a classe operária já dizia em 2018 e que o Partido da Causa Operária reverberava, que o povo quer Lula e nenhum outro.

Bastou o ex-presidente assumir de vez seu papel histórico e ventilar de maneira séria sua candidatura, para que até mesmo as nem um pouco confiáveis pesquisas eleitorais começassem a cravar sua vantagem sobre todos os demais. Isto mostra que, próximo de um representante da classe operária, mesmo que com a errada política de conciliação de classes, todos os demais candidatos são minúsculos e só podem existir com uma agressiva alavancagem pelo aparato de propaganda da burguesia.

O que ocorre agora é que as mesmas pesquisas que chegaram a apontar até mesmo a vitória de Lula no primeiro turno, resolvem “noticiar” uma queda da vantagem do petista contra seu oponente fascista. Todavia, é difícil acreditar nesta pesquisa quando observado que Bolsonaro é atacado diariamente por todas as parcelas da população, especialmente a mais pobre, ao mesmo tempo que, quando o nome de Lula é falado nas ruas, as pessoas demonstram explicitamente que querem o ex-presidente de volta para, acreditam, governar para os trabalhadores.

A situação fica mais “estranha” quando a “pesquisa” mostra melhora da situação de Ciro e Doria contra Bolsonaro em um eventual segundo turno. Não seria nada suspeito. Entretanto, basta observar algumas movimentações da imprensa burguesa e da direita para entender o que se passa.

O primeiro ponto é que a imprensa burguesa busca loucamente apagar Lula e Bolsonaro. O editorial do jornal golpista Estado de S. Paulo, vulgo Estadão, em que clama aos partidos da burguesia (PSDB, PSD, DEM e PP) que encontrem alternativas a Lula e Bolsonaro.

Sobre Lula, basta ver a cobertura do ato de 1º de maio na Praça da Sé, em São Paulo, onde não foi noticiado coisa alguma. Os atos de 29 de maio, também valeram minúsculas notinhas nos jornais burgueses. Isto quando existiram estas “notinhas”.

Qualquer um que tenha participado dos atos (e não seja cego nem surdo), viu e ouviu que Lula foi o grande nome dos atos, mesmo sem estar presente neles. Em Salvador, por exemplo, o PT local, mesmo envergonhado, parece ter notado que Lula é o único nome capaz de alavancar o partido na Bahia, principalmente dada a impopularidade da política direitista do governador petista Rui Costa. Já em São Paulo, no ato da Paulista, assim que o companheiro Antônio Carlos, do PCO, falou que Lula era o nome da classe trabalhadora para as eleições, ouviu-se um intenso coro de “olê olê olá Lula Lula”.

Se o nome de Lula está na “boca do povo” e Bolsonaro é alvo de constantes ataques, tem-se um total contrassenso o resultado desta pesquisa.

Outro ponto interessante é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19. Durante todas as entrevistas feitas pelos ilustres senadores, o que se teve foi um verdadeiro espetáculo circense. Como em toda CPI no Brasil, o objetivo não é revelar a verdade, mas tentar criar fatos políticos para que a burguesia possa manipular a opinião de alguns setores da sociedade, especialmente a muito confusa classe média.

Os “fatos políticos” a serem criados podem ser resumidos, de maneira grosseira, a colocar elementos orgânicos do bolsonarismo como escatológicos (vide Eduardo Pazuello e Nise Yamaguchi), ao mesmo tempo que colocam-se elementos da direita como “científicos” e “civilizados”. Alguns deles até mesmo ou ocuparam cargos no governo Bolsonaro (Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta) ou foram cotados para tal (Luana Araújo).

A campanha da imprensa burguesa e a atuação da direita parlamentar tentam criar uma nova situação para 2022. A candidatura de Lula contra Bolsonaro nas próximas eleições seria o desastre total para a burguesia. Primeiro pelo fato de que Lula não é um candidato “confiável” para a burguesia apesar dos seus repetidos erros políticos em buscar uma conciliação de classes. Segundo, que Bolsonaro não é confiável aos olhos da burguesia. A política destrambelhada de Bolsonaro, ao invés de garantir as “reformas” (leia-se expropriação da classe trabalhadora), agrava ainda mais a polarização política no país.

Por isto, há um desespero quase doentio em tentar anular ambos os nomes, até mesmo inventando números em pesquisas encomendadas. O que impede isto entretanto é que nem mesmo a burocracia sindical e dos partidos de esquerda conseguem mais conter suas bases, que desejam loucamente ir às ruas, fazer de Bolsonaro um “Mussolini pendurado na árvore” e colocar Lula no poder.

Frente a esta situação, deve-se destacar a mobilização da militância de base através dos Comitês de Luta e dos chamados do PCO e dos setores mais combativos.

Apesar de não reconhecido, o ato de 1º de maio na Praça da Sé foi um fato histórico. Não apenas por ter colocado 2 mil pessoas na rua sem o aparato das direções, mas por toda campanha de agitação realizada pela militância, que colocou as direções partidárias e sindicais contra a parede, e possibilitou que o ato de 29 de maio fosse um verdadeiro sucesso.

Daqui para frente, é necessário ampliar as mobilizações e mostrar, na rua, que o povo quer fora Bolsonaro e Lula presidente.

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