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Rumo aos 500 mil mortos

Por quê temos 250 mil mortos e o isolamento não foi feito

Todas as ilusões da esquerda se revelam uma grande fraude, o "fica em casa" serviu apenas para validar o programa dos golpistas que sentencia a morte ao povo brasileiro

Frente a total ausência de ação do poder público para combater a crise sanitária, a política de capitulação da esquerda se revela uma sentença de morte ao povo brasileiro. Nesse sentido, destaca-se o fracasso completo da campanha “fica em casa”, bem como o avanço dos golpistas para assassinarem todos aqueles que forem necessários para sustentar sua política neoliberal. Hoje, já passam dos 250 mil mortos e nenhum isolamento ou mesmo tentativa de política para conter o vírus foi concretizada.  

Desde o começo da pandemia, o governo esteve de prontidão para doar trilhões aos capitalistas sempre que preciso, inclusive, se dispondo também a vender as maiores empresas nacionais a preço de banana. Para a população, ao contrário, nem as migalhas prometidas foram entregues e a luta contra o coronavírus, foi, na realidade, um esquema de politicagem grotesca.

Magicamente, mesmo após um ano de pandemia, não existiu isolamento social. Até agora, incluindo os dados de fins de semana, nunca se atingiu 60% no centro da pandemia, São Paulo. Isso ocorreu, pois nada, além de uma campanha presumida publicitária da classe média em torno do lema “fique em casa” foi feito para que a população ficasse de fato em casa. A grande maioria do povo, a qual não pode fazer home-office, nunca parou de trabalhar e pegar os transportes públicos lotados. Basicamente, o que o governo ofertou foi morrer de fome em casa, ou morrer de vírus com o trabalho.

Assim, a quarentena não passou de uma mera campanha de marketing para validar o que na verdade faziam Bolsonaro e os golpistas: o genocídio. Vale colocar também, que nunca sequer houve uma testagem massiva ou uma distribuição de materiais de higiene contra o vírus e, claro, a cereja do bolo, não existe nenhuma vacina e nenhuma perspectiva de vacinação do povo. Ao invés de comprar uma vacina e estabelecer um programa para vacinação, o poder público preferiu reclamar do alto preço das vacinas disponíveis e gastar todo o dinheiro para socorrer o imperialismo.

Aqui, fica muito clara a questão. Tudo o que foi feito e é feito contra o coronavírus foi um jogo político, que serve apenas para controlar a ira da população. A título de exemplo, tem-se a criminosa reabertura econômica e o retorno do ensino presencial, que em São Paulo, já mata professores e alunos e contamina milhares em apenas um mês. Ao mesmo tempo, os governadores agora defendem o famigerado lockdown, que em alguns casos pode até diminuir a contaminação, mas no geral, são completamente inefetivos para solucionar a crise.

Ora, do que adianta parar por algumas semanas e não vacinar ninguém? Ainda mais, parar de madrugada, no fim de semana, ou mesmo sem suspender os transportes públicos pode ser considerado um lockdown?

Sem um auxílio social decente, que deve ser ao menos de um salário mínimo digno para uma vida de qualidade em casa, nunca será concretizado um isolamento social. No momento, a população está jogada no desemprego e na miséria, ela é obrigada a trabalhar – mesmo sem as condições de higiene – para não morrer. Não adianta falar, para quem não tem como, que é necessário ficar em casa sem dar as condições precisas e uma perspectiva de melhoria da crise. 

A situação está calamitosa, beirando uma verdadeira hecatombe social, e tudo isso é resultado da posição dos golpistas, que buscam combater o Covid com politicagem, e da adesão da esquerda a seu programa genocida. Ao invés de denunciar que não existe nenhuma política de saúde pública e sim todo um esquema para seguir os interesses econômicos da burguesia, a esquerda pequeno burguesa aplaude os governadores como se fossem grandes heróis nacionais, e reduz todo o problema a algumas falas e atitudes de Bolsonaro que devem ser resolvidas com toma lá dá cá das instituições golpistas.

O Lockdown, por exemplo, que é uma medida puramente política e ineficaz, é defendido cegamente por setores da classe média de esquerda que culpam o povo pelas centenas de milhares de mortes. Um lockdown só poderia ser feito se fossem garantidos os empregos e as condições de vida do povo, se não for, estamos colocando o trabalhador entre a cruz e a espada. Outro caso, é justamente na própria campanha em torno da quarentena e de que o povo está destruindo ela. Pois bem, apesar de ser obviamente uma fraude, ainda é bravamente defendida pela classe média que pode ficar em casa.

Essa, é a frágil base de sustentação da direita – a histeria da pequeno burguesia – para manter sua política de morte e de destruição. Enquanto a esquerda fica em casa e os sindicatos fechados, ninguém se mexe. Por outro lado, se a população se mobilizar, colocando em risco o governo burguês, o problema com certeza estaria em uma diferente escala.

Mesmo com a esquerda trabalhando intensamente para encobrir as ações criminosas da direita e a sua própria, rapidamente as máscaras se dissolvem, e a realidade vem à tona. O fica em casa é uma fraude, a frente ampla no Congresso e na Câmara idem, é preciso levantar um programa popular frente a essa situação que garanta o distanciamento de uma forma real, que garanta auxílio aos trabalhadores e a vacinação.

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