É oficial. Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo na noite de domingo (22), o governo Doria decidiu proibir que a esquerda faça o ato do Grito dos Excluídos na Avenida Paulista. O pretexto é de que já havia um ato marcado pelos bolsonaristas para o mesmo local.
A decisão de Doria é mais uma ilegalidade — e como sempre, uma ilegalidade para favorecer o bolsonarismo e atacar a esquerda. No entanto, é preciso denunciar que essa decisão é o resultado das negociatas do senhor Guilherme Boulos (PSOL) com o próprio governo de João Doria. Em 2020, para impedir que os atos Fora Bolsonaro crescessem, Boulos e seus funcionários assinaram um acordo com o PSDB para que a Avenida Paulista fosse dividida com os bolsonaristas. Desde então, toda vez que a extrema-direita marca um ato no mesmo dia que a esquerda, o PSDB ganhou o direito de decidir quem poderá ir para a rua.
É preciso denunciar a manobra energicamente. O interesse de Boulos em entrar na frente ampla com o PSDB nada tem a ver com o movimento. É preciso passar por cima da direita e dos carreiristas da esquerda que são capazes de vender a própria mãe por um cargo.