Na manhã desta terça-feira (30), o presidente golpista Jair Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL) após ficar 2 anos sem partido. A cerimônia de filiação ocorreu na sede do partido em Brasília, contando com a presença do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e de integrantes do governo.
Bolsonaro já colecionou 9 siglas: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC, PSL e, agora, o PL. Além do presidente, se filiaram seu filho, Flávio Bolsonaro, que deixou o Patriota, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
“Estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, aquele plenário da Câmara, tendo em vista a quantidade de parlamentares aqui presentes. Me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta, acima de tudo, momentos em que nós, juntos, fizemos pelo nosso país. Eu venho do meio de vocês. Venho de 28 anos na Câmara”, colocou o golpista.
Tal qual Bolsonaro mesmo disse, ele já está no Congresso Nacional a quase 30 anos e, desde sempre, foi um político do baixo clero, ou seja, um marginal da política institucional brasileira, sem grandes relações com a alta política. É, no final das contas, um verdadeiro rato que, com a polarização política, em decorrência da crise do regime, ascendeu ao poder com a mobilização da extrema-direita apoiada pela burguesia golpista.
Ao contrário do que gosta de pintar, Bolsonaro não é um “outsider”, mas sim uma figura política antiga que, desde sempre, articulou ao lado do centrão. Não é atoa que, nesses 30 anos, não representou absolutamente nada no que diz respeito ao progresso da população brasileira, seja econômico como também político. No final, faz parte da ordem política vigente tanto quanto Dória ou Alckmin. A única diferença é que não pertence à alta casta da burguesia.