Os acontecimentos dos últimos dias, com a tentativa de transferência de Lula para um presídio no interior de SP – colocando em ameaça sua vida – e a decisão do plenário do STF de manter sua prisão ilegal, sem marcar data para julgar a suspeição do ex-juiz e atual ministro golpista Sérgio Moro, evidenciam a importância central que continua tendo na situação política – marcada pelo avanço da crise política e econômica – a prisão de Lula, peça fundamental do golpe de Estado iniciado com a campanha para derrubar Dilma Rousseff, seguida da sua derrubada por meio do impeachment fraudulento, em 2016.
Reconhecido pelas principais de luta dos trabalhadores do campo e da cidade e por amplos setores das massas como seu representante político, Lula é um elemento permanente de polarização e crise frente ao governo golpista e sua política neoliberal servil aos EUA.
O regime golpista está organizado para manter Lula preso a qualquer custo, passando por cima – como já fez inúmeras vezes – de direitos fundamentais e atropelando todos os procedimentos jurídicos normais. Para isso, além do pisoteamento jurídico da Constituição, não faltou ameaça de golpe militar, feita pelo militares e todo tipo de ação criminosa, como se comprova com os vazamentos da operação lava jato.
Nesse momento, em que há um significativo avanço da crise econômica e da crise politica, com o crescimento do repúdio popular contra o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, em que avançam os ataques do regime direitista contra os trabalhadores (aprovação da “reforma” da Previdência, aumento da repressão etc.) a mobilização em torno da liberdade de Lula é uma questão-chave para levantar um movimento de luta dos explorados contra o regime golpista. Por isso mesmo a enorme pressão da direita contra qualquer iniciativa nesse sentido e a completa capitulação da esquerda burguesa e pequeno burguesa, se opondo a realizar uma efetiva mobilização (que vá além dos discursos inúteis no Congresso e postagens na internet. Isso quando não se colocam claramente contra a defesa de Lula, com o argumentos reacionários como os de que “a defesa de Lula não unifica os progressistas”, ou seja, não unifica com os setores golpistas e reacionárias que apoiaram o golpe, votam a favor dos ataques contra os trabalhadores (como nas “reformas” trabalhista e da Previdência) e, obviamente, são favoráveis a que Lula apodreça na cadeia.
A realização de mutirões nos últimos fins de semana, levantando mais de 120 mil assinaturas e com a participação de centenas de militantes em todas as regiões do País, entre outros sintomas, evidencia a suposição presentes enter uma parcela crescente do ativismo de superar a paralisia das direções da esquerda.Esse é um dos objetivos centrais da convocação para o ato.
O momento é propício para as mobilizações contra a direita golpista que persegue Lula. Há uma enorme disposição a reagir no meio da população, como demonstraram os atos de maio e junho, contra os ataques do governo e pelo “fora Bolsonaro”, nos quais os gritos em favor da Liberdade de Lula era os que tinham maior apoio entre os participantes.
O PCO e os Comitês – como já vêm fazendo – vão se dirigir à toda esquerda, aos Comitês Lula Livre, sindicatos e a todos os movimentos de luta dos explorados para propor a unidade em torno da defesa de Lula, chamando-os a organizarem juntos essa mobilização e fazê-la vitoriosa. A própria data marcada, visa criar melhores para uma ampla mobilização, inclusive, considerando o calendário de atividades importantes já marcadas pela esquerda, como os atos desse dia 13 e 14 de agosto (greve nacional da Educação, atos nacionais, Marcha das Margaridas) as convenções municipais do PT, Grito dos Excluídos etc..
Agora é arregaçar as mangas, ampliar a inscrições para as caravanas de todo o País para o ato (já há centenas de inscritos pelos mutirões), levantar os recursos necessários etc.
Dia 14 de setembro, todos à Curitiba, pela anulação dos processo fraudulentos da Lava Jato. Pela imediata libertação de Lula e de todos os presos políticos.