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Um fanfarrão entreguista

Na ONU, Bolsonaro se ajoelha aos bancos e implora para o apoiarem

Embora tentasse se apresentar como candidato tão neoliberal como João Doria, o presidente ilegítimo não conteve sua ideologia fascistoide

Bolsonaro discursa na ONU

Bolsonaro abriu a Assembleia Geral da ONU com um discurso compatível com a sua estatura política. Em vez de falar das grandes questões internacionais, como é sempre esperado nesse tipo de cerimônia, apresentou o Brasil como um país renovado e totalmente preparado para a política neoliberal, oferecendo-o para ser devorado pelos tubarões do capital financeiro. “Temos tudo que o investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes serviços, tradição de respeito a contratos e confiança no governo”; “está em curso o maior programa de parceria com a iniciativa privada da história do país, já foram contratados 100 bilhões de dólares em novos investimentos e arrecadados 23 bilhões de dólares em outorgas”; e “meu governo fez o Brasil readquirir a credibilidade externa, sendo hoje um dos melhores destinos para os investimentos”; disse ele, na tentativa de disfarçar sua dificuldade de efetivar as privatizações e se mostrar tão “privatizador” quanto seu provável oponente da terceira via, João Dória.

Ele tentou dar um tom agradável às questões polêmicas em que já se envolveu quando falou da Amazônia, das reservas indígenas, da convenção interamericana contra o racismo, do auxílio emergencial e da vacinação contra a COVID-19, mas o lado mais latente da ideologia fossilizada de Bolsonaro ficou escancarado nas seguintes passagens: (nós) “temos a família tradicional como fundamento da civilização”; (o Brasil) “concederá visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos”; também afirmou que “o Brasil estava a beira do socialismo” (se referindo aos governos do PT);  e que “o Brasil acolhe os refugiados venezuelanos deslocados devido a crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana”.

O companheiro Rui Costa Pimenta, em sua Análise Política na TV 247, comentou o discurso de Bolsonaro e destacou que as críticas que ele recebeu da imprensa burguesa demonstram que se esperava um discurso mais “democrático”, ao estilo Biden, Macron ou Angela Merkel. Rui Costa Pimenta salientou que “ele precisaria adotar essa face para ser bem recebido, foi o que ele tentou fazer, o problema é que ele não consegue, não é ele, ele não tem essa versatilidade. Bolsonaro é uma pessoa mais ou menos petrificada em um tipo de ideologia que não é corrente no mundo hoje”. Rui Costa Pimenta concluiu dizendo: “Esse discurso dele, de que impediu o socialismo, soa para a maioria dos países europeus como uma coisa muito fora da realidade. Eles apoiaram a derrubada do PT, mas jamais se colocaram na perspectiva de derrota do socialismo, eles estavam numa luta pelo controle do governo brasileiro e usaram as armas da democracia liberal, que é o que eles usam normalmente. Por exemplo, a luta contra a corrupção é uma dessas armas. É demagógica, mas a luta por um Estado não corrupto, seria a luta pela democracia. Mesmo na Venezuela o imperialismo faz a propaganda de que aquele governo é antidemocrático. Não fazem a propaganda de que seria socialista e por isso precisaria ser derrubado. Porque isso contraria a fachada política de vários países europeus em que você tem o partido socialista governando. Então falar, derrotei o socialismo, fica uma coisa meio incongruente com essa fachada. Ele (Bolsonaro) tenta fazer, mas não consegue desempenhar o papel”.

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