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Eleições nas mãos do povo!

Voto só é auditável quando o povo pode fazê-lo por conta própria

Em 2009 na Alemanha, o Tribunal Constitucional Alemão decidiu que não iria utilizar urnas eletrônicas para o processo eleitoral daquele país. A decisão proibiu qualquer tipo de equipamento de computação nas eleições alemãs. A decisão tomada na Alemanha coloca um argumento democrático fundamental contra o voto eletrônico: o voto só é realmente auditável se qualquer pessoa comum, sem conhecimentos técnicos especializados, é capaz de auditá-lo. A maneira mais fácil de fazê-lo é contar as cédulas e toda população possa acompanhar.

Apesar de toda a demagogia de Bolsonaro – ele mesmo fruto de uma fraude eleitoral em 2018 – é factível que o processo de votação no Brasil é facilmente manipulável e vulnerável às investidas golpistas de interesse da burguesia. Nas últimas semanas, a suposta lisura e a inviolabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, entraram em xeque quando o presidente ilegitimo levantou a questão de que nas próximas eleições, caso o voto não seja auditável, ele seria roubado e perderia a eleição.

Como bom demagogo que é, e se aproveitando de que a esquerda pequeno burguesa é totalmente despolitizada e vive a reboque das instituições e da direita dita “civilizada”, Bolsonaro lançou a isca de que as eleições brasileiras, da forma que acontecem, seriam fraudadas. A esquerda ao invés de se aproveitar dessa desconfiança e fazer uma intensa campanha, para que os votos sejam impresso e controlado pela população, preferiu mais uma vez ficar a reboque da direita, e saiu a campo para defender com unhas e dentes, afirmando categoricamente que o processo eleitoral brasileiro é infalível, sendo a própria esquerda vitima inúmeras vezes, do mesmo processo que elege os representantes da burguesia ano após ano.

Os argumentos desses setores da esquerda – papagaios da direita e da imprensa golpista – para proteger a suposta suprema eficiência das urnas eletrônicas, são verdadeiros absurdos. O primeiro é de que as urnas não são conectadas à internet, sendo assim, seria impossível qualquer modificação nos votos registrados. O segundo é de que o voto impresso seria alvo de milicias bolsonaristas emparedando eleitores, uma espécie de “voto de cabresto” dos dias atuais. Para esses setores da esquerda vale a máxima, se Bolsonaro é contra eu sou a favor se é favor eu sou contra e nada pode mudar isso.

Perceba que a esquerda se esquece totalmente de como funciona o processo eleitoral no Brasil e se coloca ao lado de legítimos fraudadores de eleições. Em 2018, por exemplo, uma das eleições mais aberrantes da história do país, políticos literalmente desconhecidos da população amanheceram eleitos. Escórias da direita golpista, sem um mínimo de apoio popular bateram recordes de votos. E por fim candidatos de esquerda que apareciam nitidamente na ponta das pesquisas eleitorais não conseguiram se eleger e se quer foram para o segundo turno.

O segundo argumento não faz sentido nenhum. Até porque, atualmente, já é possível saber quantos votos cada candidato teve em cada seção eleitoral. E também não é possível que Bolsonaro tenha uma tropa de fiscais controladores de eleitores tão grande em todo país capaz de saber e manipular todos os votos em cada cidade, distrito ou zona de votação. Aparentemente essa esquerda não está disposta a lutar realmente por um processo eleitoral limpo, transparente.

Outro ponto que a esquerda e a direita unidas utilizam contra o voto impresso é a defesa da “democracia”.  Mas de que democracia eles estão falando é difícil saber. Seria a democracia que mantém a burguesia no poder? Ou a bela democracia que deu um golpe de Estado em 2016, na sequência retirou o candidato mais popular do pleito eleitoral em 2018, através de uma farsa para que uma quadrilha tomasse de assalto o poder no País? A democracia de que tanto falam e a incorruptibilidade das urnas que tanto atestam, está voltada apenas para o interesse da burguesia e do imperialismo em todos os sentidos.

A proposta de que as urnas devem ser com o voto impresso e auditável de cada cidadão, é uma reivindicação abertamente democrática e toda esquerda deveria exigir. Bolsonaro faz demagogia em torno do tema, porque deve conhecer bem as estranhas do processo eleitoral brasileiro e até mesmo sente medo, do que a burguesia pode lhe reservar nas próximas eleições. A esquerda, ao contrário de Bolsonaro e da direita, deve tentar se livrar de uma vez por todas das urnas eletrônicas e garantir um pouco mais de segurança para as eleições no país.

Entretanto, o processo eleitoral no Brasil deveria ser totalmente impresso, auditável de fácil conferência de fácil recontagem e além de tudo de conhecimento aberto e claro de toda população. Todo o processo eletrônico, computadorizado, dificulta o entendimento popular camufla o sistema e abre brecha para que burguesia manobre em prol de interesses particulares.

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