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Não quer que o povo vote

Justiça eleitoral muda local de votação sem avisar ninguém

Milhares de eleitores de São Paulo, Paraná, Sergipe e outros estados são afetados e muitos podem não conseguir votar por falta de informações

Nas eleições de 2018, um fator excluiu o voto de mais de 4 milhões de eleitores: a biometria obrigatória. Aqueles que não sabiam da informação, porcamente divulgada, não puderam cadastrar sua biometria a tempo e não tiveram como votar. É importante observarmos que quem foi mais atingido por esse fator foi a população pobre, que tem pouco acesso à informação, assim como a transporte e até mesmo tempo para realizar a biometria.

A biometria não é mais obrigatória hoje em dia, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arranjou outra maneira de descaradamente excluir votos da população do resultado final: mudando os locais de votação de última hora e, mais uma vez, noticia esse fator de maneira extremamente precária.

No Paraná, em Sergipe, em São Paulo e em diversas outras regiões, a Justiça Eleitoral decidiu passar a perna na população e mudar os locais de votação de última hora. A maioria alega o mesmo motivo, que o local em questão estaria em reforma e, portanto, não poderia abrigar as urnas e receber os eleitores. Alguns lugares também afirmam que há indisponibilidade de salas ou até mesmo problemas com a gestão escolar.

Entre os locais de votação fechados está o Centro Universitário Anhanguera, de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, que recebia 25 mil eleitores de 73 seções eleitorais. Já em Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo, 19 locais de votação foram fechados e 50 mil eleitores foram encaminhados para outros 17 locais.

Sergipe, outro estado altamente atingido por essa farsa, terá, em 14 de seus municípios, incluindo a capital, Aracaju, os locais de votação alterados por “obras que não serão concluídas até o dia do pleito ou por falta de acessibilidade”, com um total de 32 locais de votação modificados.

Já no Paraná, cidades como Curitiba e Foz do Iguaçu pretendem deslocar, no total, quase 10 mil eleitores para outros locais de votação. Apesar de não haver um número absoluto para quantos eleitores estão mudando de lugar nessas eleições no estado, um número grande é esperado considerando a quantidade presente nessas duas cidades.

Vários estados estão passando por essa situação, e não é algo de rotina. A mudança do local de votação não é só uma medida de emergência para uma situação imediata, mas sim, como foi dito anteriormente, uma maneira de excluir diversas pessoas da votação. Isso porque as pessoas vão até seu local de votação habitual e, ao chegar lá, não encontram nada e ficam desorientadas.

Isso acontece porque, como dito anteriormente, as pessoas mais pobres não têm acesso suficiente à informação, o que faz com que a notícia, que já é porcamente divulgada, não chegue aos ouvidos de ninguém.

Isso consiste em um caso de fraude eleitoral, uma vez que tal ato é realizado duas semanas antes da eleição. É algo que, obviamente, afeta os candidatos mais populares, que têm efetivamente o voto da população pobre. O leitor não deve ter dúvidas de que a maioria das pessoas que não irão saber seu novo local de votação iriam votar ou em Lula, ou em Bolsonaro.

Ademais, isso favorece a terceira via, que tenta se destacar aos olhos da população frente a alta polarização presente nessas eleições com Lula e Bolsonaro. Este não é o único método, mas faz parte, assim como foi a questão da biometria em 2018, de uma leve alteração que, no final das contas, pode afetar, e muito, o resultado da votação.

A verdade é que a burguesia não quer que o povo vote, e isso já fica evidente em outros aspectos da eleição. Os diversos ataques aos partidos e candidatos variados que não cumprem a burocracia eleitoral, assim como a censura cada vez maior às maneiras de realizar essa propaganda, por exemplo, são tantas que fazem com que alguns partidos simplesmente não tenham meios tão efetivos como os da burguesia para fazer sua propaganda, e acabam caindo no limbo.

Todos esses esforços refletem a alta polarização do País nessas eleições. Essas medidas são uma prova de que a burguesia tem colocado todos os seus esforços para conter a população cada vez mais revoltada com a situação nacional. Outro ponto que está sendo estrondoso é que os Estados Unidos já afirmaram que irão monitorar as eleições brasileiras, um forte alarme àqueles que tem um pouco de memória e sabem que, onde o imperialismo mete o nariz, nada de bom acontece.

O fato é que uma manipulação está ocorrendo, e isso vai afetar, sobretudo, a população pobre, ainda mais se a esquerda não decidir mobilizar-se de verdade e realizar atos em defesa da candidatura com mais potencial para mobilizar os trabalhadores: a candidatura de Lula.

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