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Golpe e fraude

Intervenção da CIA escancara a fraude das eleições brasileiras

Imperialismo prepara manipulação eleitoral contra o povo brasileiro

O diretor da infame Agência de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) aconselhou representantes do governo Bolsonaro que deixassem de questionar a integridade do sistema eleitoral brasileiro, sobretudo o sistema de urnas. Trata-se, evidentemente, de uma orientação do governo norte-americano para um vassalo seu: o governo Bolsonaro. Uma clara interferência estrangeira na dinâmica da política interna, o que chama mais atenção, no entanto, é: qual o interesse do governo Americano e da CIA, agência que comprovadamente promoveu centenas ou milhares de golpes de Estado no mundo inteiro incluindo o Brasil em mais de uma oportunidade, de atestar a seguridade do sistema eleitoral brasileiro?

Segundo a Reuters, agência internacional de notícias, William Burns, diretor da CIA, esteve no Brasil em julho de 2021, uma viagem não prevista em sua agenda oficial. Na visita, Burns se encontrou com Bolsonaro, com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e o então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. O diretor da CIA participou ainda de um jantar com o mesmo general Augusto Heleno e o general Luiz Eduardo Ramos, ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

De acordo com fontes não reveladas da Reuters, nessas ocasiões o diretor da CIA teria pedido para que Bolsonaro não colocasse em dúvida o sistema eleitoral Brasileiro, referindo-se ao processo democratico como sagrado. Se o processo democratico é assim sagrado como afirma Burns, a CIA é a mais iconoclasta das instituições pois já destruíram centenas ou milhares de democracias e impuseram inúmeras ditaduras fascistas ou semi-fascista em todo o mundo, levando as populações locais o mais terrível sofrimento.

A participação documentada da CIA no golpe militar de 1964 no Brasil, que estabeleceu uma terrível ditadura que durou 20 anos, ou no Chile e na Argentina nos anos de 1970, das mais terríveis e sanguinárias ditaduras que o mundo já viu, mostra claramente a sacralidade que a democracia tem para essa agência, cuja função é justamente subvertê-las para atender os interesses econômicos dos EUA, isto é, nenhuma.

Trata-se, pois, não de uma defesa da democracia contra a sanha ditatorial do bolsonarismo, como a imprensa capitalista e pró-imperialista nacional aventa. Ao contrário, a orientação do imperialismo a Bolsonaro, para que esta para de questionar e colocar em descrédito o sistema de votação nacional, isto é colocar holofotes sobre ele. Uma coisa é certa, o ímpeto de Bolsonaro foi contido, sua cruzada contra o sistema de votação nacional foi deixado de lado, embora nunca totalmente desmobilizado.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirmou o encontro com o diretor da CIA, embora não o aconselhamento, afirmando apenas que o teor de assuntos tratados em reuniões de inteligência são sigilosos. Diante da crise do capitalismo internacional, que se expressa na luta entre o imperialismo e os países atrasado, como é o caso da crise militar na Ucrânia, que em verdade uma luta do imperialismo (OTAN) contra a Rússia, o Brasil, um dos mais importantes países atrasados do mundo, assume uma prioridade na política internacional norte-americana.

É uma questão que se assemelha a uma de vida ou morte que o Brasil continue sob a área de influência dos norte-americanos, como um país vassalo. Um sopro de independência e soberania da parte do governo brasileiro poderia acarretar uma crise em todo o continente.

As eleições de 2022 nesse sentido são decisivas. Outro mau agouro foi a visita para lá de estranha de Victoria Nuland, subsecretária de estado do governo norte-americano para assuntos políticos, que durante sua passagem também fez seu elogio ao sistema eleitoral brasileiro.

O sistema eleitoral brasileiro, de urnas eletrônicas, no entanto apresenta inúmeros defeitos, dentre os mais destacados a falta de transparência nos resultados. Nenhum cidadão é capaz de averiguar a contagem de votos, tendo tão e somente que crer, controlado por um órgão antidemocrático, cujos ministros não foram eleitos e nem estão sob controle da população, o TSE, que o resultado final realmente corresponde a votação. Bolsonaro, conhecedor dos meandros da política burguesa, critica as urnas eletrônicas, não porque queira maior transparência, mas porque sabe que pode ser prejudicado por fora do jogo democratico, no tapetão.

Se a CIA e o Estado norte-americano afirmam a integridade do processo eleitoral brasileiro, o que em si constitui um crime, uma ingerência indevida, é porque o sistema está viciado e pretende utilizá-lo contra os interesses do próprio povo brasileiro. O sistema eleitoral brasileiro operacionalizado pelas urnas eletrônicas está desde já sob completa suspeita. Todo o movimento popular que luta pela candidatura Lula, para quem a armadilha está sendo montada, deve exigir e lutar por um conjunto de medidas concretas para dar maior transparência e para que a população tenha controle sobre o processo eleitoral. As eleições não podem ser controladas por um órgão burocrático que atende a interesses escusos e não populares.

O imperialismo está preparando uma armadilha, querem usar o sistema eleitoral contra o povo, isto é, querem sabotar via urnas a possível vitória do ex-presidente Lula. Esse é um caso seríssimo e não pode ser tratado da maneira infantil e fanática como trata a esquerda pequeno-burguesa, que seguindo a burguesia pró-imperialista nega qualquer denúncia de irregularidade no processo de votação e se ri de quem levanta as suspeitas cabíveis. A burguesia e o imperialismo podem muito bem manipular as pesquisas para mostrar uma queda progressiva nas intenções de voto do ex-presidente Lula e um aumento de seu concorrente, que pode ser Bolsonaro ou outro e no momento oportuno dos resultados a derrota do ex-presidente por pequena margem, apoiados na santidade da urna, quando na verdade trata-se de pura fraude eleitoral.

Desde já é preciso mobilizar as massas para, primeiro mostrar a magnitude do apoio a candidatura Lula para impedir a manobra e discutir seriamente e reivindicar mecanismo de participação e controle popular sobre os resultados eleitorais, caso contrário o imperialismo nos pregará uma peça que sairá caro de mais para o povo.

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