No último período a imprensa burguesa aproveitou os assassinatos do jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira, para criar uma comoção. Há um destaque na imprensa burguesa sobre a questão do narcotráfico, uma campanha que recebe o apoio da esquerda pequeno-burguesa e esconde os verdeiros interesses em jogo.
Maior índice de assassinato de líderes
A Amazônia, principalmente a colombiana foi tema na impressa, a denúncia de 65 dos 227 homicídios de líderes ambientais em 2020, segundo o Global Witness. Bem como a denúncia da Organização de Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (Opiac), da morte de 46 líderes, sendo 16 indígenas apenas em 2021.
Segundo o coordenador de direitos humanos da Opiac, Óscar Daza: “Essa situação é grave. Não podemos continuar sendo vítimas daqueles que querem ativar ou ajudar o narcotráfico”.
Para Manuel Guzmán Hennessey, especialista em meio ambiente e professor da Universidade do Rosario: “O problema do assassinato dos nossos líderes tem a complexidade do problema do Amazonas, e de outras regiões fora da Amazônia que estão afetadas por esses conflitos cruzados. É preciso melhorar as condições de vida dos povos de lá, enfrentar o problema do narcotráfico de forma integral. A situação é muito difícil justamente porque não se resolve apenas com medidas policiais. E falta uma ação integral do governo colombiano”.
É tudo um pretexto para roubar os recursos da região
Toda a campanha realizada pela imprensa burguesa e imperialista, são apenas pretexto para encobrir as manobras de dilapidação do patrimonio da região. Há um verdadeiro teatro onde setores com interesses diferentes da burguesia, se acusam com a pecha variadas.
Os setores latifundiários, exploradores dos garimpeiros e extratores de madeira, que desmatam e exploram a região, devastando o seu caminho, com a desculpa de levar o desenvolvimento as regiões remotas do país. Quando o único desenvolvimento real é no lucro daqueles que exploram a região.
Essa prática colocasse em partes como um resgate uma política dos militares na década de 1970, igualmente no período anterior deixar apenas miséria a população local. Miséria e extermínio aos trabalhadores rurais, seringueiros, populações locais e indígenas.
Nas palavras do ex-ministro Rodríguez: “Desde que Bolsonaro chegou ao governo, reeditou o que foi a política militar sobre a região Amazônica dos anos 1970, muito influenciada por ditaduras. A posição forte era que a Amazônia era destinada ao desenvolvimento do Brasil. Bolsonaro está reeditando essa política e todos os anúncios que faz, de que a Amazônia se destina ao desenvolvimento do Amazonas brasileiro e as reivindicações indígenas são exageradas, mostra isso”.
Por outro lado, há uma campanha imperialista que atuam principalmente por ONGs, que criminalizar os garimpeiros e extratores de madeira, e não seus exploradores que lucram com esses negócios. Esse mesmo setor imperialista visar deixar as populações nativas na miséria, sem real aporte do estado, criam a quimera do narcotráfico e questionam a soberania da região defendendo os interesses externos.
É uma tática já antiga do imperialismo.
Essa metodologia do imperialismo não é novidade já foi colocada em prática em diversos lugares no mundo. É uma estratégia de ação antes ou em conjunto da intervenção armada direta nos países explorados, sendo uma desculpa para a sua espoliação.
Inúmeras vezes o imperialismo apontou a deficiência do narcotráfico em uma região, para depois, portanto, intervir fisicamente na situação supostamente contra o tráfico de drogas. É realizada uma propaganda para justificar a política de rapina dos capitalistas.
Nesse momento á esquerda pequeno-burguesa substituí convenientemente política pela moral e acabara apoiando a iniciativa imperialista. Isso quando partidos de pequeno-burgueses não são colocados diretamente no governo para conter a população e dar suporte ao regime de exploração.
A história denunciar o ângulo do imperialismo
Na história recente são inúmeros os exemplos de outros países vitimas da mesma manobrar política, que tiveram economias destruídas e populações condenadas a penúria. Primeiro uma propaganda massiva para justifica a ação e na sequência a intervenção direta das forças imperialistas.
Na América Latina entre tantos os casos mais escandalosos são as intervenções em Cuba, Nicarágua e Venezuela. Nesses não resta dúvida que a estratégia utilizada pelo imperialismo nesses países foi para subjugação e exploração, com uma desculpa moral.
Agora, o alvo da vez é a Amazônia que, na mira dos imperialistas, é encaixada no narcotráfico após o caso Dom Phillips-Bruno Pereira. Essa região abundante dos mais variados recursos sofre acredito o maior ataque da sua história, estando ameaçada de profunda ruína.
Amazônia é do povo brasileiro
A região amazônica é um recurso incalculável, sob os mais variados aspectos, território, bacias e cursos hídricos, minerais, fauna e flora, um bem insubstituível que pertence ao povo brasileiro. No desenvolvimento histórico do Brasil essa região absorvida na sua gleba.
Qualquer intervenção externa na Amazônia é uma agressão direta a soberania do país, um despeito aos seus diretos territoriais. Temos que Ressaltar a Amazônia é do Brasil, apenas ao povo brasileiro compete decidi o seu destino.