Da redação – Filhos e parentes de um senhor de 82 anos vítima da Covid-19 em Manaus tiveram que procurar o corpo e depois enterrar com as próprias mãos. O caso aconteceu neste domingo (26) no cemitério Nossa Senhora Aparecida, pois havia covas abertas, mas não havia coveiro, nem funcionários da administração, denunciaram os parentes.
Antes, entretanto, como não localizaram o corpo na unidade de saúde a qual estava internado e precisaram percorrer por dias diversos contêineres frigoríficos, alugados pelo Estado, que servem de necrotério improvisado relatou um dos filhos:
“Muitos corpos em cima do outro, sem identificação nenhuma. Nós tivemos que nos arriscar, tivemos que nos arriscar dentro do freezer, dentro do frigorífico para identificar nosso pai”, disse Máximo.”
A prefeitura de Manaus informou que se trata de um caso isolado e está e que não representa o trabalho sério que o município vem realizando. Porém, esse não é o primeiro relato dos absurdos envolvendo o caos da saúde pública no Estado, como o vídeo feito pela equipe de saúde de um dos hospitais relatando o acúmulo de cadáveres nos leitos de internação (aqui), outros relatos de pessoas que tiveram que identificar seus parentes nas câmaras frigoríficas e a realização de enterros em valas coletivas, justamente pela falta de estrutura mínima.
A própria prefeitura divulga que, somente do início do mês pra cá o número de sepultamentos triplicou e que, do dia 19 em diante o número de sepultamentos tem passado de 100 por dia.
Crédito: Reprodução/TV