Nesta quarta-feira (01), o ministro da economia Paulo Guedes declarou sua intenção em criar um ministério direcionado para a administração do patrimônio da União. O chamado Ministério do Patrimônio da União seria responsável pela venda de ativos federais que, supostamente, seriam direcionados ao combate contra a pobreza.
“Eu já falei com o presidente. Estou propondo que, para o novo governo, tem que existir o Ministério do Patrimônio da União. […] O Estado tem R$4 trilhões [em ativos], uma fortuna incalculável, e o povo pobre e miserável”, afirma o ministro como se ele mesmo não fosse um dos responsáveis por esta miséria.
Deve ficar claro que este tipo de política não passa de uma grande demagogia. O que Guedes e, consequentemente, a burguesia querem é privatizar o maior número de bens públicos brasileiros possível, vendendo-os a preço de banana. Nesse sentido, o Ministério proposto pelo golpista não passa de um verdadeiro “Ministério das Privatizações”, e o fundo destinado ao combate à pobreza, mais uma forma de desvio de dinheiro.
Isso fica ainda mais evidente quando relembramos uma fala de Guedes de novembro de 2020: “Estou bastante frustrado de estarmos aqui há dois anos e não termos conseguido vender nenhuma estatal. É bastante frustrante”. Mirando as eleições de 2022, Guedes e Bolsonaro amenizam seu discurso, transformando as privatizações devastadoras em combate à pobreza que eles próprios causaram.