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Atos dia 9/4

Greves e protestos pelo País: às ruas para derrubar os golpistas

O povo dá mostras que quer lutar contra o golpe, é preciso dar uma orientação política nessas manifestações, que é levantar o fora Bolsonaro e por Lula presidente

Hoje ocorrerão diversos atos por todo o país, chamados pela Frente Fora Bolsonaro, na qual estão incluídos diversos partidos de esquerda. Foram cerca de seis meses sem atividade nenhuma, que se seguiram a uma onda de capitulações e tentativas criminosas de infiltrar elementos direitistas nos atos. Alguns exemplos disso são as vaias contra Ciro Gomes no carro de som na Avenida Paulista e a surra que os bate-paus do PSDB levaram de militantes de esquerda, também na Paulista, em outro ato.

O hiato gigantesco entre o último ato e este de hoje tem a ver com o fracasso de transformar as manifestações em palanques para os candidatos da 3ª via. Em grande parte, esse fracasso se deu devido à política combativa do Partido da Causa Operária e dos companheiros do Bloco Vermelho, que estavam decididos a colocar para fora dos atos os elementos golpistas e inimigos do povo, custe o que custasse.

É preciso dizer, sobre os atos de hoje, que a forma como está sendo feita a convocação e a escolha dos locais serão um prato cheio para um fracasso vergonhoso. Em São Paulo, por exemplo, o ato foi convocado para a Praça da República, em vez de a tradicional Avenida Paulista, que comporta muito mais gente e é muito melhor localizada para um ato. Além disso, todo o material de divulgação do ato, inteiramente virtuais, são verde e amarelos, a cor dos golpistas e bolsonaristas. A mudança da palavra de ordem, de “Fora Bolsonaro”, para “Bolsonaro nunca mais”, também é uma grande capitulação. A nova palavra de ordem tem um caráter muito mais eleitoreiro do que a anterior. A julgar por essas chamadas, não se trata mais de um ato combativo, de esquerda, do povo, que visa a derrubada imediata de Bolsonaro e todos os golpistas, mas sim um ato eleitoreiro, cujo objetivo é fazer campanha para carreiristas que querem se eleger no fim do ano. 

O ato representa uma nova tentativa da fracassada manobra de tentar colocar a terceira via para dentro do movimento. Para impedir isso, é preciso que os militantes, simpatizantes e pessoas que acompanham a política do PCO, do Bloco Vermelho, defensores da luta contra os golpistas e da candidatura de Lula, compareçam em peso na manifestação. Levando suas bandeiras, suas palavras de ordem, a cor vermelha, de modo a ofuscar os setores apoiadores dos golpistas, que são minoritários e procuram novamente sequestrar o movimento. 

A classe operária se põe em movimento

É preciso destacar, no entanto, que esse é um dos momentos mais oportunos para procurar impulsionar o movimento para frente, no sentido de um enfrentamento direto com os golpistas. Devido à política dos golpistas, que geraram arrocho, carestia, aumento de preços, uma inflação desenfreada e a retirada de direitos dos trabalhadores, diversas categorias estão entrando em greve e saindo às ruas por seus direitos.

É o caso dos professores de São Paulo, por exemplo. A APEOESP esteve em frente à ALESP para protestar contra o “novo plano de carreira” do governo do estado de SP, que irá tirar as bonificações dos professores do estado, diminuindo, por consequência, seu salário. Um indicativo de greve foi votado justamente para este fim de semana. 

Além disso, os garis no Rio de Janeiro também estão em greve, por reposição salarial, os professores em Belo Horizonte também paralisaram, também no Rio de Janeiro, os motoristas de ônibus e BRT entraram em greve por reajuste salarial. O mesmo ocorre com os professores e funcionários do INSS no Acre, além dos funcionários do INSS da Paraíba. Isso sem falar em diversos setores do funcionalismo público que paralisaram em pequenas cidades ao redor de todo o país, como Guararema e Botucatu, no interior de São Paulo. Trata-se de uma situação generalizada. 

Um destaque especial deve ser dado para a situação dos companheiros metalúrgicos de Volta Redonda, que vêm sofrendo com o arrocho salarial promovido pela CSN por anos a fio. Seguiram o exemplo dos metalúrgicos da CSN mineração, localizada em Congonhas (MG), e liderados pelos operários da manutenção (GMN), milhares de companheiros cruzaram os braços na Usina Presidente Vargas. 

Diante do lucro líquido de R$13,6 bilhões, um aumento de 217% em relação ao ano anterior, em plena pandemia, por parte da Companhia Siderúrgica Nacional, proporcionado pelo trabalho duro dos metalúrgicos, que não foi acompanhado de um aumento salarial para os operários, que fosse condizente com a inflação, os trabalhadores não viram outra opção senão fazer a greve.

As exigências dos metalúrgicos da CSN são a reposição das perdas salariais, com 30% de aumento em todos os salários, mais a correção do INPC, o pagamento de R$10mil de PPR para todos (até 30/4) e a volta do plano de saúde.

Outro movimento importante foram os violentos protestos na região de Porto de Galinhas, localizada no município Ipojuca (PE), contra o assassinato de Heloísa Gabrielle, uma menina de apenas 6 anos de idade, pela Polícia. 

O assassinato ocorreu na comunidade de Salinas, quando os policiais chegaram atirando em meio a uma praça em que várias crianças e famílias brincam e socializam. A comoção e revolta dos moradores da comunidade foi gigantesca e é a forma correta de se reagir contra os crimes da polícia. 

A solução é derrubar os golpistas

Todos esses movimentos devem ser apoiados e impulsionados pelas manifestações de rua pelo “Fora Bolsonaro”, que agora ocorrem em meio a um princípio de movimentação da classe operária, que não aguenta mais os ataques da política dos golpistas. É preciso dar um direcionamento político para as mobilizações e direcioná-las no sentido da derrubada dos golpistas.

O povo brasileiro não aguenta mais a situação de carestia e de miséria imposta a ele pelo golpe de estado. É preciso, nesse sentido, deixar bem claro para todos que a esquerda, ao chamar atos de rua, não quer promover as figuras nefastas da terceira via, responsáveis pela situação em que o povo se encontra agora. Apenas atos verdadeiramente combativos e vermelhos irão aglutinar a população revoltada. 

Além disso, se trata do momento perfeito para impulsionar a mobilização por Lula presidente, cuja campanha vem sido levada de forma direitista e vacilante por parte da direção do PT. O povo quer votar em Lula e a vitória de Lula seria uma importantíssima derrota da burguesia e dos golpistas. Portanto, amanhã, todos às ruas por Fora Bolsonaro e Lula Presidente! Além de lutar por todas as reivindicações dos trabalhadores. 

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