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Ataque aos esportistas

Graças a Doria, atletas terão que pagar para trabalhar

Governo Doria excluirá centenas de atletas ao taxar treinos no Ibirapuera

O Parque do Ibirapuera, um patrimônio do povo brasileiro, um dos locais mais visitados e fotografados da América Latina, administrado pelo Departamento de Parques e Áreas Verdes do Município de São Paulo, cometerá mais um absurdo típico da administração João Doria (PSDB): a cobrança de taxa para que professores e treinadores esportivos façam o seu trabalho com atletas. A cobrança, uma antipolítica de desestímulo ao esporte, será destinada à empresa Urbia Parques, que ganhou a concessão do espaço e ainda não estabeleceu o valor e como será feita a cobrança. O Parque, que tem 158 hectares, voltou a registrar um movimento intenso após a sua reabertura.

A empresa concessionária usa de várias desculpas para que só ela explore o local, que deveria ser totalmente público, mas o entreguista Doria está vendendo toda a cidade de São Paulo.

A Associação dos Treinadores de Corrida do Estado de São Paulo (ATC) se reunirá com a empresa para discutir os valores para ela poder utilizar o local. A associação informa que cerca de 6 mil pessoas correm no local regularmente com um adequada assessoria de professores e técnicos. A empresa parasita, que acha que essas atividades não têm custo, quer barrar a utilização gratuita desse espaço.

“Tem grupos que utilizam o Ibira para prática esportiva remunerada. Isso precisa ser reequacionado. Você pode ir correr com seu personal sem pagar nada, ou um dia levar sua turma de yoga para usar o parque. Mas se dá aula toda sexta-feira, às 18 horas, em um mesmo espaço específico, que precisa ser desocupado, esse professor usa o Ibirapuera comercialmente. A gente está falando de empresas que utilizam o parque como sede dos seus negócios”, explicou o diretor da concessionária Urbia Parques, Samuel Lloyd.

A empresa justifica ainda que a empresa necessita de receita para manter a estrutura necessária do parque. Segundo Lloyd, “tem atividades que colocam cones para marcação, fazem cercamento dessas áreas, mobilizam bancos como ponto de apoio. Os frequentadores deixam de usar bancos, marquises, pontos de encontro, por causa das atividades. Além disso, há disputa por pontos entre assessorias. Então o arrecadado vai ajudar a pagar o profissional que vai ajudar a controlar o uso dessas áreas e evitar possíveis conflitos”.

O presidente da ATC, Alessandra Othechar, disse que a empresa quer cobrar por hora, em torno de R$80,00 e R$150,00, a começar em março de 2022. A empresa nega os valores e já sugeriu também em reunião cobrar R$30,00 por atleta, outro absurdo.

Além dessas cobranças para quem utiliza o parque, a empresa pretende ainda cobrar por serviços essenciais como armários para guardar os objetos pessoais (celular, chave, material esportivo, mochila, etc) e vestiários, deixando de cobrar apenas, por enquanto, pelos sanitários.

Essa é a política de assalto ao patrimônio público: o estado dar manutenção ao patrimônio, vende ou cede uma concessão por uma bagatela, os empresários prometem mil reformas e acessibilidade para população, mas em pouco tempo a exclusão da população carente se consolida. Assim fizeram com os estádios de futebol, nos quais não vemos mais o povo frequentar devido aos valores absurdos dos ingressos. Agora,  nos parques esses empresários cobram taxas e mais taxas a profissionais e técnicos que precisam receber o básico dos seus alunos para que continuem o trabalho de preparação desses atletas. A privatização desses e outros espaços públicos é uma política de extorsão, que acabará expulsando a população de frequentar o seu próprio patrimônio.

É preciso denunciar essa política de assalto e que a população tenha, juntamente com a prefeitura, o total controle e administração desses patrimônios. O poder público deve manter, organizar o uso e estimular a frequência de toda população a esses locais. Privatizá-los é um crime, uma política de exclusão da população. Essa antipolítica do governo Doria só beneficia as concessionárias, as mesmas que na primeira dificuldade financeira correm ao poder público para poder socorrê-las.

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