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Liberdade de expressão!

Glenn Greenwald explica por que defende os direitos de Monark

Quem não está histérico pelas posições da burguesia, sabe os perigos da censura.

Hoje em dia, nesses tempos medievais das trevas identitárias, defender a liberdade de expressão irrestrita virou quase que um crime hediondo. Falar algo que não esteja dentro da lista do que a direita, a classe média identitária e a esquerda pequeno-burguesa consideram como aceitável, virou motivo para ser massacrado nas redes sociais. Por enquanto, a violência tem se restringido apenas ao mundo virtual, mas, dada a histeria atual, vai saber como isso vai evoluir… Se bem que é também uma violência muito grande levar alguém a perder seus ganhos de patrocínio ou ter seu contrato de trabalho rescindido apenas devido a uma manifestação de opinião.

Punir as ações nocivas, violentas ou danosas às pessoas e ao convívio social é uma coisa, mas punir a fala e as ideias é algo absurdo…e perigoso. Se não gostamos do que alguém falou, se não nos agrada suas ideias, nos opomos a elas, chamamos ao debate, alertamos para os perigos daquela ideologia, mas, pedir ao estado capitalista que seja o censor, o repressor da fala, é algo muito, muito temeroso. A história já nos ensinou que esses movimentos políticos sempre acabam por se virar contra a classe trabalhadora e fatalmente contra a esquerda.

Atualmente a fúria identitária está se tornando algo tão fora de controle que até mesmo o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, um homossexual assumido, judeu e casado com um brasileiro negro, está agora sendo apedrejado e acusado de ser um apologista do nazismo. Algo totalmente irracional. Afinal, parece lógico que defender o direito de alguém se expressar não quer dizer que se está defendendo também suas ideias. Greenwald já foi bastante perseguido nos Estados Unidos por suas posições democráticas de esquerda e sabe bem no que pode resultar isso tudo.

E qual o crime hediondo cometido por Greewald que fez com que as fogueiras da inquisição identitária fossem acesas? Ele apenas defendeu o ponto de vista do Partido da Causa Operária sobre o tema da liberdade irrestrita de opinião. Glenn Greenwald postou dia 08 de fevereiro em seu Twitter uma defesa do ponto de vista do PCO a respeito do “cancelamento” do Youtuber Monark, criador do famoso Podcast Flow.

Ainda em seu Twitter , o jornalista, fundador do sítio The Intercept, reafirmou sua posição de defesa da total liberdade de expressão após Monark declarar que defende a legalidade da existência de um partido nazista no Brasil durante uma live do podcast Flow. Diante da enxurrada de ataques, taxando-o de nazista ou simpatizante do nazismo, ele veio a publico no Youtube para fazer sua defesa e explicar por que defendeu os direitos de Monark. Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=bJ2YkTxwCc8 .

Nesse vídeo publicado dia 09 de fevereiro, Greenwald observou alguns detalhes de sua vida, como o fato de que teve familiares assassinados pelos nazistas na Alemanha. Sua irmã teve que fugir de lá durante a ascensão do nazismo para não sofrer o mesmo destino. Revelou também que, enquanto advogado, antes de se tornar jornalista nos Estados Unidos, chegou a defender em juízo o direito constitucional de integrantes do Partido Comunista perseguidos pelo Estado Americano.

Diante dessas informações, como poderia ele ser um defensor do nazismo? Como alguém pode dizer que ele possui o perfil padrão do nazista típico? Ele se enquadra dentro das características exigíveis para fazer parte de um partido nazista? É risível. Mas o jornalista paga o preço por manifestar sua opinião de que a liberdade de se expressar deve ser a mais ampla possível. E por acreditar que o poder de censurar e punir a expressão das ideias não deve ser dado ao Estado.

Sua posição é corretamente democrática. Historicamente a esquerda sempre defendeu a liberdade de expressão. Por que a repressão do pensamento sempre foi um método utilizado pela burguesia capitalista, por meio do estado de direita subserviente, contra o povo e contra a esquerda. A nossa esquerda pequeno-burguesa, com sua ligação umbilical com a classe média, onde alguns setores se vinculam ao próprio imperialismo, possui a ilusão de que eles estão imunes a uma situação, possível pelo que vemos, de agudização da política repressiva do estado.

A continuar assim, com a crise do capitalismo avançando em conjunto com a crise dos sistemas políticos mundiais, poderemos chegar a uma situação em que a repressão e punição de figuras como Monark, Daniel Silveira ou Alan dos Santos serão usadas como base para se ampliar, com punições ainda mais duras, a esquerda em geral e o movimento da classe operária sob o argumento de combater o comunismo. Sistema político e social que a direita sempre quis equiparar ao nazismo.

Infelizmente, ou por má intenção ou por falta de uma maior reflexão, muitas pessoas se confundem a respeito do perigo dessa situação. Afinal, o fascismo ou o nazismo só podem chegar ao poder se a burguesia capitalista assim o quiser. Não é a opinião dos cidadãos comuns, de direita ou extrema-direita, que terá o poder de instaurar um estado nazista. E apenas a força do povo pode impedir que um governo assim se instale.

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