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"Populistas corruptos"

Ciro Gomes tira a roupa para Biden e ataca Lula, Maduro e Ortega

Coronel do PDT tenta se passar por nacionalista mas comprova novamente que não passa de um entreguista vendido ao imperialismo

Ciro Gomes, que ainda consegue enganar alguns se passando por esquerdista e nacionalista, deu esta semana uma entrevista a um dos principais órgãos de imprensa da burguesia mundial e dos banqueiros, o Financial Times. Com seu tradicional discurso fajuto repleto de acusações e calúnias a respeito do ex-presidente Lula, Ciro não procurou abrandar nem um pouco a agressividade nos ataques que gosta de fazer ao político mais popular e mais aclamado do Brasil. Parece ser seu novo esporte preferido.

Com sua habitual verborragia pretensiosa, acusou Lula de ser uma expressão do populismo sul-americano podre e corrupto. Disse ainda que Lula é um corrupto do campo liberal e que seria uma mentira do ex-presidente se dizer inocente e perseguido. É interessante perceber como o discurso de Ciro Gomes atualmente destoa do que ele propagava lá pelos idos da farsa do mensalão. Na época o mesmo Ciro afirmava que Lula era efetivamente um perseguido político quando foi preso injustamente em 2018. É bem lembrado por todos que ele chegou a dizer que iria formar um grupo assessorado por juristas para proteger Lula de uma prisão arbitrária. Propôs inclusive “sequestrar” o ex-presidente para levá-lo a uma embaixada com um pedido de asilo caso sua prisão fosse decretada. Aquele Ciro já não existe mais.

Da parte de seu antigo aliado, Lula só pode esperar agora pedradas, difamações e impropérios. Afinal, o papel político designado pela burguesia ao pretenso nacionalista e progressista Ciro Gomes nessa temporada eleitoral é o de algoz de Lula, e também Bolsonaro. Ou seja, no jogo atual, a atuação para a qual foi designado por seus patrões da burguesia imperialista se dará no centro. Ali é onde ele será mais útil. Por isso a pancadaria em Lula e Bolsonaro. Embora ele tenha dado imensa contribuição para a eleição desse último. Em 2018 a utilidade dele foi a de dividir os votos da esquerda ao desviar 13 milhões de votos que poderiam ter ido para o petista Haddad.

Porém, pelo visto, Ciro possui, dessa vez, mais ambições que a de ser novamente um mero coadjuvante. Nessa entrevista podemos perceber algumas coisas ao analisarmos a mensagem oculta por trás das palavras. Ciro Gomes está tentando demonstrar ao imperialismo que ele pode ser seu candidato. Nas entrelinhas da entrevista o que percebemos é que ele se propõem como alguém capaz de executar uma política que agrade aos grandes bancos internacionais e ao governo dos EUA. A tradução que vemos nas suas declarações é essa: “Coloque-me no poder, Biden, porque eu sou o verdadeiro inimigo de Maduro, de Ortega e da esquerda nacionalista. Eu sou quem vai aplicar a sua política no Brasil, pode confiar em mim!”. Assim como Lula, ele acusou também os citados presidentes de serem corruptos populistas.

Ainda de acordo com a entrevista divulgada, Ciro prometeu, caso eleito, abolir o teto de gastos, a independência do banco central e a taxa de câmbio flutuante. Defendeu ainda novos sistemas tributário e previdenciário. Parece algo muito nacionalista, seria mais ainda se prometesse também anular todas as privatizações, que foram nada menos que roubos qualificados. Mas quem conhece a história de Ciro Gomes sabe que de nacionalista ele realmente não tem nada. Ele foi, por um período, ministro de FHC, um dos governos mais nefastos que esse país já viu. FHC quase reduziu o país a pó em seus 8 anos de governo totalmente entreguista e submisso ao imperialismo.

Além disso, sabemos que Ciro Gomes foi o responsável por quebrar a montadora de automóveis Gurgel enquanto governador do Ceará. A Gurgel planejava fabricar o primeiro carro 100% brasileiro no nordeste. Para isso, estabeleceu uma fábrica no Ceará e, contando com o apoio financeiro do governo estadual da época, do BNDES e de outras instituições financeiras que atuavam no estado, iniciou suas atividades. Quando Ciro Gomes assumiu o governo do estado, cortou este financiamento, o que resultou, logo depois, na falência da empresa. O governador anterior, Tasso Jereissati, havia firmado acordo com a Gurgel que não foi honrado por Ciro Gomes. Olhando suas ações vemos que seu nacionalismo é tão falso quanto uma nota de 3 reais.

Por algum acaso misterioso do destino se Ciro Gomes recebesse as bênçãos do imperialismo e se tornasse o presidente do Brasil, faria um governo tão nocivo aos interesses do país e de seu povo quanto o abominável Fernando Henrique Cardoso. Mas isso parece estar fora de cogitação dado o andar da carruagem eleitoral no momento. Como diz aquele sábio ditado popular: “Quem não te conhece, que te compre”.

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