O imperialismo mundial se pronunciou contra a vitória de Daniel Ortega (FSLN) na Nicarágua e anunciou uma política abertamente intervencionista.
O governo da Espanha classificou as eleições como “fraude” e disse que os comícios eleitorais “careceram das mínimas garantias democráticas exigíveis”. A diplomacia considera que as ausências de oposição e de observadores internacionais impedem “dar credibilidade e legitimidade aos resultados”.
A União Europeia (UE), através do Serviço Europeu de Ação Exterior (SEAE), emitiu uma declaração oficial na mesma linha. “As eleições que aconteceram no dia 7 de novembro se celebraram sem garantias democráticas e seus resultados carecem de legitimidade”. A declaração da União Europeia se completa com o apontamento de que “ as eleições de 7 de novembro completam a transformação da Nicarágua num regime autocrático”.
O Reino Unido afirmou que “as eleições nicaraguenses não foram livres e nem justas; o resultado não é uma expressão plausível da democracia”. A nota dos britânicos também diz que os “abusos” impediram o povo do país centro-americano de “eleger democraticamente” seus governantes.
Os Estados Unidos, por sua vez, encabeçam a campanha golpista contra as eleições na Nicarágua. Eles chamam os demais países a não reconhecer o resultado e já anunciaram a imposição de sanções diplomáticas e econômicas que recairão sobre o povo nicaraguense.