Estudo aponta que número de mortes de COVID-19 é, no mínimo, o dobro

O Brasil pode ter hoje, em torno de 5 mil mortos e não os 2.347, oficialmente divulgados neste sábado, 18/04/2020, pelo Ministério da Saúde. A projeção é feita tendo por base estudo encomendado pelo Uol, que tomou por base, números estatísticos oficiais até o dia 08 de Abril.

Uma coisa é certa. Esses quase dois mil e quinhentos mortos oficialmente divulgados no dia de hoje, são muito inferiores aos mortos efetivamente ocorridos. Ministério da Saúde continua, diariamente, a acrescentar novas mortes ocorridas 10, 14 ou até 25 dias atrás. Sábado, dia 8 de abril, por exemplo, estava sendo acrescido aos números oficiais, mais uma morte ocorrida dia 17 de março.

Mortos testados, mas ainda com resultados não confirmados, não constam das estatísticas das vítimas do coronavírus. Daí o motivo, de, rotineiramente os números oficiais divulgados, sempre somarem somente cerca de metade dos efetivamente vitimados. Sábado, dia 11 de abril, os contabilizados como mortos do próprio sábado, foram 13. Os 55 outros, são acréscimos de mortes efetivamente ocorridas anteriormente, sendo a mais antiga, uma do dia 17 de março, mas também de todos os dias seguintes, inclusive os 50 do dia 08 de abril.

Planilha abaixo, mostra a grande disparidade dos efetivamente mortos, e os oficialmente mortos reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Dia 17 de março, era apenas uma morte reconhecida, quando efetivamente ocorreram 6. As mortes efetivamente ocorridas nos primeiros cinco dias, foram 104%, 129%, 175%, 200 e até 500% maiores.

Governo optou por poucos testes fazer. Os testes são demorados para oficialmente atestarem o real resultado. Enquanto isto, Ministério da Saúde esconde a real derrocada por conta da pandemia do coronavírus. Os mortos oficiais, mais perto do real agora, do dia 17 de março a 23, a escalada, iniciou não com uma morte, mas com 6 mortes, depois, 11, 18, 51, 78 mortes.

Todos os dias, desde 17 de março, foram acrescidas ao menos uma morte a mais por 7 dias. Noutros dias, foram acrescidas 2 mortes, 3, 4, 5, 6, 8, 20, 22, 24, 28, 55, como se vê na planilha a seguir.

A demora é ocasionada pela tardia certificação das amostras colhidas dos mortos, e também pelo atraso que estados e municípios enviam os resultados ao Ministério da Saúde, alega o governo. O Instituto Adolfo Lutz, laboratório referência da rede pública de São Paulo, até 1º. de Abril, apenas ¼ dos 16 mil exames conseguira processar. Desses, 201 eram coletas de mortos.

A explosão de hospitalizados pela Síndrome de Insuficiência Respiratória Grave, é outro forte indício de que mortos são na realidade em decorrência do coronavírus. Grande jornal paulista, divulgou que após janeiro e fevereiro, as internações que estavam em queda, de 2,59% e 4,13% em relação aos mesmos meses de 2019, em março, não só queda não continuou, como era a tendência, como foram contabilizados súbito crescimento de 8,15%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Doutor Bigal, médico da USP, foi enfático em denúncia de 9 de abril. São mortos pelo coronavírus. O número de registros de mortes suspeitas em cartórios, é outro que difere dos números oficiais.

A situação é crítica. Resultado dos testes de mortos pelo coronavírus, somente saem com atraso de 10, 14 e até 25 dias. Os mortos no Brasil, não são 2.347, oficialmente divulgados ao final de deste sábado, 18/4/2020, são ao menos o dobro, mas também podem estar chegando aos 20.000 os mortos pelo coronavírus no Brasil.