Sobre a sordidez dos ataques lançados contra o PCO por parte do Diário do Centro do Mundo (DCM), é preciso dizer, antes de mais nada, o seguinte: ao lermos uma ‘denúncia’ devemos procurar na matéria o que a parte denunciada tem a dizer. Claro que nem sempre isso é possível, pois muitas vezes a parte se nega a responder.
O DCM fez a sua obrigação elementar de procurar o PCO para esclarecimentos? Não. Podemos chamar isso de jornalismo? Não. Tal procedimento lembra muito a atitude do jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum, que acusou o PCO (sic) de roubar celulares e agredir mulheres. Como uma pessoa jurídica consegue agredir e roubar, continua sendo um mistério.
A covardia é tão rasteira que aquele sítio publica uma matéria cujo título pode dar a entender que o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, estaria enriquecendo com o desvio de dinheiro público. Fica lançado o desafio para que apresentem os fatos. Mas isso não será possível, pois estamos diante de mais um ‘sítio de Atibaia’ ou outro ‘tríplex’.
Essa perseguição contra o PCO tem duas motivações principais: o êxito em expulsar a direita dos atos do Bloco Vermelho (o que frustrou os frente-amplistas) e, principalmente, a série de matérias que estabeleceram o nexo entre Boulos e o IREE que, por sua vez, está ligado a ONG’s que são verdadeiras sucursais da CIA e tem em sua direção figuras centrais do golpe orquestrado desde os EUA contra Dilma Rousseff.
Mas afinal, de qual crime o DCM acusa o PCO? De ter usado bem os parcos recursos que recebe para a campanha eleitoral. O mais ridículo é que as contas foram aprovadas até pelo antidemocrático TSE.
Em 2020, o PCO recebeu apenas R$ 1.233.305,95 do Fundo Eleitoral e lançou 143 candidatos pelo País, o que daria R$8.624, 51 para cada um. O PSOL, por exemplo, recebeu 33 vezes mais esse valor: R$40.634.516,50. O PCO gastou por candidato pouco mais de oito mil reais para pagar advogado, contador, material impresso, gastos com redes sociais, com os Correios. Se pouco mais de um milhão de reais para mais de cem candidatos desperta a desconfiança da imprensa marrom praticada pelo DCM, o que dizer de Guilherme Boulos que, sozinho, gastou R$ 7 milhões para disputar a prefeitura de São Paulo?
Já que mencionamos Boulos, esse candidato gastou R$300 mil com advogados em sua candidatura, R$50 mil a mais que os R$250 mil que o PCO gastou com todos os candidatos. Isso, diga-se de passagem, só foi possível porque o escritório de advocacia contratado pelo PCO é dirigido por um militante do partido. Se analisarmos bem, esse valor não cobre os custos com tudo o que se exige para fazer esse trabalho.
Esses números até aqui apresentado podem ser melhor apreciados na Nota Oficial que o Partido lançou esclarecendo pormenorizadamente e desmontando as falsas acusações de nossos detratores.
A única coisa que o artigo do DCM consegue provar é que o PCO é um partido pobre e que faz um verdadeiro malabarismo para poder participar de um processo eleitoral, como se vê, totalmente antidemocrático. Serve também para aqueles que sempre cobram o fato de não termos parlamentares eleitos saberem que o jogo é totalmente desigual; para eleger alguém é preciso muito mais dinheiro, coisa que não temos. E também esse não é o principal propósito do PCO, eleger, mas usar o processo eleitoral para divulgar ainda mais o nosso programa. Dessa forma, muito mais trabalhadores poderão tomar conhecimento de nossa política.
Ninguém vai calar o PCO, esse tempo já passou. O Partido tem uma militância aguerrida e isso tem incomodado setores direitistas infiltrados na esquerda. Querem acusar o Partido de corrupção com métodos dignos da direita mais rasteira. No entanto, o PCO é o único partido que consegue lançar estudantes e operários como candidatos, pois usa democraticamente os recursos que recebe para as eleições.
