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É hora de tomar as ruas!

Realizar uma grande mobilização preparando o dia 7 de setembro

É preciso superar o boicote da esquerda pequeno-burguesa, expulsar os bolsonaristas das ruas e realizar grandes manifestações em todo país!

Aproxima-se o sexto dia de mobilizações nacionais pelo Fora Bolsonaro. Definindo há quase um mês pela Frente Fora Bolsonaro, o dia 7 de setembro será a nova data onde os trabalhadores brasileiros e toda militância da esquerda estão sendo convocados para saírem às ruas pelo Fora Bolsonaro. Contudo, em face do ocorrido no quinto dia de mobilizações, no último dia 18, há muitos problemas a serem superados, sobretudo quando se diz respeito à política levada à frente pelas direções da esquerda pequeno-burguesa.

Barrar o boicote nas ruas

Começando pelo ocorrido nesta última quarta-feira, foi perceptível a confusão que tomou conta da direção do movimento. Por um lado, os setores da esquerda pequeno-burguesa que estão cada vez mais à direita, sobretudo PSOL e PCdoB, se lançaram em um intenso boicote à manifestação convocada desde o dia 30 pela Central Única dos Trabalhadores e aprovada em reunião nacional da Frente Fora Bolsonaro. A questão central para esta política de boicote, que foi responsável pela redução drástica das manifestações, é a política de frente ampla.

PCdoB, PSOL, PCB e outras organizações já estão quase totalmente adaptados ao regime golpista. Nos dias 3 e 24 de julho, quando grandes manifestações tomaram o país, a política de frente ampla com a infiltração do PDT e do PSDB foi vista em todo país. No dia 24, inclusive, o PCdoB compôs o chamado “Bloco Democrático”, no qual servia de segurança para a inserção do PSDB na manifestação de São Paulo. 

Contudo, a tentativa de tornar o PSDB artificialmente popular por meio da sua participação nos atos não deu certo, graças à grande impopularidade do partido. No dia 3, estes setores se desesperaram quando militantes de base expulsaram das ruas os tucanos, quebrando de vez com a tentativa da direita tomar de assalto as manifestações, assim como ocorreu em 2013.

Com este fracasso da frente ampla nos atos e com as manifestações se tornando cada vez mais radicalizadas, os defensores desta política decidiram levar à frente um intenso boicote às manifestações. Nenhum destes partidos sequer convocou as manifestações, e em muitos lugares não foram nem vistas suas bandeiras, deixando claro que o interesse dessas organizações é unicamente a frente eleitoral com a direita golpista, e não a mobilização popular.

A unidade é com os trabalhadores

PCdoB e PSOL por si só não mobilizam grandes massas, logo não seriam também capazes de desmobilizar este crescente movimento. O que foi decisivo, no entanto, foi a política oscilante da direção da CUT e do PT, que frente ao intenso boicote destas organizações, vistas como “aliadas”, levaram à frente uma convocação inexpressiva na grande parte do país.

Contudo, os atos, por outro lado, mudaram de qualidade. Mesmo que menores, esta foi a primeira manifestação que contou com uma expressiva participação dos sindicatos e das mais diversas categorias de trabalhadores, sobretudo dos Correios e professores. Esta participação foi decisiva para também expulsar do movimento toda a ala direita, defensora das privatizações e da política golpista.

A participação dos trabalhadores também demonstrou que ao contrário do que defendia a esquerda pequeno-burguesa, não é a frente ampla que faz crescer o movimento, pelo contrário, ela serve para boicota-lo, e o único caminho possível para o desenvolvimento da luta é uma unidade com os trabalhadores nas ruas.

Agora, restam cerca de duas semanas para os atos do dia 7 de setembro e a política de boicote permanece. Por enquanto, não há nenhuma convocação oficial, a não ser aquela anunciada após a reunião do dia 30 de julho. O ato do dia 7 precisa ser colocado no seu devido patamar, como o sexto dia nacional de atos pelo Fora Bolsonaro, e não como um complemento do já sempre realizado ato do Dia dos Excluídos, lançado pela igreja católica.

Expulsar os bolsonaristas, tomar as ruas!

No mesmo dia 7, os bolsonaristas divulgam – e com muito mais intensidade- manifestações por todo Brasil em defesa do presidente fascista e de sua política de genocídio. A própria Avenida Paulista está em disputada, sendo que a justiça e a prefeitura do MDB-PSDB pretende favorecer os bolsonaristas com base no criminoso acordo de Boulos com a PM em 2020, pelo qual a Avenida seria “revezada” pela esquerda e e direita. 

A única resposta que precisa ser dada é a da mobilização e de uma forte convocação das manifestações. Restam duas semanas para os atos nacionais e é preciso que toda militância, do PCO à CUT e ao PT, lancem-se nas ruas de todo país, fazendo panfletagens nas fábricas, nos transportes públicos, nos bairros populares e nos centros urbanos. É preciso uma intensa campanha, várias vezes maior do que a realizada para o dia 18 de agosto. 

O PCO está organizando um plano junto com os Comitês de Luta que visa colocar toda sua militância em mobilização permanente, convocando o dia 7. Assim, além das panfletagens, colagens, além de grandes convocações por telefone serão realizadas para garantir que os atos não parem de crescer, independentemente da política de boicote da esquerda pequeno-burguesa.

Todas as organizações que de fato se colocam na luta contra o golpe devem fazer o mesmo, e estar nas ruas convocando os atos nacionais. É preciso ter em mente que são estes atos que poderão levar abaixo o regime golpista, como também garantir a candidatura de Lula em 2022. 

Não há mais tempo a perder, é preciso agir e sair imediatamente às ruas. A política de boicote por parte de setores da esquerda pequeno-burguesa é a política da direita e do imperialismo contra o povo brasileiro. Por isso, é necessário mobilizar todas as categorias, os Correios, os eletricitários, os professores, todos estes que sofrem com a privatização e os novos ataques do governo Bolsonaro, colocando nas ruas milhares de trabalhadores.

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