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Caso Boulos

Por que a esquerda “revolucionária” está em silêncio?

Esquerda que se diz revolucionária, se cala diante das denúncias contundentes contra Guilherme Boulos

3 macacos

Caiu feito uma bomba a série de matérias que o DCO publicou sobre Guilherme Boulos e sua ligação com o IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa), de propriedade de seu amigo e ‘padrinho político’, o multimilionário Walfrido Warde. Esse instituto tem em seus quadros três figuras centrais no golpe contra Dilma Rousseff: Sérgio Etchegoyen, general e eminência parda no governo Temer; Raul Jungmann, ministro da Defesa de Temer ligado aos militares, e Leandro Daiello, diretor da Polícia Federal durante as principais violações aos direitos do ex-presidente Lula, como no caso do ‘vazamento’ das imagens do apartamento de Lula para a produção do filme lava-jatista “A Lei é para todos”.

O IREE, é ligado à Global Americans, uma think thank dos EUA que por sua vez é ligada ao NED (National Endowment for Democracy), mais comumente conhecido como CIA. Para Guilherme Boulos, é perfeitamente normal trabalhar ali. Na sua opinião o IREE é um instituto ‘plural’. Plural, provavelmente porque lá existem mais do que um golpista. De resto, se limitou a dizer que “não dá palco para maluco dançar” (sic). Querendo dizer com isso que o PCO é formado por pessoas malucas e não valeria a pena comentar.

Métodos bolsonaristas

As reações no meio progressista foram muito reveladoras. Além da tradicional perseguição de Renato Rovái contra o PCO, foi a vez do DCM, na voz de seu proprietário, Kiko Nogueira, sair em defesa de Boulos alegando que seria tudo mentira (apesar de as informações serem públicas). Tratou o tema como sendo a “mamadeira de piroca do PCO”. Durante participação de Guilherme Boulos em sua programação, passou a hostilizar a audiência do chat que insistia que psolista se posicionasse, chegando ao ponto de mandar as pessoas ‘irem tomar naquele lugar’, dentre outras ofensas. O senhor Nogueira esperava que tratar denúncias como loucura seriam suficientes para a falta de argumentação de G. Boulos que, sim, estava e continua devendo explicações.

Aqui cabe uma nota: após as denúncias por nós apresentadas, Kiko Nogueira decidiu cancelar as participações (que sempre foram totalmente voluntárias) do presidente do Partido, o companheiro Rui Costa Pimenta, às sextas-feiras pela manhã no programa do jornalista Leandro Fortes. Lembrando que, ao contrário do dono do DCM, sempre agiu muito corretamente conosco e inclusive foi contra a decisão.

O silêncio eloquente

A não abertura ao debate e o destempero das reações de alguns setores demonstra cabalmente que o PCO tocou em um ponto nevrálgico, verdadeiro, sobre a figura política de Guilherme Boulos. Se a gritaria diz muito sobre o problema, o silêncio também. Não falar, muitas vezes, revela muito de quem se cala diante de certas circunstâncias.

Como a esquerda, que se diz revolucionária, tais como UP, PSTU e PCB se calam diante do fato de Guilherme Boulos estar ligado a um instituto que comporta notórios golpistas e que, por sua vez, está ligada a nada mais nada menos que a CIA (Central Intelligence Agency), ao imperialismo?

Conforme disse o companheiro Rui Costa Pimenta na Análise Política da Semana (27/11). Esses setores estão esperando que a coisa esfrie. Mas, não vai esfriar. Somando-se às denúncias do PCO, novos fatos começam a surgir. Eis que, no Twitter, Isabel Monteiro, a @GringaBrazilien, publica uma pesquisa minuciosa feita por ela demonstrando os financiamentos estrangeiros da campanha de caráter golpista Não Vai Ter Copa, liderado pelo senhor Guilherme Boulos. Dentre os financiadores está a Fundação Ford, conhecida por ser a fachada para financiamentos e atuação da CIA.

O silêncio estrondoso desses que sempre costumam tratar o PCO por seita ou malucos, revela que sentiram o impacto e estão sob o dilema de: 1) defender Guilherme Boulos e se comprometerem com a política que ele vem praticando e 2) criticar Boulos e serem obrigados a romper com ele.

O fato é que com a crise política a polarização está se acirrando, e a nossa atuação, a de uma imprensa revolucionária, tem um papel crucial no aumento da politização cada vez maior de amplos setores da esquerda. Ninguém vai aceitar gritarias de um lado ou silêncios sepulcrais de outro. A situação exige posicionamento. A voz da esquerda comprometida com a verdade tem sido ouvida e, para desespero de alguns, está se fortalecendo.

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