Após o crescimento da mobilização contra o governo Bolsonaro, com 509 cidades registrando atos no dia 24 de Julho, foi definido para o dia 18 de Agosto o 5º Dia Nacional de Mobilização. Proposto pela Central Única dos Trabalhadores e com o apoio do Partido da Causa Operária, o ato que está sendo convocado para a próxima quarta-feira é um importante avanço na luta pela derrubada de Bolsonaro e de todos os golpistas.
Chamado inicialmente como um dia nacional de greve do setor público, o ato foi colocado no calendário de mobilização como o próximo grande ato pela Fora Bolsonaro, mostrando um avanço da mobilização.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, nesta terça-feira (10), convocou toda a classe trabalhadora a se mobilizar para enfrentar os duros ataques da direita golpista. Nobre também apontou o próximo dia 18 como data crucial da mobilização, quando devem ocorrer grandes atos e paralisações em todo o país. Na última reunião da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, o dia 18 foi definido como dia do 5º Ato Nacional Fora Bolsonaro, com a mobilização dos servidores públicos contra a reforma administrativa e a realização de atos de rua pelo Fora Bolsonaro, assim como os que vinham ocorrendo aos sábados.
“Convoco todos os segmentos da classe trabalhadora, em especial os servidores e servidoras públicos nas três esferas (municipal, estadual e federal) para protestar no dia 18 de agosto, de todas as formas possíveis”
“Não podemos permitir e somente a luta impedirá essa tragédia, por isso, a CUT, em unidade com as demais centrais sindicais e os movimentos sociais, convoca uma grande mobilização para o 18 de agosto, convoca para que seja um dia de luta, de paralisação de mobilização, de protesto em todo o Brasil, de todos os trabalhadores e trabalhadores”
As principais organizações representativas dos servidores públicos brasileiros decidiram se somar ao movimento de luta que tomará as ruas das cidades brasileiras no dia 18 de agosto. Em uma plenária nacional, Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal aprovou a participação oficial da entidade nos atos de rua, que terão como mote a luta contra a reforma administrativa e farão parte da Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
Além dos servidores públicos federais também se somam ao movimento os servidores públicos estaduais (Fenasepe), os servidores municipais (Confetam), os trabalhadores em seguridade social (CNTSS) e trabalhadores da educação (CNTE). Essas entidades estão se mobilizando com a campanha “Cancela a Reforma”, e estão integrando o movimento geral contra os ataques da direita golpista e pela derrubada do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro.
O dia 18 de Agosto é um avanço em relação às mobilizações que vinham ocorrendo porque, pela primeira vez, será encabeçado pela principal organização operária da América Latina, a CUT, abrindo assim uma nova perspectiva para a mobilização pelo Fora Bolsonaro. Além de ser em um dia de semana, o que permite um maior contato da população trabalhadora com a mobilização, o ato é um chamado direto aos 12 milhões de servidores públicos em todas as esferas (municipal, estadual e federal) a cruzarem os braços. Levando em consideração que uma família em média é composta por 3 pessoas, é um ato direcionado a um público de cerca de 36 milhões de pessoas.
É um passo importante na construção da Greve Geral, uma vez que a paralização será conduzida por uma das categorias mais organizadas que no Brasil, que em geral são os sindicatos do funcionalismo publico, a exemplo dos sindicatos dos professores, correios, petroleiros, dentre outros, e abre uma perspectiva de ampliação da mobilização no sentido da Greve Geral.
Outro fator importante deste chamado é que é uma mobilização que não permite a infiltração da direita como estava sendo impulsionado nos atos anteriores, as palavras de ordem aqui não permitem a participação da direita privatista nos atos.
Um exemplo disso são os trabalhadores dos correios, que ao que tudo indica devem estar em peso na greve do dia 18 de agosto. Qual seria reação destes trabalhadores ao trombarem com elementos ligados a partidos que votaram pela privatização da estatal como é o caso do PDT, PSB, Cidadania, PV, PSDB e todos os partidos da direita, que por sinal, são os partidos que querem o PCO fora das mobilizações?
Portanto, é uma mobilização que separa o joio do trigo, separa aqueles que estão ao lado dos trabalhadores e aqueles que estão contra os trabalhadores. Todas as organizações que compõem a Frente Fora Bolsonaro têm o dever de convocá-lo e de participar ativamente da manifestação.
Faltam apensa 5 dias para o ato. O Partido da Causa operária está nas ruas de todo o Brasil, distribuindo panfletos nos bairro populares, estações de ônibus, trem e metrô, lugares de grande circulação de trabalhadores, colando cartazes, colocando carro de som nas ruas para chamar aqueles que decidem a partida a se somar a mobilização, os trabalhadores. Junte-se a essa mobilização.