Diante da paralisia da esquerda pequeno burguesa em apostar tudo nas eleições, é preciso que os setores mais ativos do movimento saiam às ruas para pedir o fim do governo golpista e a derrota do golpe de Estado 2016 que alijou do governo, via impeachment fraudulento, o governo eleito pelo voto popular em 2014.
Um dos motores principais em todo o processo, antes e depois do golpe, foram os comitês de luta, que junto ao setor mais consciente e ativo do movimento de luta dos trabalhadores denunciou e colocou milhares de pessoas nas ruas contra o processo fraudulento e o governo genocida de Bolsonaro.
O golpe de estado teve diversas etapas, impeachment, prisão de Lula e eleição de Bolsonaro. Portanto, diante da imperiosa necessidade de derrotar o golpe e eleger Lula, se coloca como imprescindível o retorno das atividades dos mutirões como instrumentos de luta contra o conjunto do regime burguês-golpista.
O golpe imperialista no Brasil foi sobretudo um ataque aos direitos do povo e como bem ficou demonstrado nos anos que sucederam o golpe, teve como objetivo fundamental subtrair dos trabalhadores qualquer mínimo poder de iniciativa dentro do estado, criando as condições para uma ofensiva cada vez mais dura da burguesia contra o povo trabalhador.
É importante destacar que os comitês não serão essenciais apenas para o período eleitoral. Para ser de fato um governo dos trabalhadores, o governo petista precisará estar apoiado na mobilização popular. Isto é, em qualquer tentativa do imperialismo e da direita contra o governo, a população precisa ser rapidamente mobilizada e os comitês são o melhor caminho para a organização das mobilizações populares.
Os mutirões ocorrerão em todas as partes do Brasil, de Norte a Sul. A atividade, no entanto, não se restringe aos limites fronteiriços e também será realizada por militantes dos comitês de luta e do PCO de várias partes do mundo, como por exemplo na Alemanha, França, Portugal, Estados Unidos e outros países.
É hora de ir aos bairros, às fábricas, às escolas e universidades, aos terminais de transporte público para conversar com os trabalhadores sobre o risco de Lula não ganhar as eleições, criticar a chapa Lula-Alckmim e da necessidade de uma ampla mobilização popular para garantir a vitória dos trabalhadores.