Hoje começa a Plenária Nacional do Bloco Vermelho, um evento que reúne aproximadamente mil ativistas e militantes de todo o Brasil. O intuito? Discutir os rumos do movimento Fora Bolsonaro e o apoio irrestrito à candidatura de Lula em 2022.
Este ano foi marcado por uma luta ferrenha contra a burocracia sindical e as lideranças partidárias pequeno-burguesas do movimento. Em 2020, esses setores se negaram as sair às ruas e formaram um verdadeiro dique de contenção para impedir que outras pessoas fossem. Este ano, porém, não foi possível conter as massas e após o 1º de maio em São Paulo, realizado pelo PCO e por outros setores que formam o Bloco Vermelho, houve uma sequência de grandes atos do Movimento Fora Bolsonaro.
Como não conseguiram conter as manifestações, a esquerda pequeno-burguesa tentou usar o movimento como moeda de barganha para negociar com a direita. Tentaram formar uma frente ampla e convidar a direita para a manifestação, usaram a CPI da Covid, que no final de contas se comprovou uma farsa, e para tentar controlar os atos e impulsionar os candidatos da frente ampla. Essa estratégia fracassou, parte pela impopularidade dessa iniciativa, mas principalmente pela iniciativa da ala mais à esquerda do movimento que compõe o Bloco Vermelho.
Depois de constatarem no último ato (2 de outubro) a impopularidade da política de Frente Ampla junto aos manifestantes, as direções da esquerda pequeno-burguesa que se julgam donas das manifestações querem acabar com elas.
Por essa razão, mas também para fazer um balanço do movimento deste ano, ocorrerá a Plenária Nacional do Bloco Vermelho (Plenária Nacional Fora Bolsonaro – Lula Presidente) em São Paulo, na Av. Paulista 735. Esse evento está reunindo centenas de organizações diferentes.
Além do PCO, haverá a participação de companheiros como André Constantine (PT e Movimento Nacional das Favelas e Periferias), a Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), o Partido Comunista do Povo Brasileiro (PCPB), companheiros indígenas do Mato Grosso do Sul, do Rio de Janeiro e da Bahia, além dos companheiros moradores de rua do Café Bolchevique de Brasília. Também estarão presentes diversos companheiros de sindicatos diferentes do Estados de São Paulo, Pernambuco, do Sul e do Centro-Oeste do Brasil. Militantes do PT, da CUT, do PSOL, PCdoB, MST, FNL, MNLM, Apeoesp e muitos outros participarão presencialmente desse que é o maior evento da esquerda em todo o ano.
Esses grupos além de se reunirem, publicarão um manifesto denunciando a situação do movimento nas mãos da esquerda pequeno-burguesa frente-amplista e com um norte para a luta política em 2022.
Um dos pontos centrais a serem discutidos na reunião é o apoio incondicional à candidatura do ex-presidente Lula, a única figura do movimento de esquerda capaz de lutar contra Bolsonaro e os golpistas e derrotá-los, colocando em ação os movimentos populares.
Todos aqueles que tiverem interesse em fazer a campanha de Lula e lutar contra a extrema-direita devem participar da plenária, ainda dá tempo. Basta fazer a inscrição através deste formulário.
