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Frente ampla tenta manobrar

Fortalecer o Bloco Vermelho contra o golpe do PSDB

Fortalecer o bloco de luta, vermelho, dos trabalhadores, que quer derrubar Bolsonaro e conquistar suas reivindicações, contra a direita golpista que quer o "fica Bolsonaro"

Uma semana depois de se reunirem na sede do partido que foi o principal articulador do golpe de Estado, o PSDB, em São Paulo, agrupamentos da tradicional e reacionária direita paulista – os mesmos que organizaram os “coxinhatos” junto com os fascistas mais diretamente ligados a Bolsonaro – anunciaram que pretendem comparecer aos atos da esquerda, das organizações dos trabalhadores, neste dia 24, na Avenida Paulista.

Bloco contra Lula e pelo “fica Bolsonaro”

A publicidade da frente direitista, golpista, cinicamente autointitulado de “bloco democrático, em defesa da vida e da democracia”, surgiu nas redes sociais, poucas horas depois do porta-voz do tucanato, a Folha de S. Paulo, anunciar:

Na avenida Paulista, legendas que se declaram de centro e buscam se descolar do PT terão um caminhão de som próprio. Com isso, buscam atrair manifestantes contrários ao presidente que não querem ser carimbados por Bolsonaro como esquerdistas ou apoiadores do ex-presidente Lula.

Mandei a prova do crime no chat do RD, caso queria mostrar.

No Twitter da ultra pelega Força Sindical e de outros setores da direita logo surgiu o card em que se anuncia a aliança de um verdadeiro “bloco amarelo” que, além do PSDB, contaria também com a presença de outros partidos direitistas (sublegendas tucanas) como o Cidadania, Solidariedade, Partido Verde, além de partidos da pseudoesquerda burguesa que apoiaram o golpe, como o PSB, PDT e Rede, bem como entidade vinculadas a outros partidos reacionários e patronais como a UGT, presidida por um dirigente do PSD de Gilberto Kassab (que integra a base de apoio do governo Bolsonaro), Livres (ligada ao PSL) e ONGs de Jorge Paulo Lemann.

Mostrando que tal bloco é, majoritariamente, o bloco da frente ampla, dos setores da direita golpista que pretendem contar com o apoio ou a traição de setores da esquerda pequeno-burguesa, também integram o mesmo o PCdoB e as entidades por ele dirigidas como a UNE, UJS, CTB, Unegro etc.

Tal coalizão com golpistas e algumas vítimas menores do golpe de Estado, como é o caso do PCdoB (que integrou os governos de Lula e Dilma), torna ainda mais claro a defesa ardorosa que esses setores fizeram nos últimos dias em torno da participação de cabos eleitorais do PSDB nos atos. Para isso, inclusive, não economizaram calúnias contra o PCO e outros setores da esquerda que se opuseram à presença dos algozes do povo brasileiro, “pais” de Bolsonaro e que são favoráveis à sua permanência no governo nas manifestações: vale lembrar que o PSDB, bem como alguns outros integrantes do bloco, não assinou um único pedido de impeachmet do presidente que eles ajudaram a eleger, com a fraude das eleições de 2018, graças à condenação e prisão ilegal de Lula, como parte da criminosa operação Lava Jato, que eles apoiaram.

Os cínicos e farsantes que querem se passar por “oposição” e quebrar a manifestação que pode derrubar o governo estão também entre os partidários de toda a política criminosa que os governos de Temer e Bolsonaro e todo o Congresso golpista adotaram contra o povo brasileiro, aprovando o congelamento dos gastos públicos e as “reformas” trabalhista (que destruiu a CLT) e da Previdência (que comprometeu a maior parte das aposentadorias).

Nesse bloco, estão os partidos que deram mais votos para estes ataques contra o povo do que os próprios “partidos bolsonaristas”. O integram também os fervorosos defensores e praticantes das privatizações, tendo à frente justamente o PSDB (imbatível neste quesito), e que conta cada vez mais com a colaboração de setores como o PDT, de Ciro Gomes, como no caso da privatização da água e esgoto.

Contra o Bloco Vermelho

O bloco dos amarelos, da “gente limpinha e cheirosa” evidencia a tentativa já mais explícita de tentar conter o ímpeto combativo das manifestações que se levantaram no País, a partir do 1º de Maio de Luta, da Praça da Sé, e das manifestações que uniram toda a esquerda – desde 29 de maio – que foram crescendo e ficando cada vez mais vermelhas, representando um perigo não só para o governo Bolsonaro mas para toda a direita golpista que apoia o fundamental de sua política genocida, de entrega da economia nacional e destruição das condições de vida do povo.

Por isso, esses partidos e sua venal imprensa golpista clamaram contra o “excesso de vermelho nos atos” e atacaram o PCO.

A Folha não deixa dúvidas em meio à sua pregação caluniosa:

O protesto do dia 3 deste mês foi marcado também pela agressão de militantes do PCO a integrantes do PSDB que participavam pela primeira vez da movimentação na Paulista. A situação colocou em xeque a ampliação ideológica das manifestações, que vinha lentamente ganhando corpo.

A “ampliação ideológica” é a repetição da política reacionária que se viu em outros momentos de aguda crise do regime burguês em que o povo se levantou, ameaçou os pilares do regime e a direita se articulou (com apoio de setores traidores da esquerda) para conter e dominar as manifestações, como se viu na campanha das Diretas (década de 80), no Fora Collor (década de 90) e, mais recentemente, nos protestos de julho de 2013.

O PSDB é quem comanda e patrocina o “Bloco Democrático” e tenta usurpar e rebocar a manifestação contra a esquerda, a juventude combativa e demais setores explorados e suas organizações de luta.

Derrotar a direita nas ruas

É uma resposta da direita golpista à evolução à esquerda das mobilizações, destacadamente do chamado feito pela maior organização de trabalhadores do País, a Central Única dos Trabalhadores, a que seus sindicatos e demais entidades filiadas (são mais de 4 mil) convoquem a manifestação, mobilizem os trabalhadores por suas reivindicações, e da conformação cada vez mais evidente de um amplo e combativo Bloco Vermelho, que o PCO e os Comitês de Luta de todo o País impulsionam.

Nessas condições, o ato pelo Fora Bolsonaro fica ainda mais polarizado: de um lado, a direita tentando se infiltrar; de outro, o Bloco Vermelho como vanguarda combativa para que o ato seja integralmente um ato popular, da esquerda e dos trabalhadores.

Por isso é fundamental reforçar o Bloco Vermelho. Mais do que nunca mobilizar os trabalhadores, a juventude, todos os setores classistas pelo Fora Bolsonaro e por suas reivindicações contra o governo do capitão fascista e toda a direita golpista.

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