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Como acabar com o movimento

Esquerda se agarra à direita que fala fino com Bolsonaro

O que vemos é uma esquerda completamente perdida, sem programa, a reboque da direita e sem qualquer ligação real com a classe trabalhadora

Não é de hoje que determinados setores da esquerda resolveram deixar de lado a luta política com o povo, nas ruas, em nome de alternativas, digamos, impopulares, como se apoiar no parlamento, o STF, em CPIs, e até mesmo em político da direita a exemplo de Doria e FHC.

A pandemia deixou esta política capituladora da esquerda ainda mais evidente, enquanto os trabalhadores eram obrigados a se manterem expostos ao vírus e servindo como linha de frente da pandemia, a esquerda pequeno-burguesa repetia sem questionamentos a política desastrosa do fique em casa, se negando a sair às ruas em defesa do povo que morria aos milhares por dia.

Foi também na pandemia que a esquerda se rendeu às mais absurdas teses da imprensa golpista, desde a direita “civilizada” e “científica”, como Dória, que na ocasião já havia mandado jogar agua em moradores de rua, e Witzel, que por sua vez já havia atirado de um helicóptero contra a população; até à tentativa de depois de meses de escaso com a pandemia, nenhuma campanha de testagem em massa, falta de oxigênio em hospitais, etc, obrigar, demitir, expulsar, quem se recusasse a tomar a vacina contra a covid, vacina esta que agora se revela uma verdadeira fraude e confirma o que vinhamos colocando: a campanha em torno da coronavac era puramente eleitoral e o objetivo era apresentar Doria como candidato da 3ª via, o que também se confirma agora.

Enquanto a esquerda em sua terra do nunca esbravejava contra os trabalhadores por não confiarem na vacina do Doria e para que todos ficassem “em casa”, os setores mais combativos não saíram das ruas, continuaram mobilizando e denunciando os ataques da direita. E a política correta deu seus resultados: cansados de esperar uma solução dos governos para a crescente crise econômica e social, muitos se juntaram ao 1º de maio de 2021 e fizeram em meio à pandemia um ato de rua dos trabalhadores contra a burguesia enquanto setores da esquerda vergonhosamente faziam uma live na internet com verdadeiros inimigos dos trabalhadores como FHC e Rodrigo Maia.

O 1º de maio classista colocou esta esquerda em que mate e a política de sair às ruas se impôs, mas não sem a presença dos vícios pequeno-burgueses de determinados grupos que há muito tempo seguem a política da burguesia para sobreviverem nos seus cargos. O movimento fora Bolsonaro vem sofrendo inúmeros golpes da direita que encontra porta-vozes em alguns indivíduos dentro da esquerda, como se vê escancaradamente com os frente amplistas PCdoB e PSOL que tentaram até mesmo colocar o PSDB à frente do movimento e foi impedido pelo setor mais combativo que expulsou o PSDB inimigo do povo das manifestações do povo.

Estes mesmos setores que rastejam aos pés da direita em busca da frente ampla, aplicam para isto uma série de políticas impopulares e duvidosas, ultimamente uma que tem se destacado é a de se agarrar inescrupulosamente à direita, seus agentes e suas políticas. Em um curto espaço de tempo a esquerda antipovo conseguiu nutrir esperanças e propagar a farsesca CPI da Covid que a cada dia se mostra uma manobra política da direita e não uma solução para a pandemia; tentar infiltrar o PSDB nos atos da esquerda e fazer sua campanha eleitoral de 3ª via, ignorando completamente a candidatura de Lula; e apoiar atos aberrantemente inconstitucionais e antidemocráticos da Justiça burguesa e do STF e Alexandre de Moraes em especial.

O que vemos é uma esquerda completamente perdida, sem programa, a reboque da direita e sem qualquer ligação real com a classe trabalhadora. O principal instrumento da esquerda e dos trabalhadores sempre foi a mobilização popular nas ruas contra a direita, o único que até hoje deu resultados reais ao povo e o qual está sendo descaradamente substituído por qualquer coisa, por Doria, por Alexandre de Moraes, PSDB, STF, etc.

Doria não é aliado do povo, Alexandre de Moares, STF, parlamentares, tão pouco; se unir a estes é se colocar contra os trabalhadores e os direitos mais fundamentais do povo. A esquerda pequeno-burguesa se agarra a estas manobras primeiro por não acreditar na mobilização popular, segundo porque busca na burguesia uma manta de proteção para si próprios, para os seus cargos, mandatos, projetos pessoais e financiamentos.

O que a esquerda que se alia à direita não compreende, no entanto, é que não se pode confiar na burguesia, sobretudo dentro de sua luta interna. Apoiaram-se nas medidas antidemocráticas do STF e Alexandre de Moraes- o Skinhead de toga- para combater os atos bolsonaristas marcados para o próximo dia 07 de setembro, deram com os burros na agua, bastou Bolsonaro engrossar o tom, fazer ameaças, mostrar seu apoio dentro da polícia mililtar, que Alexandre de Moraes recuou.

O mesmo aconteceu em relação a João Doria. A esquerda sem programa adotou o programa do PSDB e tentou infiltrar a 3ª via no movimento fora Bolsonaro. A resposta não tardou a chegar: para o dia 07 de setembro o governo de Doria cedeu a Avenida Paulista para o ato dos bolsonaristas, e mais ainda tenta proibir que qualquer ato contra o governo Bolsonaro aconteça em São Paulo no próximo dia 7.

Estas são algumas das respostas, das consequências da política desastrosa de a esquerda se aliar, lamber o chão e beijar os pés dos inimigos dos trabalhadores e da própria esquerda. A direita apenas usa a esquerda para o que lhe convém, não trabalha junto com ela.

Outra consequência ainda mais desastrosa é a total desmobilização que é gerada entre o povo que mesmo disposto a sair às ruas e enfrentar a direita, com razão vê com desconfiança os movimentos desta esquerda que se recusa a usar a única arma que possui contra a burguesia que é a mobilização dos trabalhadores e oprimidos, para no lugar disso rastejar aos pés dos seus algozes.

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