A esquerda anti-imperialista está convocando um ato em apoio à ação militar russa contra a OTAN no Leste Europeu. A ação russa contra os neonazistas ucranianos serve como um impulso a todo movimento internacional de libertação dos oprimidos – por isso, aliás, recebe o apoio de Cuba, da Venezuela, da Nicarágua e da China, que são países que lutam por sua libertação contra o imperialismo.
No ano passado, o Talibã expulsou o imperialismo do Afeganistão. Agora, Putin envia tropas para impedir a entrada da Ucrânia na OTAN e libertar seu povo da situação ditatorial a que foi submetido pelo golpe de Estado de 2014; tudo isso ocorre num mesmo contexto internacional. Os povos oprimidos estão conseguindo grandes vitórias ao redor do mundo contra seu principal inimigo, isto é, contra o imperialismo.
O apoio da classe trabalhadora dos países atrasados à Rússia, nesse sentido, é essencial, pois indica que a classe trabalhadora compreendeu que seu principal inimigo é o imperialismo, que este está completamente débil e que é possível avançar contra ele. Todavia, para derrotar a gigantesca máquina do imperialismo, é necessária uma ampla mobilização dm as massas de explorados.
No Brasil, que é um país cada vez mais espoliado e que foi vítima do golpe pró-imperialista de 2016, a mobilização em favor da Rússia cumpre um papel de especial importância. Ele é um tema mobilizador: a mobilização do povo em apoio à Rússia, ao mesmo tempo que é solidariedade ao povo russo, à luta de um país oprimido contra a OTAN e ao povo ucraniano – pois é um apoio a derrubada do governo golpista e neonazista que subjuga seu povo –, é também de essencial importância para o povo brasileiro e para a candidatura de Lula, que é a única candidatura verdadeiramente anti-imperialista no nosso país.
O PT foi derrubado do poder por um golpe de Estado promovido pelo imperialismo, em especial pelos Estados Unidos e, inclusive, pelo então vice-presidente norte-americano Joe Biden. Obviamente, Lula só pode voltar à Presidência derrotando o próprio imperialismo. E a ação russa, a saber, de o confrontar militarmente, é uma alavanca para que todos os países oprimidos derrotem o imperialismo em seu país e, portanto, deve ser incondicionalmente apoiada. No caso brasileiro, o envio de tropas da Rússia para a libertação da Ucrânia, ao enfraquecer a OTAN e o imperialismo, presta grande serviço à luta contra o golpe e pela eleição de Lula.
A posição do PCO: apoio total à Rússia
A luta da classe operária se dá à nível internacional. Enquanto a Rússia, que é um país oprimido, enfrenta o imperialismo, os trabalhadores brasileiros devem apoiá-la e se mobilizar também contra o imperialismo, afinal, a vitória russa enfraquece a burguesia imperialista, torna-a mais débil e, com isso, fortalece a luta contra o golpe no Brasil.
A derrota dos inimigos do povo no Afeganistão, ao serem expulsos pelo Talibã, fez o governo Biden entrar em debacle. Uma eventual vitória da Rússia apenas enfraqueceria ainda mais os opressores e, com isso, fortaleceria os oprimidos à nível mundial.
Cuba compreendeu isso; China e Venezuela também. Neste sentido, o PCO publicou uma Nota Oficial em apoio à Rússia, em favor da autodeterminação de Lugansk e Donetsk, entre outras reivindicações.
Além disso, o PCO também está convocando a todos para participar das manifestações em favor da Rússia. Afinal, a ação militar russa enfraquece e debilita o imperialismo, de forma que, por consequência, fortalece a classe trabalhadora de todos os países – portanto, a ação russa deve ser apoiada e esta excelente oportunidade para mobilizar o povo contra o imperialismo deve ser impulsionada pelos marxistas.
Com essa concepção científica e material da sociedade, o PCO convocou atos na Embaixada e nos consulados russos no Brasil. Nesta terça-feira, dia 01/03/2022, às 11h, vai ocorrer uma manifestação em frente à Embaixada da Rússia no Brasil, que fica em Brasília-DF. O endereço da embaixada russa, onde ocorrerá a manifestação em favor da luta do país contra o imperialismo, é: Avenida das Nações, St. de Embaixadas Sul, Quadra 801, lote A.
Além disso, também haverá manifestações nos consulados russos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a manifestação anti-imperialista será na Avenida Lineu de Paula Machado, 1366 – Jardim Everest. O endereço do consulado russo no Rio de Janeiro, onde também ocorrerá manifestações em apoio à Rússia, é: Rua Professor Azevedo Marques, 50 – Leblon. Assim como a manifestação na Embaixada em Brasília, as manifestações nos consulados em São Paulo e no Rio de Janeiro serão dia 01/03/2022 e também serão às 11h.
Não só todos os marxistas, mas toda a esquerda de conjunto deveria comparecer aos atos. A derrota do imperialismo no Leste Europeu abre um caminho gigantesco para a classe operária de todos os países. Vale lembrar que foi o enfraquecimento dos Estados Unidos no início dos anos 2000 que abriu espaço para a onda de governos nacionalistas na América Latina – mesmo assim, de maneira muito mais moderada, em uma situação em que o imperialismo ainda podia aceitar este tipo de acordo, mas, mesmo assim, como resultado da convulsão social em que havia entrado a América Latina. Na situação atual, um enfraquecimento do imperialismo não poderá dar lugar a um acordo de um governo de esquerda com ele; o imperialismo não aceita mais nenhum tipo de concessão. Ou seja, a situação atual abre espaço para uma derrota total desses opressores.
Nesse cenário, um governo nacionalista só poderá chegar ao poder através de uma intensa luta política. Será preciso, por exemplo, que a classe trabalhadora, no Brasil, imponha a eleição do Lula; ao passo que, uma eventual vitória da Rússia, além de enfraquecer o imperialismo, também é um gigantesco impulso à mobilização dos oprimidos – de forma que cumpre, pelos dois aspectos, um gigantesco papel para a luta pela eleição de Lula e pela derrubada do golpe no Brasil. A vitória do Talibã e uma eventual vitória de Putin apenas deixará claro para a humanidade que o imperialismo está débil e que a classe trabalhadora deve se mobilizar contra ele: é precisamente esse o papel prático na luta de classes que cumpre as manifestações convocadas para 01/03 em favor da Rússia.