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Fraude?

Esquerda continuará rezando para a santa urna eletrônica?

De Lorenzoni à Tarcísio, bolsonarismo cresce de um dia para o outro. A esquerda vai denunciar esse quadro?

O primeiro turno das eleições brasileiras foram marcados pela crise em torno das pesquisas eleitorais e das urnas eletrônicas. Bolsonaro, vendo-se cada vez mais longe, segundo as pesquisas da burguesia, da candidatura de Lula, anunciou que as eleições estavam sendo completamente fraudadas. Por outro lado, a esquerda, que sempre desconfiou no regime político, decidiu tornar-se a maior defensora das pesquisas controladas pela Globo, da urna eletrônica, de Alexandre de Moraes, e de toda a suposta lisura das eleições.

Era festa, até que chegou o resultado da votação e a esquerda que tanto defendeu a lisura de todo processo levou um susto ao saber que fora derrotada em grande parte do País e que Bolsonaro, o candidato supostamente morto, teria crescido mais de 10% em apenas 24h. A palavra “desespero” estava em alta no Twitter, denotando a total falta de política da esquerda nacional.

Em todo o País, o “inesperado” aconteceu, sobretudo na região mais importante eleitoralmente, o sul e sudeste.

No Rio Grande do Sul, esperava-se a entrada do candidato do PT em segundo turno disputando com Eduardo Leite, atual governador tucano do estado. Além disso, Olívio Dutra (PT) era dado como vitorioso no senado, muito acima do bolsonarista Mourão. No entanto, como em todo o Brasil, os tucanos caíram exponencialmente e o bolsonarismo ascendeu sem qualquer explicação matemática, ultrapassando também toda a esquerda. Onyx Lorenzoni, candidato de Bolsonaro ao governo, saltou três posições e mais de 10 pontos percentuais, entrando em primeiro lugar no primeiro turno. Mourão, de repente, foi eleito e Bolsonaro ultrapassou Lula na contagem final.

No Paraná, o caso se repetiu com o aparecimento de figuras importantes do regime golpista sendo eleitas, como o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juíz Sérgio Moro, ambos os principais nomes da operação Lava Jato. Em São Paulo, Haddad, dado como primeiro colocado em todas as pesquisas, com grande vantagem, foi superado por Tarcísio de Freitas, também em apenas 24h segundo as pesquisas. No estado, Lula que também ganharia, vencendo parte fundamental do eleitorado nacional, o que poderia consagrá-lo em primeiro turno, foi ultrapassado vertiginosamente por Bolsonaro.

De norte a sul, a chamada “onda bolsonarista”, sem qualquer explicação matemática, não vista pelas pesquisas burguesas nas 24h que antecediam as eleições, tomou conta, impedindo que Lula fosse vitorioso e acirrando ainda mais as eleições nacionais, colocando a maior bancada de extrema-direita da história.

Sobre este assunto, o Presidente Nacional do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta, analisou a situação. Rui destacou a fraude das pesquisas, que serviu para segurar a própria campanha da esquerda e a revelação contraditória das urnas eletrônicas. Fato é que Bolsonaro ficou a frente de Lula por mais de quatro horas de apuração, um resultado totalmente inesperado e que mostrou uma tomada da extrema-direita do regime político em crise.

Com toda esta disparidade, fica a dúvida sobre o que a esquerda irá fazer em relação a sua postura sobre as eleições. Irá denunciar a operação golpista e mobilizar os trabalhadores? Ou irá continuar confiando cegamente no regime golpista e na lisura das eleições?

Outra dúvida que fica: se Bolsonaro terminasse, como por muito tempo ficou, a frente de Lula nas eleições, a esquerda denunciaria a fraude eleitoral? Ou aceitaria o resultado farsesco contra os trabalhadores?

Assim como declarou Rui Costa Pimenta, o resultado do primeiro turno serviu para mostrar que a campanha de alianças do PT com a burguesia tem como único resultado a derrota dos trabalhadores. A direita tradicional afundou totalmente nestas eleições junto a todo regime político, a extrema-direita cresce e derruba todos aqueles atrelados ao chamado “centrão”. Para que a campanha de Lula saia vitoriosa, é preciso se colocar como o verdadeiro candidato antissistema, contra o golpe e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

É apenas mobilizando o povo que a fraude eleitoral pode ser derrotada. Caso nada seja feito, a extrema-direita poderá surpreender mais uma vez no segundo turno.

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