Em sua fala no ato pró-Rússia que aconteceu ontem (1º) em São Paulo, o companheiro João Jorge Caproni Pimenta, militante do PCO e da Aliança da Juventude Revolucionária, criticou duramente os setores da esquerda nacional que decidiram ficar do lado do imperialismo no confronto com a Rússia.
Logo início da fala, João Pimenta pediu licença para falar algo que julgava estar “entalado na garganta de todo mundo”. Disse ele: “hoje, não deveríamos estar só nós e outros camaradas que vieram sem o aval de suas direções. Deveriam estar aqui todos os representantes do povo brasileiro”.
O dirigente da AJR se refere ao fato de que o PCO foi o único partido a convocar oficialmente os atos. Alguns companheiros do PT e de outras organizações chegaram a participar das manifestações, mas não estavam na condição de representantes.
João Pimenta caracterizou o estado atual da esquerda como “deplorável” e lembrou: “quando era para censurar um youtuber porque ele defendeu um direito democrático, quando era para defender um direito democrático para nós, e não para um nazista, a esquerda foi lá, fez coro com a direita e disse que tinha de haver censura e acabar com a liberdade partidária. Quando é para as tropas russas enfrentarem nazistas de carne e osso que estão há oito anos linchando imigrantes, linchando russos, linchando comunistas, queimando gente dentro com sindicalista dentro, aí tem que se respeitar todo direito do mundo”.
A comparação é uma alusão ao caso Monark, quando um apresentador de podcast foi linchado por ter defendido o direito de um nazista criar um partido nazista.
João Pimenta concluiu a crítica: estamos vendo vários setores da esquerda se transformando em fantoches da OTAN.
João Pimenta seguiu sua fala defendendo todos os países oprimidos: “Estamos ao lado do companheiro Nicolás Maduro, do companheiro Daniel Ortega, da Nicarágua, do companheiro Rafael Correa, do Equador”.
O ato de São Paulo foi acompanhado por manifestações em outros quatro locais: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Brasília.