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Sabotagem eleitoral

É Piada? PSB exige tudo ao PT e não oferece nada em troca

PSB pressiona PT para abrir mão de importantes candidaturas estaduais em troca de um apoio que na prática não vale de nada. O PT precisa apenas da militância de esquerda.

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Em troca do apoio formal à candidatura presidencial de Lula, o PSB exige do PT apoio nas eleições para os governos estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo e Acre. Depois de apoiar no congresso o golpe que destitui a presidência de Dilma Rousseff em 2016, o PSB procura agora sabotar a campanha eleitoral do PT em 2022.

O que o PSB tem a oferecer

Primeiramente, é preciso estabelecer que o Partido Socialista Brasileiro ao contrário do que o nome poderia indicar é um partido da direita. Registrado poucos anos após o PT, não surgiu a partir de um movimento de massas, mas de dentro do próprio regime político vigente. Seu idealizador foi o político João Mangabeira, que teve cargos importantes no governo João Goulart e chegou a integrar entre 1945 e 1947 a União Democrática Nacional (UDN).

Trata-se de mais um dentre os partidos da direita, respaldado especialmente em Pernambuco pela oligarquia local. Em São Paulo desempenha há muito tempo o papel de sublegenda do PSDB. Nas eleições de 1989, José Paulo Bisol foi enxertado como vice de Lula na primeira experiência do PT com as “estratégicas” alianças eleitorais com a burguesia.

O personagem que tem sido apresentado como uma “ótima” oferta para compor a chapa presidencial com Lula ainda nem ingressou formalmente no PSB. Trata-se de ninguém menos do que Geraldo Alckmin, político do PSDB, com histórico de privatizações criminosas e inúmeros episódios violentos da Polícia Militar que ganhou o apelido popular de “picolé de chuchu”, pois reúne em si toda a falta de carisma dos políticos anti povo da direita.

A figura de Alckmin é tão desprezada e associada ao regime político de sempre que nas eleições de 2018, mesmo com o apoio total da imprensa burguesa e do pessoal desnorteado da campanha “Ele Não” o “picolé de chuchu” recebeu apenas 4,76% dos votos. Um resultado que contrasta muito com o investimento financeiro em torno do candidato. No final das contas, o PSB não tem nada de realmente positivo para oferecer à campanha eleitoral do PT. Uma campanha que depende mais do que nunca da mobilização da base do partido em meio aos trabalhadores, não de alguns minutos a mais na televisão.

O que o PT tem a perder

Como destacado, a campanha eleitoral de 2022 será uma dura guerra da burguesia contra a esquerda. Num cenário de polarização política como vemos no Brasil, quanto mais o PT se deslocar à direita, pior. Para mobilizar o povo, o PT precisa acenar com mudanças reais para a vida da maioria da população, se aliar ao inimigos dos trabalhadores indica exatamente o contrário.

Quanto mais alinhado com a direita, menos o PT vai impulsionar sua militância para a campanha eleitoral popular, nas ruas, enfrentando toda a resistência do regime comandado por essa direita golpista e impopular. Isso tende a operar no sentido de desmoralizar a militância petista e de esquerda em geral que apoia eleitoralmente o partido.

O exemplo recente do golpe de Estado de 2016 já mostrou que ceder à direita é o caminho da derrota. Além de ter na chapa o vice golpista Michel Temer, o segundo mandato Dilma foi marcado pela tentativa de acalmar o “mercado”, ou seja, o capital financeiro, imperialista e parasitário. Os “ajustes fiscais da Dilma” serviram como mote para o principal representante do braço esquerdo do golpe, Guilherme Boulos, e afastaram muitos militantes da esquerda da luta contra o golpe.

Se o PT chegar ao extremo de abrir mão das candidaturas em diversos estados, além de não ganhar nada, vai perder muito. Os governos estaduais são centros de poder importantes no país e o PT é o único partido da esquerda brasileira com condições de eleger vários governadores. São Paulo e Rio de Janeiro, em especial, são os dois estados mais ricos da federação. Para piorar, a campanha pela presidência de Lula ficará necessariamente atrelada a políticos da direita em grande parte do país.

O PT precisa se alinhar com a própria base militante, é o único caminho para o partido reforçar sua importância na política nacional.

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