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Com os inimigos do povo

Como “oxigenar” São Paulo com os tucanos que governaram décadas?

Candidato do PT diz que vai erradicar a herança maldita do PSDB, tendo como aliados elementos que por mais tempo conduziram essa politica

Durante sabatina promovida pelos jornais O Globo, Valor Econômico e a Rádio CBN, na última quarta, dia 17 de agosto, o ex-prefeito e candidato do PT ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), defendeu o “arco de alianças” que seu partido fez, com o intuito “vencer a resistência de parte do eleitorado paulista a um eventual governo petista” (Brasil247, 17/8/22).

“Vamos oxigenar essa máquina depois de 28 anos”, disse Haddad referindo-se às quase três décadas de governos do PSDB, no Estado de São Paulo.

“Oxigenar” com quem?

O ex-prefeito, que é apontado como um dos principais articuladores da frente do seu partido com o grupo político chefiado por Geraldo Alckmin, que, depois de ser “colocado para fora do PSDB” pelos seus adversários tucanos, como João Doria, ingressou no PSB para ser o candidato do partido a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não explicou como pretende “oxigenar a máquina” ao lado daqueles que a comandaram por mais de 14 anos, ou seja, na maior parte do tempo em que os tucanos estiveram à frente do estado, com sua política neoliberal de duros ataques aos trabalhadores em favor do grande capital.

Haddad, França e Alckmin visitam a Baixada Santista nesta terça - Diário do  Litoral
Além de Alckmin, estão na chapa de Haddad, o ex-governador e ex-vice de Alckmin, Márcio França, também do PSB, além da ex-primeira dama e empresária da Educação, Lúcia França, que presidiu o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (2018).

Graças à Haddad e outros setores conservadores, do PT e da esquerda parlamentar, dos defensores da política de frente ampla com a direita golpista, os “tucanos-raízes” que “tiraram o oxigênio” do povo de São Paulo, com privatizações e reformas neoliberais, que devastaram os serviços públicos, reprimiram greves de professores, servidores, estudantes e etc., estão buscando criar condições para voltar ao governo, agora, sob rótulos como os de “socialistas”.

Com essa política, que se repete em diversas regiões do País, o PT está agindo para dar uma sobrevida a setores que adotaram as políticas mais reacionárias, não só no governo de SP, mas também em todos os acontecimentos fundamentais do País, como no golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (2016), encabeçado pelo PSDB que, poucos meses depois, teria Alckmin na sua presidência e como candidato presidencial do partido, tendo sido solidamente apoiado pelo PSB, partido que mesmo tendo integrado os governos de Lula e Dilma, fechou questão a favor do impeachment criminoso e deu 80% dos votos de seus deputados para cassar a presidenta.

Capitulação

Em torno dessa perspectiva, o PT não só cedeu espaço em SP para a volta dos tucanos e da sua política, como também abriu mão de apresentar uma alternativa própria ou até mesmo de esquerda em alguns dos mais importantes estados do País, como no Rio de Janeiro, onde está apoiando a chapa PSB-PSDB, de Marcelo Freixo e Cesar Maia, mesmo com o golpe dos “socialistas” de não apoiarem o conservador candidato petista ao Senado; ou em Minas Gerais, onde o partido de Lula, se submeteu a apoiar os candidatos ao governo e ao Senado do direitista e golpista PSD de Kassab.

O que temos aqui é muito mais capitulação do que luta por uma alternativa própria dos explorados; muito mais gás carbônico do que oxigênio.

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