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Cavalos de Tróia no PT

Candidatura de Boulos é para facilitar a vitória do PSDB

O pacto de não agressão entre Haddad e Boulos só prejudica o PT

lula diz que esquerda precisa de projetos e não de nomes haddad e boulos

Depois do primeiro cavalo de Tróia, Alckmin, nas eleições presidenciais, o segundo é a candidatura de Boulos, nas eleições estaduais em São Paulo. É simples de entender. Dois candidatos de esquerda dividem os votos, e é claro que sairão do PT para o candidato do PSOL, e com isso aumentam as chances do candidato do PSDB chegar ao segundo turno e ganhar as eleições. 

É preciso ter claro que a burguesia controla todo o processo eleitoral e isso inclui várias formas, como lançar vários candidatos de um mesmo campo político para diminuir a votação entre eles, fraudar o resultado nas urnas ditas “à prova de fraudes”, coisa que até a esquerda acredita. Neste caso o prejuízo será todo do PT.

Este que é sem a menor sombra de dúvidas, o que tem maior expressão nacional em termos de militantes e também, de votos, não precisa de coligação nenhuma para concorrer com boas chances de ganhar, parece qu só o Partido dos Trabalhadores, sua direção, não enxerga isso.

Lula está errado em aceitar o Alckmin que é um vigarista e não tenhamos dúvida de que se a burguesia resolver tirar o presidente eleito, o vice não vai em hipótese nenhuma se opor porque vai ser beneficiado assumindo a presidência. Também pode conspirar contra o governo como fez o Michel Temer. Da mesma forma, o PT não pode aceitar esse pacto para governador em São Paulo. Com toda certeza será muito prejudicado.

Boulos diz que com o pacto o PT não pode exigir que o PSOL não participe das eleições em São Paulo com candidatura própria (do Boulos) e lança uma provocação ao PSB cobrando o cumprimento de promessa solene feita em reunião da executiva do partido, que era de retirar a candidatura de Márcio França, segundo colocado nas pesquisas em São Paulo, caso o Alckmin aceita ser vice de Lula no primeiro turno pelo PSB. E então o Márcio França sairia como candidato a Senador na chapa de Fernando Haddad, abrindo caminho para Boulos ou o Rodrigo Garcia (PSDB) chegarem ao segundo turno.

Matéria do sítio Brasil 247 diz que Boulos e Haddad se acertaram, não haverá agressão entre eles. Mas para que serve tal pacto de não agressão se não para que Haddad e o PT não denunciem Boulos por qualquer safadeza que faça contra Haddad. Isso significa, na pática, diminuir os votos de Haddad.

Nas pesquisas eleitorais divulgadas pelo Datafolha, no cenário que, atualmente, é o mais provável da disputa (caso Márcio França não retire mesmo sua candidatura), Fernando Haddad, do PT, lidera com 28%. Em segundo lugar vem França, com 19%, e em terceiro, Guilherme Boulos, com 11%. Foram ouvidos presencialmente 2.034 eleitores em 70 municípios paulistas entre 13 e 16 de dezembro.

Por que lançar dois candidatos de esquerda? É para dificultar a eleição do Haddad. É conhecido que quando um espectro da política de classes apresenta mais de um candidato os votos ficam diluídos entre eles e acaba enfraquecendo esse espectro onde cada candidato tem potencialmente menos votos e se o outro lado lança menos candidatos ou apenas um, os eleitores desse espectro concentram os votos nesse candidato.

Tanto Haddad quanto Boulos são do mesmo espectro, de esquerda, ambos são representantes de uma esquerda pequeno-burguesa, mas o candidato do PT é amparado pela enorme base popular do PT. Os votos ficam diluídos entre eles enquanto o candidato do PSDB fica mais próximo de chegar ao segundo turno, com o apoio prometido pelo PL, sigla escolhida pelo Bolsonaro para concorrer às eleições presidenciais, assim ficaria uma chapa Bolso Garcia para o governo de São Paulo.

Se a intenção da esquerda é derrotar a direita, deveria sair com um único candidato concentrando a votação. Saindo com dois candidatos há um enfraquecimento da posição pulverizando os votos. O que de fato o PT ganha com isso? Absolutamente nada. Não tem nenhuma garantia de dar certo nem na aliança com Alckmin como na com o acordo entre Haddad e Boulos. Isso  demonstra que o PT não tem nem análise e nem política correta no atual momento político do País.

Em ambos os casos as candidaturas de Lula e a de Haddad ficam enfraquecidas num quadro em que o PT está em primeiro lugar nas intenções de voto, podendo até ganhar no primeiro turno as presidenciais. Então fica a pergunta, para que fazer coligação que não acrescenta uma vírgula sequer nas disputas eleitorais, ou melhor dizendo, eleitoreiras, pois se revela com tudo isso que se trata de negociações por cargos no parlamento. Mas não se perguntam se a burguesia, dona do estado e das eleições, concorda com a possível vitória da esquerda, seja quem for. O golpe de Estado em 2016 e as notícias da imprensa burguesa deixam claro que não aceitarão em hipótese nenhuma.

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