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7 de setembro

Ato em SP será no Anhangabaú, contra a sabotagem de BolsoDoria

João Doria, mostrando sua aliança com Bolsonaro, proibiu atos da esquerda no dia 7. Frente Fora Bolsonaro garantiu que atos ocorrerão, no Anhangabaú

Após muita sabotagem do governador de SP, BolsoDoria (PSDB), a esquerda bateu o pé e, corretamente, decidiu manter o ato do dia 7 de setembro no Vale do Anhangabaú, às 14h.

A manifestação do dia 7 de setembro havia sofrido um novo ataque da direita golpista, no estado de São Paulo. Após ser impedida por João Doria de realizar o ato na Avenida Paulista, sob a desculpa da mobilização bolsonarista, o ato da esquerda na principal cidade do país deixou de ser impedido em um local, para se tornar proibido em todo estado.

Ditadura contra o povo

Na quarta-feira, após a medida ditatorial de Doria de entregar a Paulista aos fascistas, a Frente Fora Bolsonaro havia anunciado que a manifestação pela derrubada do regime golpista ocorreria no Vale do Anhangabaú, região central da cidade. A decisão representou a continuidade do chamado da esquerda para o dia 7 de setembro, que ocorre a nível nacional desde o dia 30 de julho.

No entanto, no dia seguinte, o governador do estado de São Paulo, João Doria, decidiu agir mais uma vez, proibindo qualquer manifestação da esquerda no estado de São Paulo no dia 7 de setembro. A decisão ditatorial, que viola os direitos básicos à manifestação é uma resposta de Doria e toda burguesia golpista aos atos contra o golpe que chegarão já em seu sexto dia de mobilização nacional.

Para Doria, o dia 7 de setembro poderá ter apenas nas ruas os bolsonaristas, a extrema-direita fascista anti-povo, e não os trabalhadores. O caso, ainda revela de maneira gritante que a política de Doria, o candidato da ala “democrática” da burguesia e principal nome da terceira via, é por fim, a mesma que Bolsonaro. Na hora de lutar contra a esquerda e os trabalhadores, os golpistas se unem para esmagar a mobilização.

Doria chegou de maneira cínica a dar declarações na imprensa justificando sua ação como uma defesa da integridade dos manifestantes. Segundo o fascista, “a Secretaria de Segurança Pública tomou a decisão, no Conselho de Segurança Pública, de administrar as duas manifestações, respeitando ambas. Só não há conveniência de que grupos antagonistas se manifestem no mesmo dia, ainda que em locais diferentes”.

Doria ainda disse que não faria diferença nenhuma para a esquerda realizar a manifestação em outro dia, não sendo um problema proibir os trabalhadores de se manifestarem contra os fascistas. Como não bastasse, Doria ainda disse que o verdadeiro ato da “oposição” seria a mobilização convocada pelos fascistas do MBL e PSDB, no dia 12 de setembro, esmagando completamente a mobilização convocada pela esquerda e pelos sindicatos.

Sobre isso, o governador afirmou: “portanto, houve a negativa à solicitação da utilização do Vale do Anhangabaú ou do Largo da Batata ou de qualquer outra área não só na capital, mas no estado de São Paulo para manifestações desta ordem no dia 7 de setembro. No dia 12 de setembro sim, esta será a data das manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro, e no dia 7 aqueles que se manifestarão a favor”. Fica claro a ação casada com o ato bolsonarista e o impulso dado pelo governador à mobilização fascista contra os trabalhadores.

BolsoDoria e o fim do direito à manifestação

O governo do estado e a Polícia Militar ainda chegaram a afirmar que estariam dispostos a “conversar” com a Frente Fora Bolsonaro e negociar um novo dia. Esta é uma política de uma verdadeira ditadura, e por isso o Partido da Causa Operária publicou na tarde dessa quinta-feira uma nota oficial denunciando a operação de BolsoDoria:

“A decisão de Doria, como a de qualquer fascista, viola a Constituição grotescamente. O Artigo 5.º da Constituição brasileira estabelece de maneira cristalina no seu XVI inciso: ‘todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, afirma em nota o partido.

Além disso, na nota oficial, o PCO propõe medidas para a Frente Fora Bolsonaro e todo movimento, e destaca a necessidade de:

  • denunciar o caráter ditatorial da medida do governador BolsoDoria, que evidencia seu compromisso com o regime golpista e a direita liderada pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro;
  • Manter a convocação do ato para o local público deliberado pelo conjunto do Movimento, se opondo – de fato – à decisão ditatorial de Doria e à vontade de Bolsonaro
  • Intensificar a convocação da mobilização convocando os trabalhadores e a juventude, nos seus locais de trabalho, estudo e moradia, a saírem às ruas no dia 7, contra ditadura de Bolsonaro e Doria;
  • Realizar uma reunião nacional dos partidos e principais organizações do Movimento Fora Bolsonaro, presencial, para debater esses graves problemas e adotar as deliberações necessárias diante da crise.

A respeito desta questão, a Frente Fora Bolsonaro em comunicado oficial à imprensa afirmou que manterá a manifestação para o Vale do Anhangabaú, às 14h. A ação é correta, a manifestação deve ser mantida independente da política ditatorial de BolsoDoria contra a mobilização dos trabalhadores.

Na coletiva de imprensa, coberta pela reportagem do DCO, os “representantes” (eleitos por quem?) da frente em São Paulo, sob a pressão da militância e do próprio PCO, reafirmaram que o ato será mantido e que será realizado um dia de agitação e preparação para o ato, amanhã (28), com a distribuição, em São Paulo, de 500 mil panfletos convocando o ato. Além disso, foi repudiada a participação do PSDB no ato da esquerda.

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É necessário sair às ruas!

O caso da manifestação em São Paulo vem assumindo grandes proporções. Com a convocação fascista e com a presença confirmada de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, se impõe ainda mais a necessidade de se convocar uma verdadeira mobilização dos trabalhadores contra os golpistas. Os fascistas poderão ser parados apenas por meio da mobilização popular, da força dos trabalhadores nas ruas de todo país.

Além disso, a mobilização precisará passar por cima do boicote de partidos como PCdoB e PSOL, defensores da frente ampla, quinta-coluna do movimento e que veem em Doria um aliado. Estas organizações boicotam abertamente a manifestação e por isso precisam ser superadas com uma intensa campanha de rua.

Em especial, em São Paulo se faz ainda mais urgente esta convocação. A CUT e o PT, como principais organizações da esquerda, devem assumir a frente do movimento e iniciar uma forte campanha de agitação política. O tempo é curto e os atos necessitam ser expressivos em São Paulo e em todo país.

Em todo o país a militância de base precisa pressionar violentamente para que o movimento Fora Bolsonaro marca imediatamente os locais e horários dos atos de 7 de setembro. É preciso realizar uma reunião nacional e plenárias municipais para discutir a mobilização. O Bloco Vermelho, formado pelo PCO, pelos Comitês de Luta e por companheiros da CUT e do PT, irá realizar plenárias municipais neste final de semana nas quais todos os militantes e ativistas populares estão convidados a participar.

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