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Por atos vermelhos

2 outubro: voltar às ruas por Fora Bolsonaro e sem a direita

É necessário barrar esta política criminosa contra o movimento popular e defender que o dia 2 de outubro seja de fato uma manifestação dos trabalhadores

A Frente Fora Bolsonaro decidiu a realização do sétimo dia de manifestação pelo Fora Bolsonaro em todo país. A nova data, marcada para 2 de outubro, representa a continuidade da mobilização, contudo, sofre desde já não apenas do boicote da esquerda pequeno-burguesa, mas também da nova tentativa de infiltrar a direita no interior das manifestações.

Quem mobiliza é a esquerda

Ao passo que as manifestações foram se desenvolvendo, partidos como PCdoB e PSOL, defensores da frente ampla com a burguesia dita “democrática”, ou seja, o principal setor da burguesia ligado ao PSDB e todo centrão, decidiram apoiar a infiltração direitista nas manifestações. No dia 3 de julho, colocaram o PSDB no principal ato do país, na Avenida Paulista. No entanto, a ação de militantes do PCO e de outros grupos da esquerda, que expulsaram os tucanos do ato, foi responsável por barrar de imediato esta política que visava, como em 2013, tomar de assalto as manifestações.

Com a frente ampla barrada pelas bases da mobilização pelo Fora Bolsonaro, as direções da esquerda pequeno-burguesa apoiadoras desta política decidiram levar à frente uma política de boicote aberto às manifestações. PSOL e PCdoB cumpriram papel decisivo na sabotagem de atos em todo país e na tentativa de enfraquecer a mobilização popular e abrir espaço para a consolidação da terceira via.

Com a participação de representantes destes partidos no ato dirigido pelo MBL e pelo PSDB no último domingo, ficou claro que a política central deste setor da esquerda é uma aliança com Doria e os inimigos do povo. 

Contudo, o ato tucano também demonstrou na prática a impopularidade da terceira via. Reunindo pouco mais de mil pessoas em São Paulo, o ato que contou com a participação de Ciro Gomes, Amôedo e João Doria (além de Orlando Silva e Isa Penna), foi um completo fracasso, impossibilitando dar um caráter de popularidade artificial para a terceira via.

Mesmo assim, estes mesmos setores defensores da frente ampla agora discutem a possibilidade de convocar toda a direita para o ato dos trabalhadores no dia 2 de outubro. Ou seja, está em marcha uma nova operação da burguesia para tomar de assalto as mobilizações da esquerda, que como pode ser visto, mobilizam várias vezes mais que qualquer ato coxinha convocado pelo MBL, pelo PSDB e pela Globo.

12/09 – Uma mobilização anti-Lula

Inclusive, estas organizações golpistas sequer têm como política o Fora Bolsonaro como alegam. Os tucanos, após recente declaração de Doria de que o partido deveria passar a apoiar o impeachment de Bolsonaro, rejeitaram a ideia de lutar contra o fascista e muitos anunciaram estarem do lado do bolsonarismo. Quanto ao MBL e ao movimento Vem Pra Rua, os exemplos das eleições de 2018 e a campanha fascista feita em defesa de Bolsonaro são o suficiente para demonstrar a política golpista destas organizações.

O dia 12 deve ser defendido como o ato que ele de fato é: um ato da esquerda, das organizações populares e dos trabalhadores. As manifestações da terceira via já deixaram claro que a presença da direita nas manifestação não as amplia, mas sim representa um duro golpe no movimento. A CUT, o PT e as organizações de trabalhadores devem tomar a frente na convocação das manifestações e defender os atos vermelhos no dia 2. 

Por isso, em reunião do Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO), o partido decidiu por lançar uma nota oficial atacando a direita e os seus aliados na esquerda pequeno-burguesa, defendendo um forte plano de convocação das manifestações e o impedimento de partidos como o PSDB, inimigos do povo, se juntarem ao movimento.

Na manifestação tucana realizada em São Paulo, o caráter anti-povo e contra a candidatura de Lula ficou mais visível que qualquer suposta campanha em defesa do Fora Bolsonaro. Levando imagens de Lula vestido de presidiário e com faixas com o lema “nem Lula nem Bolsonaro”, a direita demonstrou que não está do lado do povo na luta contra o golpe, mas sim que se juntaria facilmente com os bolsonaristas na hora de esmagar Lula e todos os trabalhadores brasileiros.

Por atos vermelhos, com Lula e Fora Bolsonaro

Além disso, chamar Doria e seus aliados à manifestação é um completo absurdo, visto o fato que a manifestação do dia 7 de setembro ocorreu apesar da ditadura tucana, que proibiu os atos dos trabalhadores, entregou a Avenida Paulista para os fascistas e anunciou uma campanha de perseguição à militância da esquerda, afirmando que revistaria todos os presentes na manifestação popular e que também fiscalizariam as falas, uma postura digna de uma ditadura fascista.

É para esta direita “democrática”, a mesma que ajudou Bolsonaro a se eleger, que partidos como PSOL e PCdoB querem entregar a manifestação dos trabalhadores. Esta política de inserção dos golpistas no movimento revela ainda um completo caráter antidemocrático da direção do movimento popular. Uma medida desta envergadura, que pode simplesmente destruir a mobilização dos trabalhadores, deveria ser no mínimo amplamente discutida na base do movimento, ou seja com a militância e os trabalhadores. No entanto, devido à grande impopularidade desta política no interior do movimento, a esquerda pequeno-burguesa busca atropelar os trabalhadores em defesa da aliança com o principal setor do golpe.

É necessário barrar esta política criminosa contra o movimento popular e defender que o dia 2 de outubro seja de fato uma manifestação dos trabalhadores. Para isso, é preciso que a CUT mobilize suas bases sindicais, que o PT convoque amplamente sua militância e que Lula garanta presença nas manifestações, radicalizando ainda mais o movimento e o levando a uma clara política dos trabalhadores, contra o golpe e por Lula Presidente, sem terceira via, sem golpistas no movimento.

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