Está se desenhando o golpe nas eleições, e o nome da vez está sendo as fake news.
Assim como ocorreu na primeira quinzena com o Partido da Causa Operária (PCO), que pode perder todas as contas nas redes sociais e, até o seu presidente Rui Costa Pimenta ser preso, devido ao absurdo inquérito proferido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes; a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e, por tabela, o PT, também podem entrar no rol das fake news.
A direita da estirpe do deputado Kim Kataguiri e o vereador Rubinho Nunes, ambos filiados ao Democratas e membros do Movimento Brasil Livre (MBL), aqueles que ajudaram no golpe do impeachment da Dilma Rousseff, bem como na farsa da lava jato que culminou na prisão de Lula, protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral por propaganda eleitoral antecipada.
No documento, a CUT, o ex-presidente Lula e o Facebook são considerados partes. A entidade sindical é citada por ser a responsável pelos disparos em grupos de WhatsApp criados e alimentados por ela, enquanto o petista aparece como beneficiário direto da propaganda. O Facebook deve constar no polo passivo da ação, já que detém as informações sobre a autoria das publicações. O Partido Liberal (PL), através do deputado federal Paulo Eduardo Martins, também se utilizou do mesmo artifício. Ele faz a denúncia à Procuradoria Geral Eleitoral.
A quase dois meses do início das eleições, que começarão em agosto, já estamos vendo os cachorros loucos da burguesia deixando os seus caninos à mostra. Eles começaram a utilizar termos inventados como “milícia digital” e “brigada digital”, algo para dar a impressão de verossímil, apesar dos crimes inexistentes. Da mesma forma que criaram o termo Lava Jato, comandada pelo Mussolini de Maringá, Sérgio Moro, e que posteriormente ficou conhecido por todo mundo como Farsa Jato.
A Central Única dos Trabalhadores divulgou uma nota pública na qual nega o uso político partidário das brigadas digitais: “A CUT historicamente sempre se posicionou nos processos eleitorais, mas nunca pediu, não pede e não vai pedir voto para qualquer candidato”.
O alvo é a esquerda
No início, usam contra a direita, no caso de Bolsonaro, e ninguém se manifesta. Agora, a coisa se volta contra a esquerda. Querem criminalizar o uso das redes, bem como o disparo automáticos de mensagens. É absurdo enquadrar esse tipo de atividade como criminal. É apenas o uso de tecnologias que estão disponíveis para o uso de qualquer pessoa ou entidade. Nesse sentido, esse tipo de ataque é também um atentado contra a liberdade de expressão.
Ainda nem começaram as eleições e a direita está mostrando que a política do golpe de 2016 é a política que eles querem que permaneça no País, por isso os cães danados estão mostrando os seus dentes. Entretanto, desta vez, as redes sociais são os alvos. Ou seja, é a lei da mordaça: não falar nada, não ter comunicação e, como estão querendo fazer com o PCO, agora estão direcionando o ataque à maior central de trabalhadores da América Latina e, consequentemente, contra o PT e Lula.
Até onde vão
Fica claro o tamanho do desespero da burguesia para dar continuidade ao golpe, aprofundando-o. Não é demais dizer que esse grupo é defensor das maiores atrocidades cometidas pelos nazistas na Ucrânia, por exemplo. Logo, já mostraram a sua disposição a utilizar do método que for necessário para impedir um eventual novo governo de Lula.
É preciso denunciar todas as atrocidades que a direita vem impondo à esquerda. É somente com a ampliação de comitês de luta e com uma campanha de mobilização, de denúncia, que poderá se impor uma derrota contra a direita, levando Lula à presidência da república com um governo dos trabalhadores.