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A tradição marxista

Defender a maior liberdade possível no regime burguês

Os marxistas nunca passaram para a posição de não defender as liberdades democráticas.

Uma confusão foi estabelecida pela esquerda, que simplesmente não consegue mais defender as liberdades democráticas, pauta tradicional da esquerda ao longo de sua história, em qualquer lugar do mundo.

A questão é relativamente simples. Enquanto se vive dentro de um regime dominado pela burguesia, é preciso defender as liberdades democráticas todas, às últimas consequências, mesmo que sequer estejam previstas em lei.

Isso é simples de entender. Essas liberdades democráticas servem para ajudar a luta geral do povo em torno das suas reivindicações mais sentidas. O direito de falar, se expressar e de se organizar é um meio para o trabalhador levar adiante sua luta no dia a dia, e por isso esses direitos precisam ser defendidos, mesmo e especialmente dentro de um regime burguês.

Pode-se pegar o exemplo dos sindicatos, da liberdade de associação sindical. É a liberdade de organizar um sindicato em defesa de uma categoria, independente do Estado. Esse direito precisa ser defendido pela esquerda para que o trabalhador possa levar sua luta adiante. 

O mesmo vale para o direito de greve, que, como direito democrático, deve ser defendido, mesmo que ele não exista legalmente falando, o que não é o caso do Brasil, muito embora o judiciário e o golpe tentem acabar com esse direito. O direito de greve deve ser defendido, sem qualquer limitação, sem qualquer restrição. 

Basta ver o caso recente do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis). Após greve deflagrada no último dia nove, a justiça determinou prisão de grevistas, bloqueio de contas do sindicato e cobrança de multa de R$100 mil ao dia de dirigentes e servidores públicos em greve. Em nota de apoio aos trabalhadores em greve, o Sintrajufe (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) exigiu “que se respeite o direito de greve e livre organização sindical, com abertura imediata de mesa de negociação, para que a pauta de reivindicações possa ser discutida e uma proposta que atenda a categoria seja apresentada”. 

Para os marxistas, a defesa do direito democrático deve ser irrestrita, incondicional, sem censores, sem condicionantes. O direito democrático deve ser defendido às últimas consequências. Esses direitos, conforme visto acima, facilitam a luta geral do povo. 

Os marxistas nunca passaram para a posição de não defender as liberdades democráticas. É preciso defender a maior liberdade possível dentro do sistema capitalista, pois essas liberdades permitem que as pessoas e organizações possam levar adiante a luta política.  Defender o máximo possível de liberdade democrática, o máximo que for possível conseguir dentro do regime, pois essa questão vai favorecer a luta dos oprimidos. Liberdade total, máxima possível, pois, dentro do capitalismo, nunca será o suficiente. 

Quem não defende nenhum tipo de liberdade democrática, é reacionário, e isso não é uma questão abstrata, mas bastante concreta. Por que um partido político não lutaria para que fosse lei o direito de greve? Por que um partido não defenderia, irrestritamente, o direito de greve? 

Esse princípio, ou seja, defender, sem qualquer tipo de restrição, as liberdades democráticas, serve (ainda mais) para a liberdade de expressão. Se existe limitação ao direito democrático, esse direito não existe, e esse é todo o debate do caso Monark, que a esquerda se esforça em tornar essa questão em um caso policial, em reforçar os instrumentos repressivos do Estado.

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